domingo, 30 de abril de 2006

Post de indignação pelo meu muy adorado (e esperado) Arraial

Já está marcado o Super Arraial do Instituto Superior Técnico, uma das maiores festas da semana académica Lisboeta, que contou em Outubro passado com cerca de 22,000 pessoas, bombando na Alameda do IST, ao som de, por exemplo, Expensive Soul, Body Rockers ("I like the waay you mooooove!!"), Blasted Mechanism, entre muitos outros, contando, lógico, com a presença de muita cerveja, que é o que a malta gosta. A diferença para o Arraial deste ano, para minha tristeza e indignação, não só no cartaz, mas na localização. E por isso escrevo este post.
É que, meus amigos e colegas engenheiros, este ano mudaram o nosso Arraial da Alameda para outro sítio! Pois é, este ano vai ser realizado na Doca de Santos (ao pé do Rio Tejo).
Ora vamos lá a ver, se o raio da festa se chama Super Arraial do Instituto Superior Técnico, por que carga de água é que a vão passar para outro sítio que não o próprio Instituto?

O motivo já é velho, e para quem anda pelo IST (nem que seja para passear os livros) já deve ter reparado que havia ultimamente muita polémica à volta da realização do Arraial. Queixas que vinham de professores, alunos (devem ser daqueles crominhos que ficam em casa a marrar e nunca devem ter ido a um) e funcionários devido ao péssimo estado em que ficava a Alameda depois da festa. Lixo, cerveja entornada por todos os cantos, beatas, vomitado, urina dentro de alguns pavilhões deixada por alguns indivíduos demasiado alcoolizados para se dirigirem à casa-de-banho, e o próprio estado das casas-de-banho descartáveis que a organização se dispunha a colocar no recinto, eram argumentos de peso para se oporem à realização da festa na Alameda.

Li recentemente a opinião de um ex-aluno do IST, actualmente professor (ou monitor ou assistente, não sei bem), que condenava firmemente o Arraial, pelos motivos acima ditos, mas mais!, dizia que era uma vergonha para próprio Instituto, tão conceituado lá fora e cá dentro como um dos melhores, blá blá blá, que prima pela excelência e pela sua brilhante investigação, era uma vergonha ter festas destas no seu recinto, onde não se fazia mais nada senão beber até cair e fazer barulho, que até os vizinhos ali da zona se queixavam.

Ora meu caro senhor professor, festas universitárias fazem parte desta nossa jornada na faculdade. Todos devemos fazer parte deste espírito académico, porque nos ajuda a ultrapassar todos os problemas que a faculdade nos põe.
Então no Técnico, que é conhecido pelo pouco companheirismo, pelo grau exigentíssimo de dificuldade, por sermos todos uns crominhos que marram marram marram e que nunca se divertem, porque ninguém fala nem ajuda ninguém, porque é tudo horrível. Ora nós que lá estamos sabemos que na maioria dos casos isto não se passa assim, eu tenho grandes amigos e estou a adorar lá estar, visto totalmente a "camisola" e com certeza o senhor também, senão não ensinava lá, tinha mas é fugido a sete pés, mas lá fora como o próprio professor disse é assim que somos "pintados", como uma cambada de cromos.

O Arraial serve exactamente para dar uma outra prespectiva, a de que o espírito académico vive também no IST, que não somos só de estudar mas também nos sabemos divertir e mais!, atrai muitos jovens em idade de escolher a universidade e pode jogar muito a nosso favor, assim como uma "recruta de engenheiros", porque quer queiremos quer não, os jovens não gostam muito de estudar e preferem ir para um sitio onde sabem que há algo mais, animação, rambóia, copos, amigos, noitadas, festas, tunas, para aliviar a pressão que um curso superior exige. Definição de Espírito académico, ao fim ao cabo.

Quanto aos problemas de higiene e sonoridade, epá, acho que também não faz assim taaaaanto mal às pessoas terem um bocadinho de barulho a mais meia dúzia de dias por ano! Há quem more em Santos e no Bairro Alto e lá é todos os dias! E quando é a altura dos Santos Populares? Também há barulho até altas horas! E queixam-se? Não, adoram ver o bailarico da janela! Não temos culpa de que não gostem da música que tocamos no Arraial, e daí, quem sabe se até não gostam...
E acho que há outras alternativas à limpeza sem ser mudar o Arraial de sítio. Contratar equipas de limpeza da Câmara, por exemplo (o caché que a Associação de Estudantes tem não é pequeno, se têm dinheiro para pagar às bandas para lá irem actuar também têm para pagar a alguém que lhes garanta um recinto limpo!), fechar os pavilhões para impedir "certos fluídos" nos corredores de maneira a que as aulas nos dias seguintes decorram com normalidade, aumentar a segurança, impedir a venda de álcool a pessoas que já se encontrem "bem atestadas" (e não me venham dizer que não se pode fazer isso porque é expressamente proibido a venda de bebidas alcoólicas a quem já se encontre embriagado, basta ir a qualquer estabelecimento e lá está a bela da placa!), expulsar quem cause distúrbios, dar às equipas de limpeza umas mangueiras daquelas com jacto para de tempos em tempos darem uma limpeza aos sítios (e a algumas pessoas que talvez precisassem...), sei lá! O que é preciso é imaginação e atitude, é o que se espera de uma Associação de Estudantes! Agora mudar de sítio uma festa que é nossa por tradição... Não, não consigo concordar.

Gosto de estar numa faculdade de excelência a tirar o meu curso de Engenharia Biológica e sentir que também tenho momentos para me distrair e estar com os meus amigos, vivendo a tradição o melhor que posso e sei, quer na Tuna quer participando sempre e com gosto dos Arraiais; e sei que os meus colegas, engenheiros ou não, concordam comigo.
Porque o espírito académico deve ser vivido sempre, até ao fim, porque mais tarde é demasiado tarde para o viver.

Mesmo assim podem ver informações sobre o Arraial aqui

quarta-feira, 26 de abril de 2006

Ende naue sametinge compelitely inseine

Sonhei que o Alberto João Jardim tinha proibido as comemorações do 25 de Abril na Madeira.

25 de Abril 1974 foi à 32 anos



«Trova do Vento que Passa»

Pergunto ao vento que passa
notícias do meu país
e o vento cala a desgraça
o vento nada me diz.

Mas há sempre uma candeia
dentro da própria desgraça
há sempre alguém que semeia
canções no vento que passa.

Mesmo na noite mais triste
em tempo de servidão
há sempre alguém que resiste
há sempre alguém que diz não.


As mãos
Com mãos se faz a paz se faz a guerra.

Com mãos tudo se faz e se desfaz.
Com mãos se faz o poema – e são de terra.
Com mãos se faz a guerra – e são a paz.

Com mãos se rasga o mar. Com mãos se lavra.
Não são de pedras estas casas mas
de mãos. E estão no fruto e na palavra
as mãos que são o canto e são as armas.

E cravam-se no Tempo como farpas
as mãos que vês nas coisas transformadas.
Folhas que vão no vento: verdes harpas.

De mãos é cada flor cada cidade.
Ninguém pode vencer estas espadas:
nas tuas mãos começa a liberdade.

A tradição já não é o que era


Hoje é dia 25 Abril, ou melhor ontem já que já são 00.05 da manhã, logo hoje já é dia 26.
À hora do jantar, estive a ver o discurso do Presidente da República Cavaco Silva na Assembleia e qual não é o meu espanto, ao constatar que o chefe de estado não tinha um cravo na lapela. Fontes próximas do Presidente disseram-me que ele bem queria, mas os acessores tiraram-lhe os cravos todos, ao mesmo tempo que corriam pela escadaria de S.Bento abaixo em ataques de histeria. É que isto de levar a Presidencia para a era moderna cansa. E os cravos estão out. Há que dar o exemplo.

Passado, presente e futuro.

Dói. Dói pensar. Dói sonhar. Dói lembrar. Sentimo-nos levados pela dormência dos sentidos, quando já nada significa o que significava antes. Há coisas que perderam o sentido. Um filme no cinema. Uma tarde de estudo. Um atrofio. Um lanche. Uma mensagem quando não se espera. Uma noite de Agosto. Momentos que não voltam, são únicos, e permanecem apenas agora na nossa memória. A memória. Traiçoeira. Prega-nos partidas à noite, levando-nos pelo caminho dos sonhos até ao lugar que o nosso coração anseia, iludindo-nos por umas horas de que tudo está como devia estar. Alvorada. Tudo desvanece. Acordamos e vemos os lençóis revoltos, a almofada no chão, o sol a entrar pela janela, o despertador a tocar. Ó dura realidade, foi apenas mais um sonho... Voltamos ao mundo real, onde o toque, o olhar, a voz, o cheiro, são apenas recordações de um passado. E todos sabemos que passado não se mistura com futuro. Futuro. Pensar no que a vida nos reserva. Vais ver, tens muitos anos à tua frente, aproveita, dizem eles. Mas o que é que há para aproveitar, se tudo o que eu queria ficou no passado? Que futuro posso eu ter enquanto a minha mente me prende no passado, os sentidos em recordações, o pensamento longe? Que futuro, quando só levantar da cama já é um passo olímpico? Que futuro, quando tudo o que eu imaginava como sendo um futuro já não o é? Estudar. Acabar o curso. O teu curso é a coisa mais importante que tu tens, dizem eles. Concordo. Mas como arranjar coragem para continuar? Como conseguir a concentração necessária para um bom desempenho se tudo o que se faz remete para.. Amor. O coração não escolhe quem ama. Não está nas nossas mãos escolher. Ama a quem te ama, não ames a quem te sorri, dizem eles. Tão fácil de dizer, meu Deus, tão fácil... E no entanto podia ser o enunciado de uma fórmula tirada da Física, tal é a dificuldade. A dicotomia extrema, de amar alguém que não nos ama, fazendo sofrer um outro. É injusto, pois é, mas a vida é injusta, dizem eles. Amizade e amor. Onde começa um e acaba o outro? Apaixonarmo-nos por um amigo, é possível? Acabar uma relação e ficarem amigos, é possível? Acabar uma amizade em prol de um amor, é possível? Amizade. Aquele sentimento de partilha da nossa vida, de acompanhamento, nos bons e maus momentos. Nós somos casados com os nossos amigos, eu acho. Para o bem ou para o mal, na saúde ou na doença, até que a morte nos separe. Isto é um verdadeiro amigo, existem poucos. Posso dizer que sou uma amiga verdadeira. Para os bons ou maus momentos. Para as relações que dão certo e para as que acabaram via telemóvel. Para os momentos de alegria do primeiro beijo até à choradeira no ombro quando ele(a) descobre que há outro(a). E agora dói. Dói reconhecer que as coisas acabam, que as amizades esfriam, que o passado não volta, nem o tempo, nem o cheiro, o toque ou a voz. Amor ou amizade, os dois ou só um, seja por que ordem for, dói muito quando acaba. E tenho medo. Medo de perder o amor, a amizade, o que raio é que isto seja, que me faz querer preservar e acarinhar por muitos e bons anos, que me faz querer estar a teu lado para o que der e vier, amigos, amores, chatices, alegrias. Porque contigo cresci e tu cresceste, fomos companheiros de muitas lutas, temos muita história, e isso é algo que não se esqueçe. Não tens lugar no meu passado. Porque és presente. Resta saber se te posso incluir no meu futuro.
Sem lamentos... A ti.

segunda-feira, 24 de abril de 2006

Confissões musicais I

Para quem ouve a rádio comercial de manhã com o Pedro Ribeiro, já ouviu de certeza o Guilty Pleasures, ou trocado por miudos, as musicas de que se gosta, mas em relação às quais se tem vergonha de admitir.
Ora eu decidi chegar-me à frente. Estava a ler o blog do Nuno Markl sobre a festa sueca do Indie, e eis senão quando (adoro esta expressão) vem à baila (idem) os Ace of Base! Oh meus amigos, os Ace of Base!
Veio-me logo à memória os meus aureos anos de criança feliz e despreocupada com dentes de leite, a dançar feita tresloucada nas festas de anos das minhas amigas aos 8, 9 anos.
Eu admito, senhoras e senhores, gosto de Ace of Base


Ace of Base
She leads a lonely life
She leads a lonely life

When she woke up late in the morning
Light and the day had just begun
She opened up her eyes and thought
O’ what a morning
It’s not a day for work
It’s a day for catching tan
Just laying on the beach and having fun
She’s going to get you

All that she wants is another baby
She’s gone tomorrow boy
All that she wants is another baby
All that she wants is another baby
She’s gone tomorrow boy
All that she wants is another baby

All that she wants - all that she wants

So if you are in sight and the day is right
She’s a hunter you’re the fox
The gentle voice that talks to you
Won’t talk forever
It’s a night for passion
But the morning means goodbye
Beware of what is flashing in her eyes
She’s going to get you

All that she wants...

quinta-feira, 20 de abril de 2006

Citação Famosa IX

"O Golfe é uma forma extraordinariamente cara de jogar ao berlinde."

G.K.Chesterton

terça-feira, 18 de abril de 2006

Mudar de vida

Venho por este meio fazer uma declaração de extrema importância.
Decidi que, a partir de hoje, as minhas intervenções neste blog vão passar a ser uma coisa séria (sim, porque da minha irmã não se pode esperar tanta eloquência, gente de ciências, tadinhos).
É verdade. A partir de agora, os meus posts vão ser unica e exclusivamente sobre a caricata e estupida realidade do dia-a-dia neste país à beira mar plantado.
Quando estiver suficientemente deprimida, volto às parvoices ou dedico-me à agricultura, logo se vê.

segunda-feira, 17 de abril de 2006

À minha irmã

Pensamento do dia


Posso pôr a minha irmã no ecoponto?

Vai Tunaaaaa!!!

Nestas últimas semanas tenho andado com o espirito académico em alta.

E quando se fala em academia, fala-se em tunas e de propósito visto que é já sexta feira 21 que a Barítuna (que para quem não sabe é a Tuna Feminina da Faculdade de Direito de Lisboa)vai rumar à cidade dos estudantes para cantar e encantar, pois com certeza!

E já que estou com a pica toda, aqui fica um cheirinho (a Isabel, que é da TFIST, que se vá lixar, pois cada um puxa a brasa à sua sardinha e a minha é muito boa hahaha)

Hino
Escutando do Tejo as ninfas (cantar)
Negra sina esta de estudante
Dão elas mais encanto ao nosso sonhar
Que é mágoa e audácia a cada instante

Cantando baixinho, eu vou recordar
As noites em branco, tentando buscar
Dos livros a vida, que só é vivida
Uma vez, uma vez a cantar

Entre copos e folia
Capas negras pelo ar
Cada nova melodia
É uma razão para recordar
Estes tempos de estudante
Esta vida alegre e boa
De que só nos damos conta
Quando começa a terminar
Se não é só dos livros, das aulas, do curso, a nossa lição
A Barítuna é vivida, por quem dá vida à tradição.

No traje o peso da história
Na fita a fiel tradição
E em nossas balanças sempre a equilibrar
Boémia e Direito a cada instante

De negro e vermelho queremos vestir
O tempo que corre e começa a fugir
Que a Academia jamais é vivida
Uma vez, uma vez sem cantar.


Ps - Cavaquinho power!!!!! yeeeaaahhh

sábado, 15 de abril de 2006

Ideal de vida

No filme do Steven Spielberg "Guerra dos Mundos", há uma parte em que as pessoas são mortas, como que incendiadas pelas máquinas e as roupas caem do céu como folhas de uma árvore...

Comentário da minha irmã: Roupas a cair do céu.. My dream come true....

sexta-feira, 14 de abril de 2006

Feliz Páscoa

Quero desejar aos nossos leitores em meu nome e no da Sofia, uma feliz Páscoa a todos, repleta de amêndoas e chocolates e todas essas coisas que fazem engordar!!!

Saúdinha e boas férias.. para quem as tiver!!



Énde naue sameting complitely diferente

quarta-feira, 12 de abril de 2006

Férias? Hum?..

Só para deixar comentado que já estou oficialmente, extraordinariamente, inacreditavelmente.. finalmente!!!!!, de férias!
É verdade meus amigos, durante a próxima semana esta vossa criada encontra-se de férias.
Uma bela semana, de completo descanso (....estudo...) sem nada para fazer senão ver televisão e vegetar (...estudar Análise...), onde a única deslocação que vai ter que fazer é da cama para o sofá (...de casa para o Técnico...), levantando-se às horas que bem lhe apetece (....de manhã, pa aproveitar...).

Hum......... Afinal..... Parece que não estou de férias não... Bolas pah!!!!

domingo, 9 de abril de 2006

That's just bad publicity....

O novo anúncio à coca cola light que passa na rádio e na tv, no meio dos ínúmeros parabéns ao não sei quantos que deixou de fazer isto para se dedicar a outra coisa, diz, ironia das ironias

Palmas para aquele que desistiu de Direito no 5ºano e foi para Medicina Veterinária

Já não basta os factos, também a coca cola tem de mandar o seu bitate.
Estou a ser manipulada, qual criança de 5 anos. Inda se queixam dos morangos com açucar...
É por estas e por outras que não gosto de light.

Oficialmente em depressão.

Pensamento do dia vulgo quero um bentley continental só para mim

A descer o caminho do Técnico para o Saldanha, depois de uma tarde com os 3 de sempre, ao passar pelo stand da Bentley

Porshe? Mas qual Porshe! A Porshe é o novo Opel Corsa dos novos ricos, toda a gente tem um!

Ando estremamente profunda, nestes últimos dias

segunda-feira, 3 de abril de 2006

Definição de Ordenado

Ordenado é miséria a prestações...

Citação Famosa VIII

"Um cínico é um indivíduo que logo que lhe cheira a flores olha à sua volta à procura da urna."

H.L.Mencken

Citação Famosa VII

"Só se é jovem uma vez; é o máximo que a sociedade pode aguentar."

B.Berelson

Citação Famosa VI

"Tal como no sexo, os movimentos em futebol são limitados e previsíveis."

Peter Ackroyd

sábado, 1 de abril de 2006

Citação Famosa V

" O riso é o presente de Deus à Humanidade", disse o Padre. "E a Humanidade", disse o cínico, "é a prova que Deus tem sentido de humor."

Anónimo