sábado, 24 de fevereiro de 2007
Mais uma ideia genial
Primeiro foram os grandes portugueses, agora as 7 maravilhas de Portugal. Quem olha para isto, até pensa que Portugal é amigo de votar. Não prestam mesmo atenção às taxas de abstenção das eleições e dos referendos.
A educação informática de Sofia Paixão I
No outro dia descobri que se deve compactar o disco rigido para haver sempre espaço livre. Who knew...
Fim de férias
O meu ideal de fim de férias:
- Acordar ao meio dia;
- Conduzir;
- Passar uma tarde boa, a rir e dizer parvoices, com direito a telefonemas bizarros à mistura;
- Ir jantar com os amigos ao sítio do costume;
- Sermos 6 gatos pingados num carro, até ao Bairro Alto, e andar a evitar tudo quanto é AE's e vias rápidas, para fugir às operações STOP;
- Conseguir estacionar o carro (apesar de ser num parque que eu não gosto porque a entrada é muito apertada e tem que se fazer em duas manobras, o que quando tens carros atrás não é nada giro);
- Chegar ao Bairro e ver montes de gente, dá logo outro espírito quando aquilo está povoado;
- Encontrar mil pessoas conhecidas por metro quadrado, inclusive aqueles que não querias encontrar;
- Ter a melhor amiga com os copos, e disposta a fazer figuras tristes;
- Ir ao Karaoke do Palpita-me cantar o I will survive em plenos pulmões com mais 3 gajas já "alegres" e receber uma grande salva de palmas (e assobios e piropos);
- Sair tardíssimo (quando fecha);
- Pagar 6euros de parque.. Hummm.. agora que penso nisso, não foi muito bom....
- Distribuir os amigos a casa (mais uma vez, 6 gatos pingados, 5deles bem bebidos e a dizerem parvoices, e uma condutora responsável mas animada);
- Chegar a casa às 5.30h da manhã, sem operações STOP na A8, com os paizinhos a dormirem, sem chatearem a cabeça;
- A minha irmã estar suficientemente bêbeda para ser uma querida, e não me chegar a cabeça.
Simplesmente, um fantástico último dia de férias, com as melhores pessoas, passado da melhor maneira.
Definitivamente, algo a repetir.
E vocês, como passam o último dia de férias?
Definitivamente, algo a repetir.
E vocês, como passam o último dia de férias?
quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007
Indirectas
- "Finalmente há publicidade de jeito! Sabes, aquele anúncio dos preservativos a dizer que querem trabalhar. Acho muito bem, extremamente educativo! (cruza a perna, ajeita a saia, acende outro cigarro, e remata) E pessoalmente, fico cheia de pena, ao vê-los ali em filinha sem trabalhar. Eu até os empregava... Se me arranjassem um bom "local de trabalho"! (ri e olha para mim com olhar maroto) Não é, Isabel?"
- "Err... (olhos muito abertos, queixo caído) Então quanto é ficou o jogo do Benfica mesmo?"
Poucas pessoas me deixam sem palavras com indirectas. Contam-se pelos dedos. Bolas rapariga, estiveste bem!
Mas olha, se arranjares, tem que ter olhos claros sim? Obrigada.
- "Err... (olhos muito abertos, queixo caído) Então quanto é ficou o jogo do Benfica mesmo?"
Poucas pessoas me deixam sem palavras com indirectas. Contam-se pelos dedos. Bolas rapariga, estiveste bem!
Mas olha, se arranjares, tem que ter olhos claros sim? Obrigada.
Tudo está bem...
... quando temos equivalência à cadeira de Química II!
A antiga cadeira de Química das Soluções Aquosas, que tem a matéria mais chata, aquela cadeira à qual nunca fui a exame (porque era bem mais giro ir para a praia ou ficar a jogar à sueca da explanada), a professora que me odeia e me chumbou logo no 1ºano do curso numa outra cadeira e que agora ia leccionar esta, a cadeira que toda a gente chumba uma vez (ok, a Análise Matemática também..) e que por Bolonha agora mudou para um nome novo, giro, moderno, mas que ao fim ao cabo é a mesma merda; tudo isso desaparece no ar... e o mundo é bonito outra vez.
Faltam 8.
Pensavam que ia falar do Benfica?? Naaa, malucos...
Ganhámos ao Dínamo porra!!!
A antiga cadeira de Química das Soluções Aquosas, que tem a matéria mais chata, aquela cadeira à qual nunca fui a exame (porque era bem mais giro ir para a praia ou ficar a jogar à sueca da explanada), a professora que me odeia e me chumbou logo no 1ºano do curso numa outra cadeira e que agora ia leccionar esta, a cadeira que toda a gente chumba uma vez (ok, a Análise Matemática também..) e que por Bolonha agora mudou para um nome novo, giro, moderno, mas que ao fim ao cabo é a mesma merda; tudo isso desaparece no ar... e o mundo é bonito outra vez.
Faltam 8.
Pensavam que ia falar do Benfica?? Naaa, malucos...
Ganhámos ao Dínamo porra!!!
O maior festival de Tunas de Lisboa
Tunas a Concurso:
T.U.M. - Tuna Universitária do Minho
Azeituna - Tuna de Ciências da Universidade do Minho
T.U.P. - Tuna Universitária do Porto
E.U.C. - Estudantina Universitária de Coimbra
E.U.L. - Estudantina Universitária de Lisboa
Luz & Tuna - Tuna da Universidade Lusíada de Lisboa
Tuna del Distrito Universitário de Granada
Tunas Extra-Concurso:
T.F.I.S.T. - Tuna Feminina do Instituto Superior Técnico
T.A.E. - Tuna Académica do Liceu de Évora
Tuna Organizadora:
T.U.I.S.T. - Tuna Universitária do Instituto Superior Técnico
O espectáculo do ano! Os bilhetes estão carotes, aviso já, mas valem a pena. Ah,e a TFIST actua em principio na sexta-feira, caso queiram saber...
Vem aí o...
Pela comemoração do Dia Internacional da Mulher (sim, nós!), na Fonte Luminosa (para os lados do meu IST), com a presença de algumas das minhas tunas favoritas. Falta aqui a Magna Tuna de Aveiro, e tinha o leque completo, mas enfim não se pode ter tudo. Parte boa da cena: a minha tuna vai actuar. Ah, que saudades de estar em palco...
A não perder, entrada livre, portanto peguem no traje, sacudam as capas, tracem-nas e venham cantar connosco.
quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007
A idade não perdoa
Cheguei a uma conclusão.
Nas férias, os meus neurónios atrofiam, e passo a maior parte do tempo ou a dormir ou de ressaca. Ou as duas coisas. É, ultimamente é mais as duas coisas. Sim, porque mesmo que esteja a beber, estou de rassaca da última vez.
Portanto, quando me perguntarem, "Então Isabel, como foram as férias?", e visto que quando estou a dormir não conta, vou dizer "Epá, deram-me umas dores de cabeça valentes sabes, andei meia enjoada.." - "Ah, então, estiveste na cama, doente?" - "Não!... Estive no Bairro Alto!".
Nota pessoal: Lembrar que a minha resistência ao álcool já não é (de looonge...) o que era.
Deus, estou a ficar velha!
Siga sair na Quinta?
Nas férias, os meus neurónios atrofiam, e passo a maior parte do tempo ou a dormir ou de ressaca. Ou as duas coisas. É, ultimamente é mais as duas coisas. Sim, porque mesmo que esteja a beber, estou de rassaca da última vez.
Portanto, quando me perguntarem, "Então Isabel, como foram as férias?", e visto que quando estou a dormir não conta, vou dizer "Epá, deram-me umas dores de cabeça valentes sabes, andei meia enjoada.." - "Ah, então, estiveste na cama, doente?" - "Não!... Estive no Bairro Alto!".
Nota pessoal: Lembrar que a minha resistência ao álcool já não é (de looonge...) o que era.
Deus, estou a ficar velha!
Siga sair na Quinta?
segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007
Há coisas fantásticas não há?
Estou no início das minhas míseras de férias de Carnaval, a única pausa nas aulas desde as já muito longinquas férias do Natal. E o que é que parece estar a acontecer? Na única semaninha de férias até à Páscoa-que-parece-nem-estar-assim-tão-longe-para-quem-acabou-agorinha-de
-saír-das-férias-intersemestrais-mas-para-quem-não-vê-descanso-desde-o-Natal-está-a-
-150-anos-de-distância? O quê hã?? Constipei-me! Nice...
-saír-das-férias-intersemestrais-mas-para-quem-não-vê-descanso-desde-o-Natal-está-a-
-150-anos-de-distância? O quê hã?? Constipei-me! Nice...
A luz
Encontrei um texto, num dos meus passeios pelo mundo bloguista, que é simplesmente sublime. Quem fala (ou escreve) assim, só pode ser iluminado.
Pá, tiro-te o chapéu, no meu caso, a bóina.
Deixo-vos um excerto, dessa pérola, que me fez rir sozinha um bom bocado. É sobre os 10 finalistas dos Grandes Portugueses, programa que me está a afectar os nervos, e o facto importantíssimo que toda a gente se anda a esquecer: para ser um grande português, tem que dar feriados à malta! Que afinal de contas, é isso que interessa, não é?
"... O próximo atleta dá pelo nome de Aristides de Sousa Mendes. Consta que o grande feito deste senhor foi passar vistos a Judeus. A Lista de Schindler era para ser sobre ele, mas “Mendes’s List" soava mal e isto, ao fim e ao cabo, é tudo fonética. E feriados, Aristides? Nem vê-los. A culpa não será só dele. O mínimo que os Judeus podiam ter feito era dar-nos um dos seus feriados. Mas já se sabe como essa gente é só unhas-de-fome e não dá nada a ninguém. Fernando Pessoa é o nome que se segue. Parece que se ajeitava com as rimas e tinha um bigode e amigos imaginários, com apelidos e tudo. A estátua dele tem a pena cruzada à homenzinho, é certo, mas aquilo é posição para a deixar dormente em pouco tempo. Não é sinal de grande inteligência. Toda a gente sabe que convém ir trocando, e ele, bem vistas as coisas, acaba por ter sempre a mesma perna cruzada. Mas, mais importante que tudo isso, Pessoa, ler até distrai, amigo, mas feriados dá para ir à praia a meio da semana. Lamento, Nando."
"...E eis que se chega ao Camões. Os Lusíadas deram-nos algum feriado? Não. Embora o dez de Junho, data da morte de Camões, seja feriado. Neste sentido, é complicado não encarar o “bater as botas” como o maior feito de Camões, relegando “Os Lusíadas” para um patamar de absurda secundariedade. Camões, não é nada de pessoal, mas, caraças, em vida, dás-nos um livro. E dos grossos, de poesias. Quando morres, dás-nos um feriado. É suposto valorizarmos o quê, Luís Vaz? Até tu compreendes, vá. Aproximemo-nos do Marquês de Pombal. É perto da estátua dele que se festejam as vitórias, portanto, deve ter sido uma figura importante na História do futebol português. Mas não gerou feriados. E acho que usava capachinho..."
Texto integral aqui
Pá, tiro-te o chapéu, no meu caso, a bóina.
Deixo-vos um excerto, dessa pérola, que me fez rir sozinha um bom bocado. É sobre os 10 finalistas dos Grandes Portugueses, programa que me está a afectar os nervos, e o facto importantíssimo que toda a gente se anda a esquecer: para ser um grande português, tem que dar feriados à malta! Que afinal de contas, é isso que interessa, não é?
"... O próximo atleta dá pelo nome de Aristides de Sousa Mendes. Consta que o grande feito deste senhor foi passar vistos a Judeus. A Lista de Schindler era para ser sobre ele, mas “Mendes’s List" soava mal e isto, ao fim e ao cabo, é tudo fonética. E feriados, Aristides? Nem vê-los. A culpa não será só dele. O mínimo que os Judeus podiam ter feito era dar-nos um dos seus feriados. Mas já se sabe como essa gente é só unhas-de-fome e não dá nada a ninguém. Fernando Pessoa é o nome que se segue. Parece que se ajeitava com as rimas e tinha um bigode e amigos imaginários, com apelidos e tudo. A estátua dele tem a pena cruzada à homenzinho, é certo, mas aquilo é posição para a deixar dormente em pouco tempo. Não é sinal de grande inteligência. Toda a gente sabe que convém ir trocando, e ele, bem vistas as coisas, acaba por ter sempre a mesma perna cruzada. Mas, mais importante que tudo isso, Pessoa, ler até distrai, amigo, mas feriados dá para ir à praia a meio da semana. Lamento, Nando."
"...E eis que se chega ao Camões. Os Lusíadas deram-nos algum feriado? Não. Embora o dez de Junho, data da morte de Camões, seja feriado. Neste sentido, é complicado não encarar o “bater as botas” como o maior feito de Camões, relegando “Os Lusíadas” para um patamar de absurda secundariedade. Camões, não é nada de pessoal, mas, caraças, em vida, dás-nos um livro. E dos grossos, de poesias. Quando morres, dás-nos um feriado. É suposto valorizarmos o quê, Luís Vaz? Até tu compreendes, vá. Aproximemo-nos do Marquês de Pombal. É perto da estátua dele que se festejam as vitórias, portanto, deve ter sido uma figura importante na História do futebol português. Mas não gerou feriados. E acho que usava capachinho..."
Texto integral aqui
domingo, 18 de fevereiro de 2007
Numa de...
Damien Rice - The Professor
Well I don't know if I'm wrong
'Cause she's only just gone
Here's to another relationship
Bombed by my excellent breed of gamete disease
I'm sure when I'm older I'll know what that means
Cried when she should and she laughed when she could
Here's to the man with his face in the mud
And an overcast play just taken away
From the lover's in love at the centre of stage, yeah
Loving is fine if you have plenty of time
For walking on stilts at the edge of your mind
Loving is good if your dick's made of wood
But the dick left inside only half understood her
What makes her come?
What makes her stay?
What make the animal run, run away yeah
What makes him stall, what makes him stand
And what shakes the elephant now
And what makes a man?
I don't know, I don't know, I don't know
No I don't know you any more
No, no, no, no...
I don't know if I'm wrong
'Cause shes only just gone
Why the fuck is this day taking so long
I was a lover of time when once she was mine
I was a lover indeed, I was covered in weed
Cried when she should and she laughed when she could
Well closer to god is the one who's in love
And I walk away cause I can
Too many options may kill a man
Loving is fine if it's not in your mind
But I've fucked it up now, too many times
Loving is good if it's not understood
Yeah, but I'm the professor
And feel that I should know
What makes her come and what makes her stay?
What make the animal run, run away and
What makes him tick apart from his prick
And the lonelier side of the jealousy stick
I don't know, I don't know, I don't know
No I don't know, I don't know, I don't know
No I don't know, I don't know, I don't know
Hell I don't know you any more
No, no, no no...
Well I don't know if I'm wrong
'Cause she's only just gone
Here's to another relationship
Bombed by my excellent breed of gamete disease
I finished it off with some French wine and cheese
La fille danse
Quand elle joue avec moi
Et je pense que je l'aime des fois
Le silence, n'ose pas dis-donc
Quand on est ensemble
Mettre les mots
Sur la petite dodo
Well I don't know if I'm wrong
'Cause she's only just gone
Here's to another relationship
Bombed by my excellent breed of gamete disease
I'm sure when I'm older I'll know what that means
Cried when she should and she laughed when she could
Here's to the man with his face in the mud
And an overcast play just taken away
From the lover's in love at the centre of stage, yeah
Loving is fine if you have plenty of time
For walking on stilts at the edge of your mind
Loving is good if your dick's made of wood
But the dick left inside only half understood her
What makes her come?
What makes her stay?
What make the animal run, run away yeah
What makes him stall, what makes him stand
And what shakes the elephant now
And what makes a man?
I don't know, I don't know, I don't know
No I don't know you any more
No, no, no, no...
I don't know if I'm wrong
'Cause shes only just gone
Why the fuck is this day taking so long
I was a lover of time when once she was mine
I was a lover indeed, I was covered in weed
Cried when she should and she laughed when she could
Well closer to god is the one who's in love
And I walk away cause I can
Too many options may kill a man
Loving is fine if it's not in your mind
But I've fucked it up now, too many times
Loving is good if it's not understood
Yeah, but I'm the professor
And feel that I should know
What makes her come and what makes her stay?
What make the animal run, run away and
What makes him tick apart from his prick
And the lonelier side of the jealousy stick
I don't know, I don't know, I don't know
No I don't know, I don't know, I don't know
No I don't know, I don't know, I don't know
Hell I don't know you any more
No, no, no no...
Well I don't know if I'm wrong
'Cause she's only just gone
Here's to another relationship
Bombed by my excellent breed of gamete disease
I finished it off with some French wine and cheese
La fille danse
Quand elle joue avec moi
Et je pense que je l'aime des fois
Le silence, n'ose pas dis-donc
Quand on est ensemble
Mettre les mots
Sur la petite dodo
sábado, 17 de fevereiro de 2007
Ressaca
Jantar com os amigos do costume, café ao Casino, rever mais uns quantos, deixar o carro estacionado, táxi até ao bairro alto, karaoke até às 4h da manhã, algum álcool, levantar da cadeira, ver tudo à roda e achar giríssimo, muito riso e disparate, outro táxi, pedir 10 vezes desculpa ao taxista, acabar a arroxar no sofá da Loura, acordar de manhã com uma bruta dor de cabeça que nem conduzir consigo, chegar a casa e estar em mudanças. Horas de sono (decentes): o conceito não me é familiar...
Ir para os copos é giro, o dia seguinte, huuummmm, nem tanto.
"Se o teu medo é perderes-me, não te preocupes, isso não vai acontecer... Precisas de mim, sim, eu estou aqui, diz-me o que é que precisas... E vou sempre puxar por ti..."
Um abraço e meia dúzia de frases. Não imaginas o poder que tens assim. Obrigada.
Ir para os copos é giro, o dia seguinte, huuummmm, nem tanto.
"Se o teu medo é perderes-me, não te preocupes, isso não vai acontecer... Precisas de mim, sim, eu estou aqui, diz-me o que é que precisas... E vou sempre puxar por ti..."
Um abraço e meia dúzia de frases. Não imaginas o poder que tens assim. Obrigada.
What do you wanna do?
You wanna get boned
You wanna get stoned
You wanna get a room like no one else
You wanna be rich
You wanna be kitsch
You wanna be the bastard of yourself
You wanna get burned
You wanna get turned
You wanna get fucked inside out
You wanna be ruled
You wanna be fooled
You wanna be a woman like a man like a woman like a man
Damien Rice - Woman like a man
You wanna get stoned
You wanna get a room like no one else
You wanna be rich
You wanna be kitsch
You wanna be the bastard of yourself
You wanna get burned
You wanna get turned
You wanna get fucked inside out
You wanna be ruled
You wanna be fooled
You wanna be a woman like a man like a woman like a man
Damien Rice - Woman like a man
quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007
Há dias bons.
Acordar ao meio dia.
Beber café com a mana à Faculdade de Direito.
Ir ao Técnico.
Sentar no café do centro comercial onde passei grande parte da minha adolescência, a beber mais um café e ter todo o tempo para ler 200 páginas de enfiada do livro que tanto me pesa na mala.
Buscar a mana à faculdade.
Receber um telefonema de um amigo a perguntar o que é que eu ia fazer a seguir.
Dar boleia ao amigo.
Levar a mana a casa do namorado.
Ir dar um beijinho ao amigo que está doente.
Adormecer ao colo, como uma criança, com direito a festinhas na cabeça.
Ver 6 minutos do Dr.House porque entretanto adormeci.
Jogar matraquilhos, para lixar ainda mais os meus pulsos, com a melhor amiga.
Jantar na Pizza Hut, para ser diferente, com as duas pessoas do costume.
Buscar a mana a casa do namorado.
Ir à FMH ver a noite das tunas... Relembrar o meu primeiro dia de faculdade, ainda com 17 aninhos, a passar aqueles portões, para encontrar pessoas que não conhecia, num curso de 6ª opção que nem sabia se gostava, relembrar a semana de praxes, os gritos académicos, a risota, os almoços na cantina, a compra dos primeiros livros, as aulas de anatomofisiologia de manhã cedo, ir a dormir no autocarro...
Fui reencontrar o (único) padrinho de faculdade, que já não via há 3 anos, ver que ainda se lembra de mim, ter o prazer de o ver como bandeira juntamente com o Grupo de Serenatas da FMH (vai padrinho!) e sentir o mesmo que senti quando tocaram os primeiros acordes do Feitiço, na recepção ao caloiro, no mesmo anfiteatro.
Ver boas tunas a actuarem, encontrar um velho amigo com a sua Magna Tuna ApocalISCSPiana, e, surpresa, ouvir o tema Lisboa da TUIST, padrinhos de tuna, esses sim da faculdade do meu coração.
Mas por muito que vista a camisola do IST, por muito que me sinta bem lá, com o curso, com os amigos, todos os atrofios, todas as lágrimas, tudo, a FMH vai sempre ser a primeira, que me fez crescer e pensar "Estou na faculdade, porra!".
Foi bom rever-te.
"E prá FMH não vai nada nada nada?? Tudo!!"
Beber café com a mana à Faculdade de Direito.
Ir ao Técnico.
Sentar no café do centro comercial onde passei grande parte da minha adolescência, a beber mais um café e ter todo o tempo para ler 200 páginas de enfiada do livro que tanto me pesa na mala.
Buscar a mana à faculdade.
Receber um telefonema de um amigo a perguntar o que é que eu ia fazer a seguir.
Dar boleia ao amigo.
Levar a mana a casa do namorado.
Ir dar um beijinho ao amigo que está doente.
Adormecer ao colo, como uma criança, com direito a festinhas na cabeça.
Ver 6 minutos do Dr.House porque entretanto adormeci.
Jogar matraquilhos, para lixar ainda mais os meus pulsos, com a melhor amiga.
Jantar na Pizza Hut, para ser diferente, com as duas pessoas do costume.
Buscar a mana a casa do namorado.
Ir à FMH ver a noite das tunas... Relembrar o meu primeiro dia de faculdade, ainda com 17 aninhos, a passar aqueles portões, para encontrar pessoas que não conhecia, num curso de 6ª opção que nem sabia se gostava, relembrar a semana de praxes, os gritos académicos, a risota, os almoços na cantina, a compra dos primeiros livros, as aulas de anatomofisiologia de manhã cedo, ir a dormir no autocarro...
Fui reencontrar o (único) padrinho de faculdade, que já não via há 3 anos, ver que ainda se lembra de mim, ter o prazer de o ver como bandeira juntamente com o Grupo de Serenatas da FMH (vai padrinho!) e sentir o mesmo que senti quando tocaram os primeiros acordes do Feitiço, na recepção ao caloiro, no mesmo anfiteatro.
Ver boas tunas a actuarem, encontrar um velho amigo com a sua Magna Tuna ApocalISCSPiana, e, surpresa, ouvir o tema Lisboa da TUIST, padrinhos de tuna, esses sim da faculdade do meu coração.
Mas por muito que vista a camisola do IST, por muito que me sinta bem lá, com o curso, com os amigos, todos os atrofios, todas as lágrimas, tudo, a FMH vai sempre ser a primeira, que me fez crescer e pensar "Estou na faculdade, porra!".
Foi bom rever-te.
"E prá FMH não vai nada nada nada?? Tudo!!"
terça-feira, 13 de fevereiro de 2007
Filmes
Músicas
Você é “Tudo O Que Eu Te Dou” de Pedro Abrunhosa: para si uma relação só se faz com uma grande dose de reciprocidade e entrega. Quando embarca numa vida a dois sente-se motivado e preparado para sobreviver à vidinha do quotidiano.
Tudo o que eu te dou
tu me dás a mim
tudo o que eu sonhei
tu serás assim
tudo o que eu te dou
tu me dás a mim
e tudo o que eu te dou
E tu?
Tudo o que eu te dou
tu me dás a mim
tudo o que eu sonhei
tu serás assim
tudo o que eu te dou
tu me dás a mim
e tudo o que eu te dou
E tu?
Coração quentinho
Fui ao médico à bocado. Marcou-me uns exames. Por muito triste que ande ultimamente, se fosse lá fazer o Ecocardiograma hoje, agora mesmo, o relatório não me ia dizer que estou deprimida, ia dizer "O coração apresenta uma anomalia estranha... Está maior... mais quentinho...".
Ao Rui.
Ao Rui.
segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007
Estado de espírito
Did I disappoint you or let you down?
Should I be feeling guilty or let the judges frown?
'Cause I saw the end before we'd begun,
Yes I saw you were blinded and I knew I had won.
So I took what's mine by eternal right.
Took your soul out into the night.
It may be over but it won't stop there,
I am here for you if you'd only care.
You touched my heart you touched my soul.
You changed my life and all my goals.
And love is blind and that I knew when,
My heart was blinded by you.
I've kissed your lips and held your head.
Shared your dreams and shared your bed.
I know you well, I know your smell.
I've been addicted to you.
Goodbye my lover.
Goodbye my friend.
You have been the one.
You have been the one for me.
I am a dreamer but when I wake,
You can't break my spirit - it's my dreams you take.
And as you move on, remember me,
Remember us and all we used to be
I've seen you cry, I've seen you smile.
I've watched you sleeping for a while.
I'd be the father of your child.
I'd spend a lifetime with you.
I know your fears and you know mine.
We've had our doubts but now we're fine,
And I love you, I swear that's true.
I cannot live without you.
Goodbye my lover.
Goodbye my friend.
You have been the one.
You have been the one for me.
And I still hold your hand in mine.
In mine when I'm asleep.
And I will bear my soul in time,
When I'm kneeling at your feet.
Goodbye my lover.
Goodbye my friend.
You have been the one.
You have been the one for me.
I'm so hollow, baby, I'm so hollow.
I'm so, I'm so, I'm so hollow
James Blunt - Goodbye my lover
sábado, 10 de fevereiro de 2007
Dia de reflexão - A intenção de voto oficial do Caramelo e Chocolate
Amanhã é dia de referendo sobre a despenalização da Interrupção Voluntária da Gravidez até às 10 semanas. É importante votar, qualquer que seja a intenção de voto, sob pena de tornar a consulta popular obsoleta.
Discute-se o código penal, se o aborto deve continuar ou não a ser um crime (fora as excepções já previstas na lei) se feito até às 10 semanas por escolha da mulher e em estabelecimento autorizado de saúde.
Qualquer argumento de que o que está em causa é o direito à vida é falso. Não se discute se se devem fazer abortos, discute-se sim se se podem fazer. Ninguém é a favor do aborto e contra a vida. Pelo menos ninguém que acredite num Estado de Direito. Qualquer comparação entre a despenalização do aborto e ideologias crimonosas contra a vida é absurda e demonstra pouca seriedade intelectual.
Como Mulheres que somos, moldadas por uma educação em que a liberdade e a responsabilidade tinham importância redobrada, ensinadas a pensar por nós próprias, decidir os nossos próprios caminhos e aceitar de cabeça erguida as consequências das nossas escolhas, não aceitamos que haja uma lei que obrigue que uma gravidez indesejada tenha de ir para a frente. As leis estão ao serviço da sociedade e não têm como função (principalmente as leis penais) regular a moral.
Argumento verdadeiramente dificil de ultrapassar é sem dúvida o da existência de vida humana, ou mesmo para os mais cepticos, o da vida humana em potência. A questão de haver ou não vida às 10 semanas não é consensual, há dúvidas. Mas como o que se decide é a aplicação de uma lei penal, "in dubia pro Libertatae" como se ensina na faculdade - na dúvida não se condene.
Votar Não à despenalização da IVG tem como consequência manter a situação em que vivemos. Há aborto, como sempre houve, clandestino e periogoso. Morrem imensas mulheres, são clinicas fantasma, são vãos de escada.
As outras alternativas que o Não refere tão convictamente, como as consultas de planeamento familiar e a ajuda psicológica não se invalidam com a despenalização do aborto antes pelo contrário, e é necessário ter a consciência disso. Ajudar as mulheres até ao fim, oferecer-lhes alternativas fiáveis que as demovam da eventual interrupção da gravidez, não são alternativas. Não são criações de pessoas apologistas da vida, em contraposição aos defensores da morte, como já ouvi dizer. São DEVERES civicos e humanos, comuns a todos nós.
Abortar não é solução, é último recurso.
A falácia do Voto NÃO é em relação ás mulheres que não quiserem ser demovidas, porque NÃO QUEREM simplesmente SER MÃES aqui e AGORA, pelas mais variadas razões, que a nós não nos compete apreciar. Essas vão ser condenadas, julgadas e presas. Que mundo maravilhoso este em que vivemos, em que se enchem as prisões de mulheres que fizeram escolhas erradas à luz dos parâmetros valorativos dos defensores do NÃo, gente esclarecida, governo dos sábios. Mulheres que quiseram escolher, responsabilizar-se pelas suas opções, mas como seguiram o caminho errado, prisão com elas. Esta lei não serve para proteger a mulher de pressões exteriores, como tentam vender alguns caciques. Os mesmos que argumentam não existirem mulheres presas por aborto, porque os juizes são sensiveis à questão. Se a lei existe é para cumprir, caso contrário despenalize-se. Se há sensibilidade para desaplicar, também há para despenalizar. Muitos defendem a penalização como forma de expiação da culpa, tirava-se a prisão da equação, mas aplicava-se uma coima, ou cumpria-se trabalho comunitário. A Mulher continua aqui a ser apresentada como criminosa, como desordeira, à margem da lei.
Achamos piada, os defendores do Não dizerem que a alternativa apresentada é um aborto livre, que uma lei que despenalize o aborto até às 10 semanas levará muitas mais mulheres a recorrer a essa pártica. Ora pois claro. Então se se pode porque é que não se vai aproveitar? Até há a vantagem de não se morrer durante o processo porque há lá medicos e tudo que percebem daquilo. Será "the new place to go". Quem achar que estamos a entrar no inconveniente é porque não leu jornais nem viu televisão nas últimas semanas. Se a estupidez é argumento no discurso, aqui está a nossa.
Sejamos todos honestos.
O Não ao afirmar-se "orgulhosamente só" na luta pela protecção das crianças o que quer verdadeiramente é ver as mulheres na prisão a pagar pelos erros que na cabeça deles são muito graves.
A Verdade é que quem não quer, não aborta. Não há mais simples que isto. A lei não obriga ninguém a abortar, ao contrário da actual, que proibe tal opção. Devemos fazer tudo o que pudemos para ajudar as mulheres que em dificuldades se viram para a opção mais dificil, ao contrário do que o Não quer fazer parecer. Um aborto não é ir ao cabeleireiro, não é arranjar as unhas (comparação que já ouvi a um Assistente da Faculdade de Direito). Um aborto é uma decisão para a vida. A mulher está disposta a morrer por isso. É o SEU filho que ela está a dispôr. Não há ânimos leves aqui, não há leviandade. E só fala assim quem não conhece o drama. Há desespero, ponderação, responsabilidade e aceitação das marcas que tal acto vai deixar. Disse um Padre numa conferência na Faculdade de Direito que era a favor do sim, "não por querer que as mulheres abortem, mas para que elas saibam que têm outra opção para além da clandestinidade", que "a mulher fica em melhores condições de saúde e defender a vida também é isso" e que "em nome dos principios é de condenar, mas em nome da misericórdia e da compreensão não" usando como exemplo o da mulher adúltera que Jesus ajudou. Querem ajudar as mulheres? Poupem-nas do acréscimo de sofrimento pós aborto que é sentarem-se no banco dos réus, com a sua intimidade a praça pública, com o seu juizo questionado, com a sua reflexão desacreditada, com a sua liberdade cortada. Nós votamos SIM, somos contra o aborto pela sua natureza, mas somos apologistas da LIBERDADE. A Mulher DEVE PODER ESCOLHER e nós temos o DEVER de aceitar.
Amanhã, mesmo que chova, mesmo que esteja a dar o Prison Break ou a Anatomia de Grey na televisão, vão votar. Sim ou não ou no limite branco. Pessoalmente achamos que é uma área demasiado sensivel para haver zonas cinzentas, mas antes a indecisão à abstenção.
sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007
Tenho..
tenho vergonha de chorar em público
tenho ainda mais de chorar ao pé de quem me julga forte
tenho dificuldade em adormecer
tenho tendência a apanhar operações STOP à vinda para casa
tenho um cão de peluche cor-de-rosa em cima de minha cama desde que fiz um ano de idade
tenho a necessidade de que gostem de mim
tenho falta de mimos
tenho algo cá dentro que não consigo expressar por palavras
tenho a mania que tenho opiniões sobre tudo
tenho preguiça de estudar
tenho um feitio de merda
tenho o defeito de ser pessimista
tenho a mania que as pessoas me aturam e até gostam de mim
tenho a necessidade de me sentir integrada
tenho uma melhor amiga que me entende
tenho um amigo que não entende certas atitudes minhas
tenho outro que está habituado a ver-me chorar
tenho uma nova familia na faculdade
tenho um 7 a análise II
tenho fome porque ainda não almocei
tenho o gosto das saídas à noite
tenho que deixar de beber
tenho que deixar de fazer insinuações demasiado directas quando vou sair à noite
tenho saudades do tempo que já passou
tenho lembranças más passadas e lembranças boas recentes
tenho esperança
tenho uma dor de cabeça do caraças
tenho saudades de uma boa noite de copos
tenho saudades de ti
tenho que pôr em prática o que decidi na passagem de ano
tenho que esquecer
tenho que escrever a fita de final de curso de uma amiga
tenho a cabeça numa confusão brutal
tenho...
e no fim, quando me perguntam, digo sempre que não tenho nada.
tenho ainda mais de chorar ao pé de quem me julga forte
tenho dificuldade em adormecer
tenho tendência a apanhar operações STOP à vinda para casa
tenho um cão de peluche cor-de-rosa em cima de minha cama desde que fiz um ano de idade
tenho a necessidade de que gostem de mim
tenho falta de mimos
tenho algo cá dentro que não consigo expressar por palavras
tenho a mania que tenho opiniões sobre tudo
tenho preguiça de estudar
tenho um feitio de merda
tenho o defeito de ser pessimista
tenho a mania que as pessoas me aturam e até gostam de mim
tenho a necessidade de me sentir integrada
tenho uma melhor amiga que me entende
tenho um amigo que não entende certas atitudes minhas
tenho outro que está habituado a ver-me chorar
tenho uma nova familia na faculdade
tenho um 7 a análise II
tenho fome porque ainda não almocei
tenho o gosto das saídas à noite
tenho que deixar de beber
tenho que deixar de fazer insinuações demasiado directas quando vou sair à noite
tenho saudades do tempo que já passou
tenho lembranças más passadas e lembranças boas recentes
tenho esperança
tenho uma dor de cabeça do caraças
tenho saudades de uma boa noite de copos
tenho saudades de ti
tenho que pôr em prática o que decidi na passagem de ano
tenho que esquecer
tenho que escrever a fita de final de curso de uma amiga
tenho a cabeça numa confusão brutal
tenho...
e no fim, quando me perguntam, digo sempre que não tenho nada.
quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007
Frágil
Há dias em que nos sentimos dormentes.
Como se a mente estivesse num estado de latência extremo, e o corpo também não acompanhasse o ritmo diário da vida. As horas passam, todas iguais, a tv balbucia umas quantas frases incompreensíveis, porque hoje o corpo e a mente estão de folga do mundo. E nesses dias a mente, talvez por estar adomecida, consegue ser mais clara que nos outros dias. Experimentar fazer exames nestes dias, pode ser que dê resultado.. Adiante!
Hoje é um desses dias. Passei o dia na cama, muito em parte por estar de gripe, mas também porque não me apetece mexer. Apetece-me ficar queita, não falar com ninguém, estar só, comigo.
Tenho muitos amigos e amigas, gosto muito da companhia, dos atrofios, das longas conversas, e daquelas que não se têm, mas gosto ainda mais de estar sozinha. Meditar. Reflectir. Pensar na vida, como se costuma dizer. E agora que entrei de férias (sim, as tão merecidas férias, para quem trabalhou que nem um cão durante o semestre...) acho que é boa ideia pôr os pontos nos i's. Só que acho que cheguei à conclusão de que tenho demasiados i's. I's que não gosto de ter, i's que pensava que já não existiam em mim, i's que apareceram de repente e aos quais ainda me estou a habituar. Saudade por exemplo.
Não sou uma pessoa saudosista, a vida ensinou-me a guardar com carinho, mas sem me prender em memórias. No entanto aqui, agora, na minha cama, só com a chuva a cair irritantemente às pinguinhas lá fora, vejo-me imersa em saudades. Mas não sei bem de quê. Os amigos diriam que é falta de mimos. Talvez seja.
Falta de um olhar, só para mim, uma gargalhada, um toque discreto, um piscar de olho, e não ter que partilhar isso com ninguém. Partilha. Não é uma coisa má, eu pessoalmente partilho tudo. Partilho a vida com pessoas que considero especiais. E é bom, sentimos o coração quentinho por cada pessoa a quem damos um bocadinho de nós. Um abraço, um raspanete, um sorriso, uma lágrima (ou muitas), uma tarde no sofá ou uma manhã na praia. Mas de vez em quando, também é bom termos algo só nosso.
Preciso de mimos e não os tenho. Ou não os tenho na quantidade certa. E agora penso, é egoismo ou vulnerabilidade? Poderá uma pessoa sentir-se frágil sem ser egoista? Pedir atenção é sinónimo de egocêntrismo? Quererei eu ser o centro da atenção do mundo? Podemos estar sozinhos no meio da multidão?
Preciso de chorar sem querer parar, daquela festa na cabeça, sem olhares que me julguem. Preciso de um sorriso que goste de mim e me diga que vai tudo correr bem.
És pessoa. Não, és memória, sensação ou pura dor, algo abstracto, mas que de uma maneira ou de outra me faz bem. És amor, és paixão, és desejo, és aquele sentimento que nos faz levantar de manhã. És as borboletas na barriga. Acho eu que és, pois não te conheço agora, és uma coisa estranha, no entanto há em ti uma sensação familiar. Mudaste, e eu mudei também. Para melhor. Sou mais forte agora. Mais mulher. Mais eu. E ainda me estou a habituar a esta minha mudança.
Preciso de ti sim, mas não te posso querer. Porque odeio borboletas. Limita-te a existir.
Sinto-me frágil.
Como se a mente estivesse num estado de latência extremo, e o corpo também não acompanhasse o ritmo diário da vida. As horas passam, todas iguais, a tv balbucia umas quantas frases incompreensíveis, porque hoje o corpo e a mente estão de folga do mundo. E nesses dias a mente, talvez por estar adomecida, consegue ser mais clara que nos outros dias. Experimentar fazer exames nestes dias, pode ser que dê resultado.. Adiante!
Hoje é um desses dias. Passei o dia na cama, muito em parte por estar de gripe, mas também porque não me apetece mexer. Apetece-me ficar queita, não falar com ninguém, estar só, comigo.
Tenho muitos amigos e amigas, gosto muito da companhia, dos atrofios, das longas conversas, e daquelas que não se têm, mas gosto ainda mais de estar sozinha. Meditar. Reflectir. Pensar na vida, como se costuma dizer. E agora que entrei de férias (sim, as tão merecidas férias, para quem trabalhou que nem um cão durante o semestre...) acho que é boa ideia pôr os pontos nos i's. Só que acho que cheguei à conclusão de que tenho demasiados i's. I's que não gosto de ter, i's que pensava que já não existiam em mim, i's que apareceram de repente e aos quais ainda me estou a habituar. Saudade por exemplo.
Não sou uma pessoa saudosista, a vida ensinou-me a guardar com carinho, mas sem me prender em memórias. No entanto aqui, agora, na minha cama, só com a chuva a cair irritantemente às pinguinhas lá fora, vejo-me imersa em saudades. Mas não sei bem de quê. Os amigos diriam que é falta de mimos. Talvez seja.
Falta de um olhar, só para mim, uma gargalhada, um toque discreto, um piscar de olho, e não ter que partilhar isso com ninguém. Partilha. Não é uma coisa má, eu pessoalmente partilho tudo. Partilho a vida com pessoas que considero especiais. E é bom, sentimos o coração quentinho por cada pessoa a quem damos um bocadinho de nós. Um abraço, um raspanete, um sorriso, uma lágrima (ou muitas), uma tarde no sofá ou uma manhã na praia. Mas de vez em quando, também é bom termos algo só nosso.
Preciso de mimos e não os tenho. Ou não os tenho na quantidade certa. E agora penso, é egoismo ou vulnerabilidade? Poderá uma pessoa sentir-se frágil sem ser egoista? Pedir atenção é sinónimo de egocêntrismo? Quererei eu ser o centro da atenção do mundo? Podemos estar sozinhos no meio da multidão?
Preciso de chorar sem querer parar, daquela festa na cabeça, sem olhares que me julguem. Preciso de um sorriso que goste de mim e me diga que vai tudo correr bem.
És pessoa. Não, és memória, sensação ou pura dor, algo abstracto, mas que de uma maneira ou de outra me faz bem. És amor, és paixão, és desejo, és aquele sentimento que nos faz levantar de manhã. És as borboletas na barriga. Acho eu que és, pois não te conheço agora, és uma coisa estranha, no entanto há em ti uma sensação familiar. Mudaste, e eu mudei também. Para melhor. Sou mais forte agora. Mais mulher. Mais eu. E ainda me estou a habituar a esta minha mudança.
Preciso de ti sim, mas não te posso querer. Porque odeio borboletas. Limita-te a existir.
Sinto-me frágil.
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