"Era a tarde mais longa de todas as tardes que me acontecia
Eu esperava por ti, tu não vinhas, tardavas e eu entardecia
Era tarde, tão tarde, que a boca, tardando-lhe o beijo, mordia
Quando à boca da noite surgiste na tarde tal rosa tardia
Quando nós nos olhámos tardámos no beijo que a boca pedia
E na tarde ficámos unidos ardendo na luz que morria
Em nós dois nessa tarde em que tanto tardaste o sol amanhecia
Era tarde de mais para haver outra noite, para haver outro dia
Meu amor, meu amor
Minha estrela da tarde
Que o luar te amanheça e o meu corpo te guarde
Meu amor, meu amor
Eu não tenho a certeza
Se tu és a alegria ou se és a tristeza
Meu amor, meu amor
Eu não tenho a certeza
Foi a noite mais bela de todas as noites que me adormeceram
Dos nocturnos silêncios que à noite de aromas e beijos se encheram
Foi a noite em que os nossos dois corpos cansados não adormeceram
E da estrada mais linda da noite uma festa de fogo fizeram
Foram noites e noites que numa só noite nos aconteceram
Era o dia da noite de todas as noites que nos precederam
Era a noite mais clara daqueles que à noite amando se deram
E entre os braços da noite de tanto se amarem, vivendo morreram
Eu não sei, meu amor, se o que digo é ternura, se é riso, se é pranto
É por ti que adormeço e acordo e acordado recordo no canto
Essa tarde em que tarde surgiste dum triste e profundo recanto
Essa noite em que cedo nasceste despida de mágoa e de espanto
Meu amor, nunca é tarde nem cedo para quem se quer tanto!"
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
Não mais, Ary.
terça-feira, 23 de novembro de 2010
Dezembro
Está também a acalmar o periodo de actuações em Tuna. Ora Lisboa (várias), Braga, Coimbra e Açores, este último fim de semana, deram cabo dos meus pés (sapatos apertados!), do meu traje, que precisa urgentemente de ser mandado limpar, das minhas horas de sono. Paciência.
Recebi a noticia que vou ter mais uma cadeira no plano curricular... essas "adições" aumentam o número de cadeiras que me faltam para acabar o curso, obrigada senhores do Técnico, fico muito agradada por gostarem assim tanto de mim que não me querem deixar ir embora. Mas os meus pais ficavam agradecidos se deixassem de pagar propina aos senhores. Sim, porque aquela organização é tão boa, que existe lá no site um sitiozinho todo catita onde cada aluno pode consultar quando já pagou à faculdade, entre propinas e outras coisas. E a minha "contribuição" já dava direito a uma estátuta. Assim de tamanho médio. Em mármore.
Soube também que tenho mais umas amigas "em estado de graça", os respectivos rebentos esperam-se para 2011. Deve estar na moda a procrição em 2010, nova tendência Outono-Inverno, mas como ando alheada não me dei conta, mas tudo bem, que venham com saúdinha é o que importa. E outra amiga acabou o curso, é sempre bom, claramente não anda no Técnico e ainda bem pois precisamos de gente sã e feliz neste mundo, mesmo que sejam psicólogos. Só deus sabe a quantidade de estudantes que precisam de ajuda mental.
A mana lá está noutro escritório, a trabalhar que nem doida, e amanhã enquanto eu gozo a greve geral em casa como qualquer estudante ela vai bulir, cada um tem o que merece ahaha.
E estamos a entrar no meu mês preferido, Dezembro, nada parcial, pois é o mês em que faço anos e é o Natal e come-se chocolate e enfeita-se a casa. É bom, ainda há dias estive na minha antiga rua, em Lisboa, e recordei com saudade os tempos em que ansiava por ligarem as luzes de Natal no topo das árvores e nos candeeiros. Toda a rua passava a ter um cheiro caracteristico a Inverno, a frio, e a luz. Lá estava, toda enfeitada, e soube bem descer a rua como fiz durante 12 anos... pelo menos até à parte em que vi um autocarro atropelar um puto na passadeira, estava tudo bem.
Gosto desta época... acidentes com autocarros à parte.
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
É bom ter quem nos acompanhe
Perdoar
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
"I do!"
sábado, 23 de outubro de 2010
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
Amizades: Sofás e outras peças de mobiliário
sábado, 25 de setembro de 2010
100 anos é muito tempo.
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
Dois anos depois voltámos
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
Novas etapas
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
Agosto
terça-feira, 3 de agosto de 2010
Actualizações
quarta-feira, 21 de julho de 2010
sexta-feira, 9 de julho de 2010
50 graus à sombra
quinta-feira, 8 de julho de 2010
Rectas finais
quinta-feira, 1 de julho de 2010
Ando feliz
Mudanças
segunda-feira, 28 de junho de 2010
Mãe
domingo, 27 de junho de 2010
Notícias de encher o coração
sexta-feira, 25 de junho de 2010
"Só mesmo os pretéritos é que são perfeitos"
terça-feira, 22 de junho de 2010
Aviso à navegação
Coisas simples
O que é mais simples, como o amor, ou o mais evidente dos sorrisos, não se encontra no curso previsível da vida.
Porém, se nos distraímos do calendário, ou se o acaso dos passos nos empurrou para fora do caminho habitual, então as coisas são outras.
Nada do que se espera transforma o que somos se não for isso: um desvio no olhar; ou a mão que se demora no teu ombro, forçando uma aproximação dos lábios.
Nuno Judice
(plagiado do blog da Rita, que para variar escreve coisas que me fazem sentido)
sexta-feira, 18 de junho de 2010
Saramago
Gostos à parte, e eu não faço parte da legião de fãns do Nobel da Literatura, admito que o país fica mais pobre. Um escritor que leva a língua de Camões aos 4 cantos do mundo, o único Português a ganhar o Prémio Nobel da Literatura, deixa hoje saudade mas muitos livros para se ler. E para se gostar. Quem gosta, obviamente.
E exames por exames
E de repente, ao vê-la ali na rua, à boca do metro, senti o orgulho a sair do peito e uma enorme vontade de chorar de alegria :)
Épocas de exame versus exames fora de época
terça-feira, 15 de junho de 2010
sexta-feira, 11 de junho de 2010
terça-feira, 1 de junho de 2010
Primeiro de Junho
E mais não escrevo porque não sinto necessidade.
E para bom entendedor, com isto, escrevi tudo.
quarta-feira, 26 de maio de 2010
Saudades
Mas para quem me conhece bem, é bom sinal.
Hoje venho cá para dizer, apesar de achar que não vais ler, que fui buscar ao armário as galochas que me ofereceste. Decidi ir à pesca.
Ainda tenho medo da água, mas não vou sozinha.
Imagino-te o sorriso na cara.
Imagina o meu :)
sexta-feira, 21 de maio de 2010
Esta semana
E não é que com essa decisão voltei a reparar que os dias de verão são mais bonitos?
Explico tudo quando conseguir assentar todas as minhas ideias.
Até lá sejam felizes.
quinta-feira, 13 de maio de 2010
Bandas sonoras das nossas vidas
terça-feira, 11 de maio de 2010
Ora bem!
Porque como dizia a Samantha do Sex and The City "There is no such thing as bad publicity!"
O António é que tinha razão
E não é que eu o vi a passar no seu automóvel?
Sinceramente não vou muito à bola com o senhor, tenho um problema com alemães nazis, que é que se há-de fazer, e a complacência do dito senhor para com os padres pedófilos não ajudou à criação de boas relações entre nós.
Mais ainda que fundamentalismos, irritam-me as falsas morais e o não querer ver. Para síndromes "pala de burro" que só vê a cenoura à frente já basta a politica. Acredito que o papel da Igreja é outro, que a mensagem da Bíblia é outra e que o papel do Papa é sem dúvida outro.
Tanto eu como a minha irmã tivemos uma educação católica, estudámos a bíblia, íamos à missa ao Domingo, professámos a fé de branco e velinha. Mas chegou a certa altura do nosso entendimento, em vésperas de crisma, em que a Igreja deixou de ter respostas para as nossas dúvidas, em que o diálogo passou a cacique, em que sentimos abrir num buraco entre o que consideramos ser a evolução do pensamento e da sociedade e o dogma, entre os ideais da moralidade, do respeito, da solidariedade e da rectidão que retirávamos daquela religião e a máquina milionária que move o mundo chamada Igreja Católica. A falsa moral, repleta de vícios e com falta de virtudes.
Foi altura de quebrar, guardar o que é de bom e evoluir.
O que perdemos de fé ganhámos em tolerância. O que não nos salva de ir parar ao inferno como disse um dia o Paulo (ou Pe. Paulo mais cedo ou mais tarde) à Isabel, para sua estupefacção. Mas adiante.
De facto, as liturgias a propósito da Equipa d' África e a missa da minha benção de finalista creio terem sido as únicas a que assisti nos últimos 6 ou 7 anos, salvo um ou outro velório.
Em conclusão, não sei se acredito em Deus, o que acho que significa que talvez não acredite mesmo. Mas gostava, genuinamente, de ser uma pessoa de fé. Creio que a fé ajuda a combater a solidão e cultiva um certo sentimento de pertença. Mas eu nem optimista ando, quanto mais com fé.
Mas independentemente disso e voltando ao Papa, Herr Ratzinger, esteja à vontade para vir conhecer o meu país e ir comer ali comer um pastelinho de Belém, ora essa, faça favor.
E foi exactamente no carro, que eu hoje o vi, na Rotunda do Marquês, vinha eu da Infante Santo a tentar chegar ao escritório, "Desculpe lá menina, mas agora não pode atravessar, porque o Papa vem aí, ninguém vai para a estrada agora!". Lá fiquei eu à espera, de autorização para atravessar a rua, em pela praça do Marquês, lá o senhor passou, não no papa mobile, mas num carro qualquer, disse adeus às pessoas que ali estavam repimpadas à tuga, como bem disse o Artur que acabei por encontrar no meio da multidão.
Foi para Belém, qual rei mago, rodeado de escolta policial (afinal existe policia em Portugal, quem diria!), com helicópteros da força aérea e sei lá mais o quê. Muito me ri com o Victor há bocado quando lhe ouvi dizer que tanto aparato policial o inibiu de sacar de um cigarro, não fosse levar logo um tiro de sniper por julgarem que trazia alguma arma no bolso. Uns levam incenso e mirra para Belém, este foi lá comprar uns pastéis, acho bem.
Aliás, é como dizia o António Silva ao Ribeirinho no filme "A Vizinha do Lado".
- "Eu não lhe disse, que a primeira coisa que se faz quando se vem a Lisboa, é ver os Jerónimos?"
Hoje disse adeus ao Papa e ele adeus a mim, por isso acho que fiquei abençoada. E nem em importei com a chuva. Era água benta!
"Bentanias" em Lisboa
domingo, 9 de maio de 2010
Hoje somos Campões
segunda-feira, 3 de maio de 2010
A minha capa
O meu traje foi comprado em Tuna, por altura em que deixei de ser caloira, com a minha Madrinha e com as minhas irmãs (de tuna), numa roda viva de fotografias e tira e experimenta saias e casacos.
Vivi com ele vestido alguns dos melhores momentos da minha vida, pintei com aquelas cores algumas das amizades mais bonitas que trago comigo. Apertei a alarguei a saia, vi as camisas a perder a cor, comprei por necessidade o meu segundo par de sapatos. Cada pin oferecido conta a sua história, cada emblema da capa tem a sua razão de ser. Nunca o lavei, nem à capa, que é coisa que muito enoja a minha avó (que nem sonha com metade das situações que aquele traje já viveu).
Hoje de manhã, separei a capa do resto do traje e trouxe-a comigo para o escritório. Vamos passar o serão na Praça do Município porque é dia de Serenata a Lisboa. E apesar de não dar para trajar por completo, por o horário ser demasiado apertado, entre escritório e pós graduação, não fazia sentido para mim aparecer nos Paços do Concelho sem capa. Sem a minha capa.
Porque juntas apanhámos molhas de proporções bíblicas (já que falámos de Ovibeja há pouco, lembraste Filipa?), juntas passámos noites sem dormir, juntas rimos e chorámos e sonhámos com música como pano de fundo ou por entre o silêncio dos olhares e das palavras guardadas.
A minha capa conta a minha história, dos meus tempos de estudante, trás nas fibras gastas as lembranças de quem me tocou e na costura e nos rasgões o nome de quem amei e ainda amo.
E a Serenata a Lisboa é isso tudo, é o amor à Cidade que nos formou, a esta morrinha que nos aperta o peito a que chamamos de Saudade quando lembramos o que vivemos e quem passou por nós.
Voltamos hoje à Praça do Município, minha querida capa, onde te apaixonaste um dia, por isto tudo e por nada em particular, onde te rasgaram por amor e te baptizaram por engano.
Hoje vais quietinha e calma nos meus braços para me proteger do vento (caso o haja) e compensar algumas ausências.
Já estamos em Maio e hoje é dia de Serenata a Lisboa. E ainda só estamos a dia 3.
Datas
Este ano foi a vez do Presidente da República.
Claramente somos muito mais à frente.
Desejos absurdos
Sabes que estudas no Técnico - Continuação
Oremos
"Santa resistência que estais no céu, santificada seja a lei de Ohm,
domingo, 2 de maio de 2010
E foi assim em Setúbal
E foi uma estreia tão bonita, com um dos poemas mais lindos que há.
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive,
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor que tive ,
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure..."
quinta-feira, 29 de abril de 2010
O primeiro ano do Tomás
Toda a semana foi vivida em grande expectativa, principalmente porque não te vi muitas vezes durante o último ano. Não deste por isso porque ainda és pequenino, mas a Mãe tem muita razão em se chatear comigo. Acontece que foi um ano complicado para a tia, com o final do curso e o início do trabalho, que não deixou muito tempo livre para te ir visitar à tarde. Mas não é desculpa, eu sei e por isso a tia compromete-se a estar mais presente, está bem?
Apesar de ter estado muitos meses sem te ver, um dia no final de Março em que a tia foi fazer um exame para a Ordem, combinei com a Mãe ir buscá-la para beber um café ao fim do dia. E quando ela saiu trouxe-te com ela, para nós te podermos ver. Como estás grande, Tomás! Nem te reconhecia! Já não és o bébé minúsculo de olhinhos fechados que desaparecia por entre os muitos cobertores ao meu colo. Tens olhos castanhos escuros e expressivos como a Mãe e fixaste-nos muito tempo, como quem quer saber quem eram aquelas pessoas com quem a Mãe estava a falar. E mesmo sem te lembrares de mim, quiseste vir para o meu colo e puxaste-me o cabelo quando me pus a falar com a avó sem te dar a devida atenção. Achei-te uma piada doida, só te queria levar comigo para casa.
Ora depois desse dia, comecei a ansiar pelo teu dia de anos, que reservei na agenda como sendo só para ti. Fui com o tio Ivo comprar uma prenda e a pedido da Mãe compramos-te também uma bola. E quando chegou o dia foi a loucura total! Apareceste à porta de chapéu e orelhas de peluche a condizer com umas que a mãe também tinha na cabeça. Havia balões de todas as cores e feitios e um bolo com o teu nome e a família toda reunida. Mas não quiseste outra coisa que não a bola. Quais brinquedos e balões e bolos quais quê! Só querias jogar à bola. E como não te consegues ainda equilibrar, tive de te agarrar por debaixo dos braços enquanto tentavas ser o Cristiano Ronaldo. E que grandes pontapés deste tu! O tio Dani que não pôde estar connosco ficou orgulhoso quando lhe contei. Já tem companhia para jogar à bola na praia, já que o resto dos tios e a Mãe nunca alinham com ele.
Basicamente deste-me cabo das costas Tomás, mas não me importei nada! Foram não sei quantas horas contigo de joelhos ou curvada atrás da bola, contigo ao colo a mexer nos balões, a tirar fotografias, a explorar o resto dos brinquedos, a ver outros meninos a jogar à bola enquanto a Mãe e o tio Ivo bebiam um café. A Ti Bia a certa altura disse estar espantada por tu não estranhares a minha presença e pedires tanto colo meu. Gosto de pensar que é por sentires que sou da família, apesar de ainda não me conheceres bem.
Quando nos despedimos fizeste beicinho, mas prometi que nos veremos em breve e assim espero que aconteça neste já próximo fim de semana. Até porque quero que a Mãe me dê as fotos dos teus anos, para eu actualizar as molduras.
Quando cresceres mostro-te estes posts que vou escrevendo sobre ti e prevejo que não vais ligar nenhuma, porque hás de estar mais interessado na tua nave espacial (supondo que seja esse o interesse dos jovens em dois mil e ... vinte? vinte e cinco?). Mas faz parte de se ser família ouvir aquelas frases género: "ai eras tão pequenino quando tinhas um ano e fazias bolhinhas com a boca". Ao menos sou uma tia fixe, que não te envergonha porque até escreve que tinhas o talento do Cristiano Ronaldo (que há de ser uma referência tão afastada para ti,como é para mim o Eusébio, mas o tio Dani depois explica-te que era um grande jogador do início deste milénio).
Beijinhos e continua a crescer.
Coisa horrível trabalhar 8 horinhas....
Ora eu, que tinha entrado no escritório às 8 da manhã, estava com uma dor de cabeça daquelas em que se pondera seriamente saltar para a frente do comboio, apeteceu-me agarrar numa caneta e acrescentar: "mas dá-lhe o número da Sofia, que ela com certeza que não se importa de ter um horário assim!"
A Sumol arrisca-se a perder uma consumidora se insistir em continuar a gozar com quem tem dias de trabalho de 14 horas.
quarta-feira, 28 de abril de 2010
Momento "What The F***???" de hoje:
WTF???
Não me inscrevi para isto... onde é que eu assino para me ir embora...? onde..? ah.... pois.
terça-feira, 27 de abril de 2010
Post mais estupido à face da história
Só por causa disso vou aqui ouvir Damien Rice enquanto trabalho e pensar em batatas fritas.
quarta-feira, 21 de abril de 2010
Boas memórias
Recebi mesmo agora um e-mail do Bruno cujo assunto era "Memories" e eis que quando abro, vejo que trás o link para o youtube do novo single dos Muse.
E é tal e qual o concerto que vimos no Pavilhão Atlântico em Novembro passado.
O mesmo palco, a mesma montanha de gente, se calhar, com alguma sorte, ainda passam imagens da Tour em Portugal, mas maybe we will never know.
Trás boas memórias, eu, o Bruno, a Maria João e o Gonçalo algures mais ou menos para o lado ou para a frente.
Uma das melhores bandas de sempre, um dos melhores concertos da minha vida, a melhor noite do mês de Novembro.
Vejam que vale mesmo a pena.
terça-feira, 20 de abril de 2010
Sabes que andas no Técnico quando...
...Afirmas que a tua paciência não tem limite na recta acabada;
...Passas noites no Aquário a tentar pescar alguma coisa de Álgebra;
...Pões o telemóvel a despertar para te lembrares de ir dormir;
...Conheces melhor a localização das máquinas de café do que a das casas-de-banho;
...Pesquisas Maddie no MatLab e achas genial o resultado ser "Maddie Not Found";
..."Põe o teu vector na minha base!" é uma frase de engate completamente aceitável;
...Tens colegas que se deitam à 1h da manhã por terem estado a discutir integrais;
...Dizes que a tua nota a Álgebra irá estar contida em qualquer vizinhança epsilon de zero e achas normal;
...A tua nota de Cálculo, por sua vez, tende para 0 +;
...Reconheces o integral no símbolo do IST;
...Ficas chocado quando um certo professor muda de roupa e tiras foto para comprovar que aconteceu mesmo;
...Acreditas verdadeiramente que a cara dos Transformers foi inspirada na planta do IST;
...Te ris da piada "Temos uma variável qualquer x, chamamos-lhe y...";
...Falas de música como se fosse Álgebra ("Quando mudamos de escala estamos a usar uma matriz mudança de base");
...Álgebra passa a ser a tua religião – não percebes nada e aceitas tudo;
...Não precisas de bússola: orientas-te pela Torre Norte e pela Torre Sul.
Entre outras coisas.
Constatação parva, mas ainda assim, verdadeira
Bom dia alegria!
that you left your land to trade for a place
so far away, so out of date
that only you could understand
and at the ceiling of my feeling
backed up against the wall
sweet thing you know I'd fall in line
You better dig
and take a look inside yourself"
Sheeee wants to be freeeeeee, canto eu para mim própria, à medida que escrevo a oposição à injunção de hoje. A seguir estou a pensar em escrever uma petição para que os Dispatch sigam o exemplo dos The Cranberries, façam as pazes e venham tocar a Portugal para comemorar a amizade com sol e praia! Heim? Não?!
quarta-feira, 14 de abril de 2010
Dedicado à Margarida, ao Ivo e ao Daniel
Can anybody help me? I'm outta plans
Guess I left my world in somebody's hands
I don't like to hurt but, everyone gets weak
Someone to rely on that's what I really need
Now here we stay, it's all that we're worth
I've been through the pain and been dragged through the dirt
Whatever they tell you were bigger than words
I've been where you're standing, I know how it hurts
Let this be a song now and this be our day
And we stand together, we'll be okay
'Cause we're survivors, we're making it work
Expecting the best when they hope for the worst
One love, this is the way we found
One love, even though they'll let you down
One love, nobody's perfect now
One love, don't let that hold you down
One love, let's stick together now
One love, we got to stand our ground
One love, it's easy to believe in
One love, believe in you and me, one love
Now I could try and fix this all by myself
But I know it'd turn out better if you help
No one likes to hurt but, but everyone gets weak
Someone to rely on that's what everybody needs
Now here we stay, it's all that we're worth
I've been through the pain and been dragged through the dirt
Whatever they tell you were bigger than words
I've been where you're standing, I know how it hurts
Let this be a song now and this be our day
And we stand together we'll be okay
'Cause we're survivors, we're making it work
Expecting the best when they hope for the worst
One love, this is the way we found
One love, even though they'll let you down
One love, nobody's perfect now
One love, don't let that hold you down
One love, let's stick together now
One love, we got to stand our ground
One love, it's easy to believe in
One love, believe in you and me
One love, it's one love
I'm here to tell you it's one love, oh
One love, said it's one love, sing with me one love
One love to be, oh, one love, that's all we need, one love
terça-feira, 13 de abril de 2010
Leituras de aquecer o coração
Ontem foi um desses dias.
Tiraste-me o coração do peito e, talvez por ser dia mundial do beijo (sem dúvida uma coincidência ao gosto da nossa mente pervertida), acarinhaste-o nos braços e deste-me um beijo nas feridas, no que tenho de bom e de mau. Tomaste-me por inteira, sem quereres saber das arestas farpadas de uma vida (vá, 23 anos) de encontros e desencontros, de voos e quedas, "de tampos estragados e a ver as noites a passar".
Esta semana consta que vai estar de chuva mas o sorriso que tenho na cara, vai durar até domingo de certeza.
Porque, já um dia o disse, não interessa se a amizade vem de trás, se é profunda ou meramente circunstancial, se é para sempre ou se se vai desvanecer com o passar do tempo. Interessa sim, a cumplicidade que se cria nos momentos de calor em tardes frias, o que se diz sem sequer ser preciso dizer nada e o que se sente quando por fim se decide falar.
Por entre capas pretas e serenatas que pintam a nossa vida a dois tons e braços dados em passeios rua do Coliseu abaixo, quer tenhamos por companhia imperiais a dois euros em tampos de mesa instáveis para afogar desilusões em que o brilho da noite foi menor do que se esperava (o que não faz mal, porque é a escuridão do de vez em quando que dá cor às estrelas, quando estas aparecem para brilhar), ou cafés com dois dedos de conversa numa qualquer esplanada à porta do ISPA.
Seja quando e onde for, presencialmente ou via tecnologia, regularmente ou de tempo em tempo, sinto que é um privilégio ter-te na minha vida.
Mas ontem, mais que em todos os outros dias, soube-me a ouro ler de que cor pintas a nossa amizade.
Porque conhecemo-nos de preto e branco e assim nos vamos vendo a maior parte das vezes, mas há toda uma tela de cores que partilhamos, mesmo nas noites mais escuras.
Nesta semana, o meu céu tem um arco íris desenhado. E chama-se Gonçalo.
sexta-feira, 9 de abril de 2010
Note to self: dedicar-me à pesca
E assim de repente, lembrei-me do Carlos e dos botins pouco sexys, mas impermeáveis, que ele me ofereceu pelos anos.
É preciso é alargar os horizontes
E por entre o meu discurso inflamado "à lá gajo", consegui incluir palavras como "contra-ataque", nomes de jogadores, comparações de faltas com jogos anteriores com o Braga e comentários sobre a falta de iluminação divina do Jesus na escolha do plantel.
Fiz muitos amigos sentirem-se orgulhosos, na certa.
Soubesse eu jogar Poker e tornava-me no sonho de filha do meu pai.
Se o Direito não render dedico-me à bola.
É preciso é ter as opções em aberto.
terça-feira, 6 de abril de 2010
Sei que as coisas não mudaram do dia para a noite, sei que estás confuso. Eu também. Perdeu-se qualquer coisa que não sabemos o que é, nem onde a perdemos. Era mais fácil termos um culpado, mas a vida é assim. Mas temos que acreditar em nós, não estivemos enganados este tempo todo, se estamos juntos é por alguma razão. Porque faz sentido. Porque somos nós. Vamos dar a oportunidade a nós, de nos inventarmos de novo.
Porque eu sinto a tua falta. E tu costumavas sentir a minha.
segunda-feira, 5 de abril de 2010
Só podia ser segunda-feira
Porque se não é o trabalho são as pessoas.
Se não são as pessoas é o tempo.
Se não é o tempo é a falta dele.
Se não é o computador é o telemóvel.
Se não é a manhã é a tarde.
E a noite sabe sempre a pouco, quando se pensa que faltam 5 dias para a paz do fim-de-semana.
As segundas-feiras deprimem-me, porque acabo sempre por me chatear.
A previsibilidade é uma coisa maravilhosa. Ou não.
domingo, 28 de março de 2010
Inícios
sexta-feira, 26 de março de 2010
Plágios que valem a pena
Nem demais e nem de menos.
Nem tão longe e nem tão perto.
Na medida mais precisa que eu puder.
Mas amar-te sem medida e ficar na tua vida,
Da maneira mais discreta que eu souber.
Sem tirar-te a liberdade, sem jamais te sufocar.
Sem forçar tua vontade.
Sem falar, quando for hora de calar.
E sem calar, quando for hora de falar.
Nem ausente, nem presente por demais.
Simplesmente, calmamente, ser-te paz.
É bonito ser amigo, mas confesso é tão difícil aprender!
E por isso eu te suplico paciência.
Vou encher este teu rosto de lembranças,
Dá-me tempo, de acertar nossas distâncias...
Fernando Pessoa
in http://cinzenta.blogspot.com/2010/03/cumplicidade.html
terça-feira, 23 de março de 2010
Sinceridade
Porque quando o nosso interior está a abarrotar, acabamos por desperdiçar as coisas boas que os dias nos trazem.
Porque chegou a Primavera e é tempo de inspirar o sol e deixar que o calor nos invada por dentro.
Não deixem nada por dizer.
Take all of your wasted honor
Every little past frustration
Take all of your so-called problems
Better put them in quotations
Say what you need to say
Walking like a one man army
Fighting with the shadows in your head
Living out the same old moment
Knowing you’d be better off instead
If you could only
Say what you need to say
Have no fear for giving in
Have no fear for giving over
You better know that in the end
It’s better to say too much
Than never to say what you need to say again
Even if your hands are shaking
And your faith is broken
Even as the eyes are closing
Do it with a heart wide open
Say what you need to say
domingo, 14 de março de 2010
Se ainda não foram ver, vão!
Deixo-vos com um cheirinho da banda sonora, pesquisem mais se for do vosso agrado.
Eu adorei.
quinta-feira, 11 de março de 2010
quarta-feira, 10 de março de 2010
sexta-feira, 5 de março de 2010
Viagens
Porque se adormeceu há dois minutos, porque a cabeça lateja da ressaca da noite que se passou a chorar, porque a claridade do dia é insuportável para quem se sente às escuras. Só mais uma hora da cama.
A hora esticou demasiado, há que sair a correr. Manter o ritmo descompassado dos dias que se têm seguido uns atrás dos outros, numa amálgama amorfa sem cor.
Ao menos hoje vai sozinha no carro. A próxima hora é só dela, sem conversa de circunstância, em que finge prestar atenção a qualquer facto destinado a matar o silêncio da viagem. Pode ir calada, com ela própria, ou mesmo sem ninguém. Longe do corpo que doi e dos pensamentos que pesam, como se pudesse viver com mudanças automáticas, sem precisar de ter consciência de como se chegou até aqui e de como se vai para outro lado qualquer. A vontade é um elemento da condição humana permanentemente sobrevalorizado e este é o pensamento animador de quem vive na indecisão.
Desliga o rádio e arranca embalada pela cadência do para-brisas que afasta a chuva que teima em não parar de cair. O céu também chora com a angústia dos dias e das pessoas. Pudera, todos temos razões para chorar, escondidas no coração, marcadas no peito, debaixo das telhas que usamos para construir o telhado do nosso refúgio. Porque demora até se conseguir voltar a ver as estrelas sozinho, e enquanto isso não acontece o céu não pode estar à vista. E assim se fica quieto, a lamber as feridas, à espera do bom tempo quando se possa voltar ao mar. E a pouco e pouco vão-se rasgando janelas para ver a paisagem e deixar entrar o sol. É o tempo a fazer o seu trabalho, dizem, há um caminho a percorrer até chegar ao momento em que volta a conseguir contar as estrelas. Sabedoria de quem não sabe nada. A verdade é que, não interessa contá-las sem que possa segurá-las na palma da mão. Mas a malta constroi o telhado, a casca do ovo contra a tristeza e contra a saudade. As telhas são é de vidro mas que se lixe, é o material que temos.
O trânsito não incomoda, a marcha lenta não a faz procurar caminhos alternativos e mesmo nos troços livres da autoestrada, não se preocupa em passar dos 90. Os carros que passem por ela como os dias teimam em passar, sem olhar para trás, sem sequer notar com quem se cruza, quem se perde, quem se esquece. Não interessa se não está atenta ao caminho, há de ser em frente, há de se chegar a qualquer lado e quanto mais distraída, menos tem de pensar, decidir, agir. Desde que não se desvie da mão por onde vai e mantenha uma velocidade constante não há risco de acidente. Nem de mais nada.
Dias sem cor para estradas cinzentas. Há de se chegar ao fim da viagem, seja lá ele qual for.