segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Acabaram-se as férias judiciais e as minhas também

Começei oficialmente a trabalhar.
A excitação durou exactamente 1 minuto, até ver o tamanho do dosssier com o processo que tenho de ler amanhã.
"Teve Processo Executivo na Faculdade?" Se a pergunta tivesse sido se aprendi alguma coisa de Executivo, a minha resposta claramente tinha sido diferente.
Mas venha de lá o fiel depositário! O que é lhe doi que a gente resolve já isso.
A mim vai-me doer é a vista depois de ler aquilo tudo e os pés depois de um dia inteiro de saltos altos.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Motivação

"Nós somos aquilo que fazemos repetidamente, logo, ser o melhor não é um acto mas um hábito."
Alguém disse e eu subscrevo.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Simplicidade

"It takes a crane to build a crane
It takes two floors to make a storie
It takes an egg to make a hen
It takes a hen to make an egg
There is no end to what I'm saying

It takes a thought to make a word
And it takes some words to make an action
And it takes some work to make it work
It takes some good to make it hurt
It takes some bad for satisfaction

Ah la la la la la la life is wonderful
Ah la la la la la la life goes full circle
Ah la la la la life is wonderful
Ah la la la la la

It takes a night to make it done
And it takes a day to make you young brother
And it takes some old to make you young
It takes some cold to know the sun
It takes the one to have the other

And it takes no time to fall in love
But it takes you years to know what love is
And it takes some fears to make you trust
It takes those tears to make it rust
It takes the dust to have it polished

Ah la la la la la la life is wonderful
Ah la la la la la la life goes full circle
Ah la la la la la la life is wonderful
Ah la la la la

It takes some silence to make sound
And it takes a lost before you found it
And it takes a road to go nowhere
It takes a toll to show you care
It takes a hole to see a mountain"

Jason Mraz - Life is wonderful

Life is wonderful, life goes full circle, life is meaningful, life is so full of love, em resumo, life is wonderful. Gosto de músicas simples. Esta diz tudo numa frase só.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

E Lagos nunca mais foi a mesma coisa

Aqui vai a reportagem fotográfica das minhas férias em Lagos com as meninas. Houve muito mas a julgar pelas fotos parece que foi mais do mesmo: Karaoke, jantares no Samir (será que o nome do rapaz se escreve assim?), praia e alcool. Ah e a Sofia a parecer ter 9 anos em todas as fotografias. Há coisas que nunca mudam graças a Deus.

"Oh Samir, trás aí mais 5!"

Vai Tuna!


O que é que se bebe? Super Bock!

"Em cima do Bob Marley nao! Ups já está!"



segunda-feira, 24 de agosto de 2009

A gente vai continuar

"Tira a mão do queixo, não penses mais nisso
O que lá vai já deu o que tinha a dar
Quem ganhou, ganhou e usou-se disso
Quem perdeu há-de ter mais cartas para dar

E enquanto alguns fazem figura
Outros sucumbem à batota
Chega aonde tu quiseres
Mas goza bem a tua rota

Enquanto houver estrada para andar
A gente vai continuar
Enquanto houver estrada para andar
Enquanto houver ventos e mar
A gente não vai parar
Enquanto houver ventos e mar"

Jorge Palma - A gente vai continuar

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Transparências

"Tu não tens medo de acabar sozinha eventualmente, ficares para tia; mas sim de não te conseguires voltar a apaixonar, porque precisas de te entregar a alguém para sentires que vales a pena. E isso tem sido raro acontecer, mas não é de todo impossível."

E de repente fiquei sem argumentos.

Porque há dias que não se esquecem

Hoje faz anos uma pessoa importante da minha vida.
Aos 17 namorava com uma tótó de forma a que eu tive de aparecer e vestir uma saia para lhe salvar a reputação.
Aos 18 apanhou a maior bebedeira da sua vida e acabou por ser levado para casa em braços por mim e pela minha mãe. Nunca mais o caminho de Santos para o Queens foi o mesmo.
Nos 19 estive lá também, nos 20 só por telefone, nos 21 voltei a estar.
Passaram-se os 22 e os 23 e hoje completa 24.
A conversa continua a ser a mesma de sempre, todos os anos.
Já houve parabéns cantados, piadas sobre bengalas, promessas de carregamentos de viagra para o próximo ano (a partir dos 25 é sempre a descer).
Mas por mais que os anos passem, por mais voltas que a nossa vida tenha dado, por mais histórias boas e más que tenhamos guardadas na memória, sabe bem poder acompanhar-te à distância em mais um Agosto.
Estás a ficar velho Zé António.

Parabéns Ricardo (para mim há-de ser sempre Kiko).

The party is over

Já fui e vim do Algarve.
Houve calor, muita praia, pouca sombra, pouca roupa, karaoke com direito a vénias, algum direito à mistura (pouco), clavículas apreciadas, implantes mamários não tanto, donas dos implantes mamários a darem-nos um grande baile ("eu ia jurar que eram alemãs!"), álcool e ressacas, mergulhos no mar de roupa interior às 5 da manhã, slide and splash, instintos maternais despertados pelas sobrinhas da Filipa e uma viagem de volta a Lisboa pela madrugada com banda sonora calminha no rádio e três ressonares como acompanhantes.
Esteve-se muito bem, tirando as alergias da Patrícia, a tosse da Vanessa e a minha visita e a da Marta ao Centro de Saúde por constipação e amigdalite. Nada de Gripe A pelo menos. Descansou-se pouco o corpo, mas animou a alma.
Agora é hora de voltar à realidade, ao estudo intensivo, porque há duas cadeiras para fazer, um curso para acabar e um estágio para começar.
Setembro vai ser o mês da mudança.
Da minha parte é da Cidade Universitária para Picoas.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Sonhos (à falta de melhor)

Às vezes parece que a nossa vida, em comparação com outras, os nossos sonhos e ambições em comparação com outros, é curta, são pequenos. Nada do que queremos é verdadeiramente importante.
Em comparação com outros, não somos assim tão boas pessoas, tão grandes, tão admiráveis. Porque não damos tanto de nós, não dispomos do tempo, do afecto, da nossa vida, para ajudar os outros ou para servir um bem superior, maior que o nosso mundinho. Temos uma perspectiva redutora de tudo, preocupamo-nos com ninharias, com projectos egoístas, com sonhos de uma vivência ocidentalizada que gira à volta do capitalismo e do consumismo. Nunca vamos voar tão alto como aqueles que vivem dedicados aos outros, sendo felizes com o pouco que têm, sentindo o coração cheio com as dádivas que recebem sem pedir.
E nisto vem a depressão.
Não somos o suficiente, não fomos, nunca lá chegaremos. Somos pouco com tanto e ainda queremos mais.
Tive grandes deambulações desse género nos últimos tempos, agarradas a um projecto de vida que já foi mas que por vezes ainda espreita, a pessoas que admiro cada vez mais, de dia para dia e a uma solidão que em algumas noites se torna pesada e não me deixa dormir.
Mas como o relógio da vida não pára, chega sempre uma altura em que é necessário dar um passo em frente.
Porque não podemos ser assim tão maus.
O que queremos e sonhamos não pode ser assim tão desprezível, se até somos pessoas integras e com princípios, inteligentes e sensíveis. As escolhas que tomámos e que vamos seguindo ao longo da vida não podem ser assim reduzidas a nada, senão de que adianta escolher, se no fim de contas só um caminho é que é o certo, o louvável, o reconhecido?
Para isso é preciso descobrir que, primeiro que tudo, somos todos diferentes.
E que a diferença é boa. Iguais em espírito, em coração, em humildade, em humanidade. Mas diferentes pessoas, com diferentes ambições, diferentes projectos.
Diferentes sonhos.
A única coisa que é importante não perder é o sonho.
É preciso sonhar.
O meu sonho é ser feliz. Ser feliz na profissão que escolhi, na família que me deram, com amigos que apareceram e ficaram.
Estou grata por tudo o que tenho. Pela minha família por serem quem são e pelo esforço que fizeram em investir em mim, na minha educação, na minha formação como mulher, como cidadã, como cabeça pensante. Pelos meus amigos, com todos os seus defeitos e virtudes, que surgiram e ficaram porque acharam que valia a pena. Alguns sei que por mais anos que passem não vão sair. Foi a família que eu escolhi e eles escolheram-me a mim.
Estou grata pelo amor que dei e que me foi dado, pois quem nunca sentiu o coração a explodir nunca viveu de verdade. Não interessa o tempo que dura, mas a intensidade com que se aproveita e se vive o tempo que se tem. E tudo o que esteja abaixo de intenso é frágil e passageiro, não deixa rasto. A intensidade marca e, por mais que os laços se partam, porque no fundo tudo é breve, nada é eterno, molda-nos de forma que ficamos diferentes do que éramos no inicio. Somos mais e melhor. E devemos estar gratos por isso. Pelo que se viveu, pelo que se deu, pelo que se recebeu. Eu estou.
Estou grata por ter saúde e pelos meus também a terem. Grata pela oportunidade que tive de apreciar as coisas boas da vida. Dar boas gargalhadas, ler a alma nos olhos de alguém e oferecer a nossa de volta, ver um por do sol, entrar de cabeça no mar, viajar, dizer parvoíces em conjunto, arrepiar-me com aquela música e saltar e cantar em plenos pulmões com a outra, sentir que o mundo se resume a um abraço, ver uma lua cheia e baixa, chorar de alegria, dar beijinhos em quem se gosta e sentir que o coração está tão cheio que se consegue voar.
Sim, é verdade que somos diferentes. Que vou ter uma profissão capitalista com a qual hei-de comprar malas e sapatos. Mas é com ela que também vou aliviar a minha família, mimar os meus amigos e ajudar quem necessitar da minha ajuda. Estou grata por tudo o que tenho e por tudo o que já vivi. E sei que vou estar grata por mais ainda. E com isso o meu coração vai ficar tão cheio como o de qualquer outra pessoa que decidiu agarrar um sonho pelas asas e voar com ele.
O meu sonho é ser feliz. Cada um com o seu.

domingo, 9 de agosto de 2009

Voltei (pelo menos até sair outra vez)

Resumo das minhas férias até à presente data:
Fui para Leiria na sexta passada, cantar os parabéns à brasa lá do sitio, passar por hippie e cantar os Abba, jogar Party em inglês e planear visitas culturais por Lisboa para uma menina grega, traduzir expressões portuguesas parvas e rir muito. We are the biggest of our village!
Domingo ao fim da tarde, fui direita à missa de envio da Mesquita, recordar momentos de outrora, construir novas memórias ao lado das antigas e ajudar na loucura que são só últimos momentos antes da realização de um sonho. Jantar cúmplice, três ou quatro imperiais, dois ou três cigarros e começar a fazer a mala às quatro e meia da manhã. Sete e meia no aeroporto. Check in, olhares cúmplices, lágrimas nervosas e abraços fechados e lá metemos a menina no avião. Vai voltar crescida e inteira.
Café com dois dedos de conversa, para aguentar a directa e afugentar as lembranças de outras despedidas, cheguei a casa a querer dormir 24 horas seguidas. Mas ála que se faz tarde, é tempo de voltar a Leiria e seguir para Viseu e depois Andanças. Quatro amigas, dois dias de dança, riso e alternatividade. Entre tango argentino, "mazucas" com belgas, danças finlandesas, romenas e armenas, irlandesas a rodar entre 20 gajos, salsas e kizombas com pares de primeira qualidade, lá terminámos a experiência campista e retornei à base, não sem antes partilhar um jantar com a minha Madrinha e mais algumas caras amigas, muitas gargalhadas e histórias para contar. Mais um salto ao bairro em jeito de meia despedida de mais um emigrante em terras de Sua Majestade. Despedida a sério marcada para breve.
Agora é tempo de descansar, ir à praia, marcar um café com um veraneante retornado da mesma ilha e olhar descontraidamente para os livros.
Há que não perder o norte, para daqui a uma semana seguir para o sul.
Próximas paragens: Lagos e Praia da Rocha.
Diz que são as minhas últimas férias antes de entrar no mundo de trabalho. A mim só me preocupa enfiar DIP e Sucessões no meio de tanto programa.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Contra(a)Dança

A mais recente advogada estagiária da familia saiu à pouco para passar uns dias a dançar, no Festival Andanças 2009. Não sei quantos dias de workshops e coboiada. E eu penso, se calhar é isso que eu preciso. Passar não sei quantos dias a dançar. Dançar dançar dançar. Só preocupar-me onde ponho os pés, se é para a direita ou para a esquerda, levanta o braço e faz a chickendance. Pensamentos mais profundos que isto ficariam para quando chegasse. Tudo muito básico, simples.
Hoje sinto-me tudo menos básica, tudo menos simples. Nem tenho vontade de fazer a chickendance. Sinto que não férias, não tenho descanso. À noite a mente foge para os livros, e não tenho paz para descansar. Sinto-me como se tivesse as cadeiras que me faltam pregadas em todas as perades, cima a baixo. E para onde quer que me vire, elas estão ali. São feias e deitam a língua de fora, gozam comigo e riem-se. Sinto-me presa, sinto-me doente, quero sair daqui, quero ver outras coisas.

Hoje sinto-me triste, mas ninguém parece notar. E dizem-me que parvoice, vai sair com alguém, vai jantar. Mas isso não chega. Não sei o que tenho... mas também, ninguém parece importar-se com isso.