segunda-feira, 2 de abril de 2007

Para me recompôr...

"Ponho-me a pensar: "Mas porque raio é que esta rapariga há-de estar tao deprimida, tão triste? Por onde é que poderá andar o sorriso nos lábios, o brilhozinho nos olhos, a alegria?" Sei que a mostrarias de qualquer das formas, que guardarias essa tristeza para ti, que a partilharias apenas com a tua almofada e o teu CD da Mafalda Veiga.
Admiro e ao mesmo tempo faz-me confusão essa tua maneira de ser. Não gosto porque fico sempre sem saber o teu real estado de espírito. Admiro porque apesar de tudo consegues sempre mostrar um sorriso, consegues sempre superar nem que seja momentaneamente o que quer que seja que te roube essa tua alegria e mostrar a Isabel de sempre (...) Ainda assim compreendo que tenhas os teus e só teus motivos para te sentires triste (...) e sei o quão frustrante podem ser especialmente quando não os podes controlar. Logo tu que detestas quando não podes controlar algo, quando não podes fazer o que queres à tua própria maneira. Detestas surpresas, detestas indefinição, detestas fragilidade, detestas monotonia...

Sofres do mal de não estar nunca satisfeita, queres sempre algo mais, exiges sempre mais de ti própria. Preferes quase sempre o caminho do que o destino propriamente dito. É um mal porque te dá incertezas, mas de qualquer forma não poderias viver de outra maneira. (...) Orgulho-me de poder dizer que partilho contigo uma cumplicidade rara, algo que decerto nunca partilhei com ninguém, o que só por si te torna numa pessoa especial. Venha o que vier, essa ligação que partilhamos juntos vai ser muito difícil de romper e espero sinceramente que nunca se rompa.
Tivemos e temos várias divergências. Esta cumplicidade não é perfeita, dá azo a muita indefinição, a confusão de sentimentos, a ocasionais borboletas, precisamente tudo aquilo que detestas. (...) Mas não lamento nada, muito antes pelo contrário. Tive a oportunidade única de te conhecer e orgulho-me muito disso.

Seremos cúmplices
o resto da vida,
ou talvez só até amanhecer..."


Rui

Apetece-me ouvir (neste caso ler) elogios. E chorar de algria em vez de mágoa... para variar. Espero que não te importes por ter partilhado o teu comment Rui *

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