domingo, 13 de setembro de 2009

Farfalle com molho de natas e cogumelos

Ontem foi almoçar e deu por si frente a frente com o sítio do costume.
Pensou duas vezes se não seria demasiado deprimente sentar-se ali sozinha. Afinal de contas, a última vez que ali tinha estado tinha sido com ele. Arriscou.
"Tenho fome e apetece-me. Já passou tanto tempo, é um fantasma que tardava em espantar" pensou. Vamos a isso.
- "Qual é a massa?" perguntou a empregada. E ao responder, ia jurar que o ouvia a chamá-la de previsível com aquela gargalhada.
- "Deseja mais alguma coisa?"
(Não queres queijo?)
Novamente a voz dele nos ouvidos.
- "Queijo, se faz favor".
- "Qual é o sumo?"
O eco da voz dele a ressoar-lhe na cabeça ao mesmo tempo que respondia maracujá.
Sentou-se e começou a comer.
(Não comas tão rápido que ficas com dor de estômago...)
No fim do almoço, o estômago pesava como era de esperar.
Mas a alma pesava ainda mais ao ver que tudo se mantinha igual, menos a presença dele à sua frente.
"Que se lixe, já digeriste coisas piores".
Levantou-se e foi trabalhar.

1 comentário:

Patricia disse...

e mai nada...