Faz no próximo sábado 15 dias que foi a tua primeira festa de aniversário, Tomás! Já viste? Já passou um aninho desde o dia em que te vi pela primeira vez, de azul no berço, no Hospital da Luz.
Toda a semana foi vivida em grande expectativa, principalmente porque não te vi muitas vezes durante o último ano. Não deste por isso porque ainda és pequenino, mas a Mãe tem muita razão em se chatear comigo. Acontece que foi um ano complicado para a tia, com o final do curso e o início do trabalho, que não deixou muito tempo livre para te ir visitar à tarde. Mas não é desculpa, eu sei e por isso a tia compromete-se a estar mais presente, está bem?
Apesar de ter estado muitos meses sem te ver, um dia no final de Março em que a tia foi fazer um exame para a Ordem, combinei com a Mãe ir buscá-la para beber um café ao fim do dia. E quando ela saiu trouxe-te com ela, para nós te podermos ver. Como estás grande, Tomás! Nem te reconhecia! Já não és o bébé minúsculo de olhinhos fechados que desaparecia por entre os muitos cobertores ao meu colo. Tens olhos castanhos escuros e expressivos como a Mãe e fixaste-nos muito tempo, como quem quer saber quem eram aquelas pessoas com quem a Mãe estava a falar. E mesmo sem te lembrares de mim, quiseste vir para o meu colo e puxaste-me o cabelo quando me pus a falar com a avó sem te dar a devida atenção. Achei-te uma piada doida, só te queria levar comigo para casa.
Ora depois desse dia, comecei a ansiar pelo teu dia de anos, que reservei na agenda como sendo só para ti. Fui com o tio Ivo comprar uma prenda e a pedido da Mãe compramos-te também uma bola. E quando chegou o dia foi a loucura total! Apareceste à porta de chapéu e orelhas de peluche a condizer com umas que a mãe também tinha na cabeça. Havia balões de todas as cores e feitios e um bolo com o teu nome e a família toda reunida. Mas não quiseste outra coisa que não a bola. Quais brinquedos e balões e bolos quais quê! Só querias jogar à bola. E como não te consegues ainda equilibrar, tive de te agarrar por debaixo dos braços enquanto tentavas ser o Cristiano Ronaldo. E que grandes pontapés deste tu! O tio Dani que não pôde estar connosco ficou orgulhoso quando lhe contei. Já tem companhia para jogar à bola na praia, já que o resto dos tios e a Mãe nunca alinham com ele.
Basicamente deste-me cabo das costas Tomás, mas não me importei nada! Foram não sei quantas horas contigo de joelhos ou curvada atrás da bola, contigo ao colo a mexer nos balões, a tirar fotografias, a explorar o resto dos brinquedos, a ver outros meninos a jogar à bola enquanto a Mãe e o tio Ivo bebiam um café. A Ti Bia a certa altura disse estar espantada por tu não estranhares a minha presença e pedires tanto colo meu. Gosto de pensar que é por sentires que sou da família, apesar de ainda não me conheceres bem.
Quando nos despedimos fizeste beicinho, mas prometi que nos veremos em breve e assim espero que aconteça neste já próximo fim de semana. Até porque quero que a Mãe me dê as fotos dos teus anos, para eu actualizar as molduras.
Quando cresceres mostro-te estes posts que vou escrevendo sobre ti e prevejo que não vais ligar nenhuma, porque hás de estar mais interessado na tua nave espacial (supondo que seja esse o interesse dos jovens em dois mil e ... vinte? vinte e cinco?). Mas faz parte de se ser família ouvir aquelas frases género: "ai eras tão pequenino quando tinhas um ano e fazias bolhinhas com a boca". Ao menos sou uma tia fixe, que não te envergonha porque até escreve que tinhas o talento do Cristiano Ronaldo (que há de ser uma referência tão afastada para ti,como é para mim o Eusébio, mas o tio Dani depois explica-te que era um grande jogador do início deste milénio).
Beijinhos e continua a crescer.
Toda a semana foi vivida em grande expectativa, principalmente porque não te vi muitas vezes durante o último ano. Não deste por isso porque ainda és pequenino, mas a Mãe tem muita razão em se chatear comigo. Acontece que foi um ano complicado para a tia, com o final do curso e o início do trabalho, que não deixou muito tempo livre para te ir visitar à tarde. Mas não é desculpa, eu sei e por isso a tia compromete-se a estar mais presente, está bem?
Apesar de ter estado muitos meses sem te ver, um dia no final de Março em que a tia foi fazer um exame para a Ordem, combinei com a Mãe ir buscá-la para beber um café ao fim do dia. E quando ela saiu trouxe-te com ela, para nós te podermos ver. Como estás grande, Tomás! Nem te reconhecia! Já não és o bébé minúsculo de olhinhos fechados que desaparecia por entre os muitos cobertores ao meu colo. Tens olhos castanhos escuros e expressivos como a Mãe e fixaste-nos muito tempo, como quem quer saber quem eram aquelas pessoas com quem a Mãe estava a falar. E mesmo sem te lembrares de mim, quiseste vir para o meu colo e puxaste-me o cabelo quando me pus a falar com a avó sem te dar a devida atenção. Achei-te uma piada doida, só te queria levar comigo para casa.
Ora depois desse dia, comecei a ansiar pelo teu dia de anos, que reservei na agenda como sendo só para ti. Fui com o tio Ivo comprar uma prenda e a pedido da Mãe compramos-te também uma bola. E quando chegou o dia foi a loucura total! Apareceste à porta de chapéu e orelhas de peluche a condizer com umas que a mãe também tinha na cabeça. Havia balões de todas as cores e feitios e um bolo com o teu nome e a família toda reunida. Mas não quiseste outra coisa que não a bola. Quais brinquedos e balões e bolos quais quê! Só querias jogar à bola. E como não te consegues ainda equilibrar, tive de te agarrar por debaixo dos braços enquanto tentavas ser o Cristiano Ronaldo. E que grandes pontapés deste tu! O tio Dani que não pôde estar connosco ficou orgulhoso quando lhe contei. Já tem companhia para jogar à bola na praia, já que o resto dos tios e a Mãe nunca alinham com ele.
Basicamente deste-me cabo das costas Tomás, mas não me importei nada! Foram não sei quantas horas contigo de joelhos ou curvada atrás da bola, contigo ao colo a mexer nos balões, a tirar fotografias, a explorar o resto dos brinquedos, a ver outros meninos a jogar à bola enquanto a Mãe e o tio Ivo bebiam um café. A Ti Bia a certa altura disse estar espantada por tu não estranhares a minha presença e pedires tanto colo meu. Gosto de pensar que é por sentires que sou da família, apesar de ainda não me conheceres bem.
Quando nos despedimos fizeste beicinho, mas prometi que nos veremos em breve e assim espero que aconteça neste já próximo fim de semana. Até porque quero que a Mãe me dê as fotos dos teus anos, para eu actualizar as molduras.
Quando cresceres mostro-te estes posts que vou escrevendo sobre ti e prevejo que não vais ligar nenhuma, porque hás de estar mais interessado na tua nave espacial (supondo que seja esse o interesse dos jovens em dois mil e ... vinte? vinte e cinco?). Mas faz parte de se ser família ouvir aquelas frases género: "ai eras tão pequenino quando tinhas um ano e fazias bolhinhas com a boca". Ao menos sou uma tia fixe, que não te envergonha porque até escreve que tinhas o talento do Cristiano Ronaldo (que há de ser uma referência tão afastada para ti,como é para mim o Eusébio, mas o tio Dani depois explica-te que era um grande jogador do início deste milénio).
Beijinhos e continua a crescer.