sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Horas doces com sabor "amargo"

Porque há alturas em que nos temos de dar.
Então ontem ofereci-me sem horas para a ouvir falar. Ou para lhe ouvir o silêncio. Enquanto durasse a garrafa de vinho, quanto houvesse gelo e limão para a amarguinha, até de manhã se fosse preciso.
E à varanda, debaixo da minha manta verde, pintámos o céu da cor de outro continente, contámos sonhos e medos e deixámo-nos estar assim.
Há palavras que se guardam, outras que precisam de tempo para sair e outras que não precisam de ser ditas de todo. Até os patos compreendem.
Ontem tivemos tempo para tudo isso: para guardar, para falar e para sentir.
Hoje deixamos o tempo continuar a sua vida normal.