quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Yellowstone

Vamos todos morrer. Diz a minha irmã. Vamos todos morrer quando o parque de Yellowstone explodir. Explode e não temos tempo nem para dizer um ai! Porque a bolsa magma debaixo de Yellowstone é tão grande quase esticassemos o magma todo assim em linha recta chegava até à lua! É imenso! E é por isso que vamos todos morrer. Não porque a minha irmã consegue prever o futuro, mas porque a minha irmã viu um documentário sobre a geologia de Yellowstone, que para quem não sabe é um parque natural nos Estados Unidos da América, que o apelidava de bomba-relógio, e que um dia irá eventualmente explodir. Porque a Terra é uma bomba-relógio, e a prova disso são os dinossauros. Eles estavam aqui sossegadinhos na sua vidinha de come, dorme, luta e faz meninos e pum!, foram-se. Porque a Terra é egoísta. E passa a vida a fazer-nos negaças, ó p'ra mim aqui a deitar fumo de um vulcãozinho, ó pr'a mim a abanar a cidade, ó ó ó, será agora que vai tudo pó catano, será será? Não? Sim? Pum? Ó Ó...

Vamos todos morrer. A minha irmã tornou-se criacionista. E vê documentários. E os senhores dinossauros foram chacinados e ninguém lhes perguntou se estavam de acordo. 21 anos da minha irmã... quem diria que o delírio lhe chegaria tão cedo... Definitivamente, o Direito faz mal às pessoas.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Verdade suprema

"...Vocês estão muito "convencidos" pois conseguiram entrar para o IST... No entanto estamos cá para os deitar abaixo. Depois vocês levantam-se e nós tornamos a deitá-los ao chão, até ao dia em que já não caiem. Nesse dia, são finalmente engenheiros."

Acho que é válido para tudo onde pensamos que só existem adversidades, chatices, onde tudo nos corre mal. Quando precisamos de ver algo de bom e não conseguimos. Quando queremos acreditar que o amanhã será melhor mas não nos cheira que assim seja. Aí lembro-me sempre do que dizia o meu Prof. Romão. Que a adversidade é o caminho necessário a percorrer. Que é preciso penar, chorar, partir, marrar, gritar. Não porque no fim o resultado compense, mas porque a viagem até lá é tão atribulada, que quando lá chegamos já nada nos pára. Somos intocáveis. Os reis da montanha.
À beira de mais um semestre, tento encher-me de força para mais 4 meses de loucura, de prazos, de exames e de matéria amontoada em cima da secretária. E quando nos falta a coragem, como a mim, que olho o horizonte cheia de medo da prescrição, do horário, da necessidade de ir trabalhar e conciliar as aulas, há que respirar fundo e pensar sim!, vou penar, sim!, vou ter imenso trabalho, sim!, vou estar à rasca de tempo e de estudo, mas caramba!, que eu sou mulher para conseguir fazer isto! Porque eles mandam-nos ao chão, das escadas, do 9ºandar, deixam-nos estendidos com o orgulho em fanicos e o corpo moído. Mas há-de haver um dia em que não caímos mais. Nesse dia, somos o que queríamos ser. Tenho protecções nos joelhos e capacete. Vou ser engenheira.

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Addicted to


Estou com gripe.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

2 anos

Este blog faz dois anos no mês de Fevereiro.

WWWeeeeeee, conffettis, serpentinas, ursos polares, malabaristas, aplausos!!!!

É verdade, já são dois anos. Dois anos mais velho, mais sábio, mais fabuloso. Dois anos de posts fabulásticos e interessantes, cujo conteúdo por vezes é tão mas tão à frente que a comum pessoa não atinge. Oh well, é a vidinha, pois então.

Lembro-me no que tinha em mente para este blog, Queria um espaço de reflexão, de parvoice, um sítio onde se pudesse escrever o que se queria. Liberdade. Seja a maldizer a hora em que entrei pá fáculdade, ou a notícia estranha que saiu no jornal de ontem. Acabei por ter uma mistura. Não sei se muito bem conseguida. Lendo coisas mais antigas, vejo que há momentos muito marcantes que ficaram registados em texto. Palavras fortes que relembram momentos difíceis, pessoas importantes. Tenho textos bons, tenho menos bons. Até tenho maus! Mas não apagava nenhum. Somos o que escrevemos. A escrever ninguém nos vê. Mas todos nos sentem.


O Caramelo & Chocolate faz dois anos.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Carnaval

Fui ontem beber café sossegadamente à Ericeira, depois de um concerto de Brahms e Schumann no Convento de Mafra, e fui quase atacada por homens vestidos de mulher (e muitos "despidos"... notei algumas boas pernas, sem depilação, mas mesmo assim uma pernoca que a aguentar-se em saltos tipo agulha faz inveja a muita mulher), polícias, Zorros, toureiros, forcados, pipis-das-meias-altas, o que fosse! Diferenças entre o Sambódromo e a Praça dos Navegantes ontem, nenhuma!, pois até o amigo Samba tocava nos cafés e nos bares, convidando o até então estático e assustado transeunte a um pézinho, assim pequenino, de dança.

Não é que ligue muito a esta data, mascarava-me quando era mais miúda, até ao ano em que me vestiram de príncipe, com chapéu em triangulo e calções de balão, enquanto a minha irmã foi era a princesa com um fantástico vestido cor de rosa. Foi um balde de água fria na minha feminilidade, veste lá isso, dá o braço à tua irmã e nada de birras se não queres apanhar uma lambada, ouviste-me?!
A partir desse dia (e depois de muitas fotografias com as maiores trombas que alguma vez fiz), não dou muita atenção ao Carnaval.

Mas apelando à ocasião, e porque sou mulher de entrar sempre na onda, toca a sambar meus amigos, a mascarar, a gritar, a por as plumas e os óculos grandes, calçar os tacões e lançar serpentinas!
O que importa é curtir, esta meia dúzia de dias, que faz esquecer exames, cansaço e cerca de trezentos e sessenta e picos dias enfadonhos e sempre iguais.

"... Quem foi Meu Deus, que fez do barro poema
Quem fez meu criador se orgulhar
Os Cunanis, Aristés, Maracás
Foram dez, foram mais, pelo Amapá!..."