domingo, 2 de maio de 2010

E foi assim em Setúbal

Porque apesar de estarem mais não sei quantas pessoas no Auditório, a namorado de um solista pensa sempre que ele está a cantar apenas para ela.

E foi uma estreia tão bonita, com um dos poemas mais lindos que há.
Aqui ficam com a versão do Rodrigo Costa Félix, acompanhado pelo Mário Pacheco. A do GSFMH, pode ser que a vejam por aí, num qualquer canto da cidade.
" De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive,
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor que tive ,
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure..."


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