sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Acho que...

estou em perigo de ser atropelada. E já me dói o corpo só de pensar nisso. Porque vai doer, porque a recuperação é novo lenta. E chora-se e grita-se e remói-se. Outra vez. Como se fosse ontem, tudo desaba de novo, tudo termina de novo. Não consigo. É demais. Desculpa.
Por isso acho que vou sair da estrada. E só Deus sabe o quanto isso me custa, desistir. Eu que não sou mulher de desistir. Mas também não sou de causas perdidas. E por muito que nunca pensasse que tu algum dia pudesses vir a ser uma, a verdade é que neste momento, és. Não tens culpa. Não escolhemos o que sentimos. E principalmente o que não sentimos. E assim estás e estou eu e estamos nós. Perdidos na cidade, no meio das ruas e passeios. Sem saber para onde ir. Vou sentar-me no passeio, sossegada. Quando souberes para que lado da rua queres ir, acena. Bem alto. Para eu ver. Se fizer sentido, aceno de volta.
Com tudo de mim, por tanto, pelo que foi e pelo que há-de vir, e porque não sei ainda dizer Adeus, por agora
Até logo
Isabel

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