sexta-feira, 3 de junho de 2011

Para quem se interroga se o gato me comeu a língua

Não ando com paciência para escrever.


Nem para falar sequer.


Não estou mal, nem bem, nem assim para o mais ou menos. Hoje por exemplo, estou com insónias que é o mais definido que consigo estar nos últimos dias e daqui a nada quase meses.


Também não é por bem, nem por mal. É porque é, porque me sinto assim.


São fases da vida.


E se noutra época o sofrimento me fez escrever, sendo que a escrita sempre foi a minha forma especial de expurgar a minha tristeza e os sentimentos conflituantes que se deglatiavam dentro de mim, hoje, ou nos últimos tempos, tenho-me remetido ao silêncio.


Não sei bem o que dizer, e com isso digo nada.


Não porque não tenha nada para dizer, mas porque o que tenho não é nada.


E de nadas se têm feito os meus dias.


E eu sou menina de tudos, em excesso e em demasia.


Ou se calhar era e agora tornei-me mais recatada. Não sei.


Sei que tudo actualmente é menos. Doi menos, ouve-se menos, escreve-se menos, le-se menos, rala-se menos, pensa-se menos.


E como de menos não se faz este blog, aguardo algo mais.


E quando o achar partilho.


Hoje ficamos assim entre o menos que existe e o mais que deixou de ser.


Já estamos em Junho e eu cá continuo.

2 comentários:

7 disse...

nihilista

Patricia disse...

deixa lá... os nadas tb são precisos... mas que nos depojemos dos tudo e dos mais e nos deixemos apenas com os essenciais.. e n escrevas, n fales, n te rales e n sintas.... é preciso ser sempre ser-se essência para se descobrir o essencial :-)