sábado, 27 de agosto de 2011

Medos

E se se chegar à conclusão de que és o amor da minha vida e eu o amor da tua? E se for demasiado tarde, e tudo estiver quebrado e sem conserto? Se já não formos capazes de fechar os olhos e ver luz e unicórnios e conffettis, mas sim problemas e fantasmas por cima das nossas cabeças, dos tempos passados?
Aí o que é que fazemos?

Mete mais medo esse cenário do que o de seguir em frente sozinha ou com outra pessoa.. mete mete...


sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Para bom entendedor...



Enquanto espero percorro os sinais do que fomos que ainda resiste, as marcas deixadas na alma e na pele do que foi feliz, e do que foi triste. Sabe bem voltar-te a ver, sabe bem quando estás a meu lado, quando o tempo me esvazia sabe bem o teu braço fechado. (Fim do dia)
Eu sei que ainda somos Imortais, se nos olhamos tão fundo de frente. Se o meu caminho for por onde vais a encher de luz os meus lugares ausentes. É que eu quero-te tanto, não saberia não te ter, eu quero-te tanto, é sempre mais do que eu te sei dizer, mil vezes mais do que eu te sei dizer. (Imortais)
Seremos cúmplices o resto da vida ou talvez só até adormecer.. Se eu fosse a tua pele, se tu fosses o meu caminho, se nenhum de nós se sentisse nunca sozinho. (Cúmplices)
Abraça-me bem. (Abraça-me bem)
Em cada gesto perdido eu sou igual a ti, em cada ferida que sara escondida do mundo tu és igual a mim, fazes pinturas de guerra que eu não sei apagar, pintas o sol da cor da terra e o céu da cor do mar. (Tatuagens)
Mas hoje voam pássaros sem asas, na terra desabrocham cores de guerra e hoje as flores rolam pelo chão como se fossem pedras. (Pedras e flores)
Não quero levar o que dei, talvez nem sequer o que é meu, é que hoje parece bastar um pouco de céu. (Um pouco de Céu)
De quê, de viver o perigo?, de quê?, de rasgar o peito com o quê?, de morrer, mas de que paixão?. De quê?, se o que mata mais é não ver o que a noite esconde e não ter, nem sentir o vento ardente a soprar o coração. (Balançar)
Sei de cor cada lugar teu atado em mim, a cada lugar meu. Tento entender o rumo que a vida nos faz tomar, tento esconder a mágoa, guardar só o que é bom de guardar. Mesmo que a vida mude os nossos sentidos e o mundo nos leve p'ra longe de nós... eu vou guardar cada lugar teu atado em mim, a cada lugar lugar meu, e hoje apenas isso me faz acreditar que eu vou chegar contigo onde só chega quem não tem medo de naufragar. (Cada lugar teu)
Por isso é que eu sigo esse brilho ou calor que é estrela ou chama ou tu em mim, e vou pr'a poder descobrir quem é que ainda sou contigo. (Escuro e Luar)
Depois talvez na incerteza descobrir o que está certo, e no amor, no desamor virara vida do avesso. Deixa-me só seguir o rumo de outro sentimento que acontecer, nem tudo o que nos ata nos pode prender, porque há sempre uma maneira de recomeçar o que se quiser. Há sempre, uma maneira de mudar o que não se quer. (Ficar mais Perto)
Outro dia que amanhece. (Outro dia que amanhece).

Porque parece que são sempre escritas para mim.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Férias

s.f.
dias destinados ao descanso do trabalho: as férias de verão, as férias da Páscoa.
Estou de férias.
É só isto.

sábado, 20 de agosto de 2011

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Hoje gosto de ti um pouco menos

E dói.

Acho que...

estou em perigo de ser atropelada. E já me dói o corpo só de pensar nisso. Porque vai doer, porque a recuperação é novo lenta. E chora-se e grita-se e remói-se. Outra vez. Como se fosse ontem, tudo desaba de novo, tudo termina de novo. Não consigo. É demais. Desculpa.
Por isso acho que vou sair da estrada. E só Deus sabe o quanto isso me custa, desistir. Eu que não sou mulher de desistir. Mas também não sou de causas perdidas. E por muito que nunca pensasse que tu algum dia pudesses vir a ser uma, a verdade é que neste momento, és. Não tens culpa. Não escolhemos o que sentimos. E principalmente o que não sentimos. E assim estás e estou eu e estamos nós. Perdidos na cidade, no meio das ruas e passeios. Sem saber para onde ir. Vou sentar-me no passeio, sossegada. Quando souberes para que lado da rua queres ir, acena. Bem alto. Para eu ver. Se fizer sentido, aceno de volta.
Com tudo de mim, por tanto, pelo que foi e pelo que há-de vir, e porque não sei ainda dizer Adeus, por agora
Até logo
Isabel

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Os desejos de Victor Hugo

Desejo primeiro que você ame,

E que amando, também seja amado.

E que se não for, seja breve em esquecer.

E que esquecendo, não guarde mágoa.

Desejo, pois, que não seja assim,

Mas se for, saiba ser sem desesperar

(...)

Desejo por fim que você sendo homem,

Tenha uma boa mulher,

E que sendo mulher,

Tenha um bom homem

E que se amem hoje, amanhã e nos dias seguintes,

E quando estiverem exaustos e sorridentes,

Ainda haja amor para recomeçar.

E se tudo isso acontecer,

Não tenho mais nada a te desejar "

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Pensamentos

‎"Desculpa lá, mas pensando apenas em nós os dois, o que mais falta me faz é a memória de mim

que levaste contigo".

Alice Vieira in O que se Leva desta Vida.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Perigo de atropelamento

Quando avanças para mim, na passadeira, mesmo um pouquinho que seja, mesmo que seja para experimentar, para veres o que sentes; eu vou sempre avançar de volta.
Mas por isso avança só quando tiveres a certeza, quando avaliares o teu risco, quando quiseres mesmo que eu avance.
Porque se não quiseres, se andares para trás depois e voltares ao passeio, eu vou ficar no meio da estrada sozinha, baralhada, à mercê dos carros que passam. E se for atropelada e cair no chão, a sangrar de um qualquer órgão dentro de mim, posso não conseguir voltar salva para o meu lado da rua. Posso não conseguir sarar bem. Posso tomar-lhe medo e nunca mais querer aventurar-me em passadeiras. E se um dia decidires voltar a chamar-me, eu vou-te dizer apenas adeus e vou continuar a andar, para o lado contrário. Porque não quero ser atropelada de novo. Senão um dia, com tanta ferida por dentro, morro de vez.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Planos

Quero acabar o curso. Ser engenheira. Trabalhar. Fazer algo importante. Marcar uma diferença. Sentir-me útil. Quero sair de casa. Começar a minha vida própria. Ser responsável pelos meus actos.
Quero que a noite chegue e poder sentir que a vida está a correr bem, que tenho o que preciso, e que há mais para lutar.
Quero entender-me, descobrir o que me faz mexer, o que me faz feliz. E fazê-lo.
Quero ter asas e voar mais alto, mas quero manter os pés no chão.
Quero poder desejar o mundo... mas não o quero fazer sozinha. Quero encontrar alguém que queira estas coisas também. Talvez ele esteja no meu futuro, ou no passado ou noutro tempo qualquer. Mas quero mesmo conhecer essa pessoa. Talvez me mostre o resto da minha vida, que estou ansiosa por conhecer.
Tenho um plano. Mas caramba, não me obriguem a fazer isto tudo sozinha, tá?

Dedicatória

Gosto do sorriso. Da voz. Da figura. Dos olhos. Do abraço forte. Gosto de passear com. De rir com. De ouvir. De tentar ajudar. De me pôr nos sapatos de. De tentar compreender. Mesmo que seja muito muito difícil. De elogiar, muito. De ver corar. De dançar no meio da rua. De ouvir cantar. De fazer sentir único, e especial. De fazer macacadas, a rir. Do beijo à cinema. Do olhar orgulhoso quando algo bom lhe acontece. Gosto das qualidades. Que são muitas. Não gosto dos defeitos, mas aceito-os como são. Porque fazem parte. Gosto de tudo o que tive, e que dei. E foi tanto. E ao mesmo tempo tão pouco, para os dois, para o que poderia ter sido.
Gostava que fosse vulnerável mais vezes. Que me deixasse ajudar mais vezes. Que pensasse mais em si que nos outros. Que seguisse o seu instinto e a sua vontade e o que o corpo e o coração dizem, em vez da cabeça. Porque a cabeça muitas vezes é apenas ruído, e não deixa ouvir o resto. Que meditasse e pensasse. Com calma. Num local cheio de sol. E mar. Assim bonito. Como ele. Mandasse todas as suas convicções para dentro de água e se enchesse de uma nova energia, uma energia melhor. Uma força, grande o suficiente para o lavar de todos os problemas que ele acha que não têm solução. Acredito nele, mais do que ele acredita em si. Mais do que ele acredita em mim. Ou acreditou, em tempos. Sei que tem um futuro brilhante pela frente. Talvez não com tudo o que ele sonhou, mas talvez com coisas que ele nem sequer imaginou ainda. Sem mim? É possível, sim. Se for o que ele escolheu. Se ele tiver essa certeza. Se dói, se vai doer? Sim. Um bocado, é normal. Mas amanhã é outro dia, e tudo o que gosto, vai comigo, está comigo, fica comigo. E não é esquecido. Faz parte de mim. E isso é bom também. De maneira diferente. Gostava que gostasse de mim? Sim... mas primeiro tem que aprender a gostar dele.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Abraça-me

Pelo abraço,

transmitimos emoções,

recebemos carinho,

trocamos afeto,

compartilhamos alegria,

amenizamos dores,

demonstramos amizade,

doamos amor,

expressamos a nossa humanidade.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Juramento da Infidelidade


  • Juro ser infiel ao achar que as coisas acontecem sempre da mesma forma
  • Juro ser infiel à desculpa da falta de tempo
  • Juro ser infiel ao julgar antecipadamente de uma forma negativa
  • Juro ser infiel ao medo de arriscar
  • Juro ser infiel às discussões circulares
  • Juro ser infiel aos pormenores negativos
  • Juro ser infiel à impaciência
  • Juro ser infiel à tendência de evitar o confronto Juro ser infiel ao pensamento de que tudo me acontece
  • Juro ser infiel ao medo, à ansiedade e à tristeza
  • Juro ser infiel à insegurança e à falta de auto-estima Juro ser infiel ao achar que não mereço qualquer coisa por ser bom demais
  • Juro ser infiel à solidão.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Tempo

Falta-me tempo.

Tempo para dormir, tempo para respirar, tempo para pensar no que quero ser, tempo para sentir o que já sou.

Faltam-me horas, os dias e sobram-me os meses de cansaço que suporto perto do limite que não sabia ser tão longo.

Falta-me momentos, para rir, para ler, para escrever, a ela, a ti e a mim.

Falta-me o ar da noite, dos por-do-sol a rasgar a cidade ou a praia ou o que for. Falta-me o mar e o perder de vista. Falta-me o tempo para me perder no tempo.

E o tempo que tenho não é tempo para mais nada do que falar que está mau tempo para Agosto.

Compro

Alguém que me entenda. Que me embale quando choro. Que me dê pontapés no rabo quando preciso.
Alguém que se ilumine quando eu entro na sala. Que sorria só por eu aparecer. Alguém que festeje comigo as minhas vitórias e os meus fracassos. Que me leve a comer um gelado de chocolate quando o dia me corre mal.
Alguém que veja a vida com os mesmos olhos que eu, que queira construir algo comigo.
Alguém que me abrace de noite e me beije no nariz quando acordo sonolenta de manhã. Que esteja ao meu lado todos os dias porque acredita. Que acredite no sonho, na ideia, na pura ilusão de que o futuro é nosso e pode ser risonho.
Alguém que goste de mim pela soma das minhas partes. Defeitos e qualidades. Que aguente os meus defeitos com a mesma esperança que eu os aguento, a esperança de que os vou mudando aos poucos e me transformando em alguém melhor.
Alguém que me ache linda. Para quem eu seja mais do que o suficiente. Alguém que me queira desmedidamente, sem limites, sem régras. Que me sonhe como eu sonho alguém.
Alguém que saiba cozinhar e tenha paciência em me ensinar. Alguém que queira dançar comigo, mesmo eu não sabendo dançar. Alguém que goste de passear comigo na rua, sem ir a lado nenhum, apenas porque está comigo e não precisa de mais nada.
Alguém assim. Conhecem alguém?