quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Ainda na senda das descrições invernais

Passei mesmo há pouco pelo cimo do parque Eduardo VII, a caminho do escritório depois de uma tentativa frustrada de citar uma pessoa no domicilio.
E parei uns segundos naquele miradouro mesmo cá em cima, frente ao Palácio da Justiça, que tem vista para o Marquês e para o rio.
E fiquei siderada.
A rua estava toda molhada mas brilhava em tons de dourado porque o sol decidiu aparecer. O rio ao fundo parecia prata, o castelo olhava para mim com a cumplicidade de outras eras e outros dias, as árvores dançavam ao sabor do vento e até o Marquês parecia mais novo.
O vento batia-me na cara e o lenço ao pescoço sabia-me bem, mas o sol, apesar de fraquinho, fez-me tirar o casaco. E o arrepio fez-me sentir viva por dentro. Respirei fundo o cheiro a terra molhada.
"Caramba, que Lisboa é mesmo bonita no Inverno!"
Ainda bem que quando sair do escritório vai ser, mais uma vez, noite cerrada.
Sábado, demoras muito tempo a chegar para eu ir passear?

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