Já está marcado o Super Arraial do Instituto Superior Técnico, uma das maiores festas da semana académica Lisboeta, que contou em Outubro passado com cerca de 22,000 pessoas, bombando na Alameda do IST, ao som de, por exemplo, Expensive Soul, Body Rockers ("I like the waay you mooooove!!"), Blasted Mechanism, entre muitos outros, contando, lógico, com a presença de muita cerveja, que é o que a malta gosta. A diferença para o Arraial deste ano, para minha tristeza e indignação, não só no cartaz, mas na localização. E por isso escrevo este post.
É que, meus amigos e colegas engenheiros, este ano mudaram o nosso Arraial da Alameda para outro sítio! Pois é, este ano vai ser realizado na Doca de Santos (ao pé do Rio Tejo).
Ora vamos lá a ver, se o raio da festa se chama Super Arraial do Instituto Superior Técnico, por que carga de água é que a vão passar para outro sítio que não o próprio Instituto?
O motivo já é velho, e para quem anda pelo IST (nem que seja para passear os livros) já deve ter reparado que havia ultimamente muita polémica à volta da realização do Arraial. Queixas que vinham de professores, alunos (devem ser daqueles crominhos que ficam em casa a marrar e nunca devem ter ido a um) e funcionários devido ao péssimo estado em que ficava a Alameda depois da festa. Lixo, cerveja entornada por todos os cantos, beatas, vomitado, urina dentro de alguns pavilhões deixada por alguns indivíduos demasiado alcoolizados para se dirigirem à casa-de-banho, e o próprio estado das casas-de-banho descartáveis que a organização se dispunha a colocar no recinto, eram argumentos de peso para se oporem à realização da festa na Alameda.
Li recentemente a opinião de um ex-aluno do IST, actualmente professor (ou monitor ou assistente, não sei bem), que condenava firmemente o Arraial, pelos motivos acima ditos, mas mais!, dizia que era uma vergonha para próprio Instituto, tão conceituado lá fora e cá dentro como um dos melhores, blá blá blá, que prima pela excelência e pela sua brilhante investigação, era uma vergonha ter festas destas no seu recinto, onde não se fazia mais nada senão beber até cair e fazer barulho, que até os vizinhos ali da zona se queixavam.
Ora meu caro senhor professor, festas universitárias fazem parte desta nossa jornada na faculdade. Todos devemos fazer parte deste espírito académico, porque nos ajuda a ultrapassar todos os problemas que a faculdade nos põe.
Então no Técnico, que é conhecido pelo pouco companheirismo, pelo grau exigentíssimo de dificuldade, por sermos todos uns crominhos que marram marram marram e que nunca se divertem, porque ninguém fala nem ajuda ninguém, porque é tudo horrível. Ora nós que lá estamos sabemos que na maioria dos casos isto não se passa assim, eu tenho grandes amigos e estou a adorar lá estar, visto totalmente a "camisola" e com certeza o senhor também, senão não ensinava lá, tinha mas é fugido a sete pés, mas lá fora como o próprio professor disse é assim que somos "pintados", como uma cambada de cromos.
O Arraial serve exactamente para dar uma outra prespectiva, a de que o espírito académico vive também no IST, que não somos só de estudar mas também nos sabemos divertir e mais!, atrai muitos jovens em idade de escolher a universidade e pode jogar muito a nosso favor, assim como uma "recruta de engenheiros", porque quer queiremos quer não, os jovens não gostam muito de estudar e preferem ir para um sitio onde sabem que há algo mais, animação, rambóia, copos, amigos, noitadas, festas, tunas, para aliviar a pressão que um curso superior exige. Definição de Espírito académico, ao fim ao cabo.
Quanto aos problemas de higiene e sonoridade, epá, acho que também não faz assim taaaaanto mal às pessoas terem um bocadinho de barulho a mais meia dúzia de dias por ano! Há quem more em Santos e no Bairro Alto e lá é todos os dias! E quando é a altura dos Santos Populares? Também há barulho até altas horas! E queixam-se? Não, adoram ver o bailarico da janela! Não temos culpa de que não gostem da música que tocamos no Arraial, e daí, quem sabe se até não gostam...
E acho que há outras alternativas à limpeza sem ser mudar o Arraial de sítio. Contratar equipas de limpeza da Câmara, por exemplo (o caché que a Associação de Estudantes tem não é pequeno, se têm dinheiro para pagar às bandas para lá irem actuar também têm para pagar a alguém que lhes garanta um recinto limpo!), fechar os pavilhões para impedir "certos fluídos" nos corredores de maneira a que as aulas nos dias seguintes decorram com normalidade, aumentar a segurança, impedir a venda de álcool a pessoas que já se encontrem "bem atestadas" (e não me venham dizer que não se pode fazer isso porque é expressamente proibido a venda de bebidas alcoólicas a quem já se encontre embriagado, basta ir a qualquer estabelecimento e lá está a bela da placa!), expulsar quem cause distúrbios, dar às equipas de limpeza umas mangueiras daquelas com jacto para de tempos em tempos darem uma limpeza aos sítios (e a algumas pessoas que talvez precisassem...), sei lá! O que é preciso é imaginação e atitude, é o que se espera de uma Associação de Estudantes! Agora mudar de sítio uma festa que é nossa por tradição... Não, não consigo concordar.
Gosto de estar numa faculdade de excelência a tirar o meu curso de Engenharia Biológica e sentir que também tenho momentos para me distrair e estar com os meus amigos, vivendo a tradição o melhor que posso e sei, quer na Tuna quer participando sempre e com gosto dos Arraiais; e sei que os meus colegas, engenheiros ou não, concordam comigo.
Porque o espírito académico deve ser vivido sempre, até ao fim, porque mais tarde é demasiado tarde para o viver.
Mesmo assim podem ver informações sobre o Arraial aqui
É que, meus amigos e colegas engenheiros, este ano mudaram o nosso Arraial da Alameda para outro sítio! Pois é, este ano vai ser realizado na Doca de Santos (ao pé do Rio Tejo).
Ora vamos lá a ver, se o raio da festa se chama Super Arraial do Instituto Superior Técnico, por que carga de água é que a vão passar para outro sítio que não o próprio Instituto?
O motivo já é velho, e para quem anda pelo IST (nem que seja para passear os livros) já deve ter reparado que havia ultimamente muita polémica à volta da realização do Arraial. Queixas que vinham de professores, alunos (devem ser daqueles crominhos que ficam em casa a marrar e nunca devem ter ido a um) e funcionários devido ao péssimo estado em que ficava a Alameda depois da festa. Lixo, cerveja entornada por todos os cantos, beatas, vomitado, urina dentro de alguns pavilhões deixada por alguns indivíduos demasiado alcoolizados para se dirigirem à casa-de-banho, e o próprio estado das casas-de-banho descartáveis que a organização se dispunha a colocar no recinto, eram argumentos de peso para se oporem à realização da festa na Alameda.
Li recentemente a opinião de um ex-aluno do IST, actualmente professor (ou monitor ou assistente, não sei bem), que condenava firmemente o Arraial, pelos motivos acima ditos, mas mais!, dizia que era uma vergonha para próprio Instituto, tão conceituado lá fora e cá dentro como um dos melhores, blá blá blá, que prima pela excelência e pela sua brilhante investigação, era uma vergonha ter festas destas no seu recinto, onde não se fazia mais nada senão beber até cair e fazer barulho, que até os vizinhos ali da zona se queixavam.
Ora meu caro senhor professor, festas universitárias fazem parte desta nossa jornada na faculdade. Todos devemos fazer parte deste espírito académico, porque nos ajuda a ultrapassar todos os problemas que a faculdade nos põe.
Então no Técnico, que é conhecido pelo pouco companheirismo, pelo grau exigentíssimo de dificuldade, por sermos todos uns crominhos que marram marram marram e que nunca se divertem, porque ninguém fala nem ajuda ninguém, porque é tudo horrível. Ora nós que lá estamos sabemos que na maioria dos casos isto não se passa assim, eu tenho grandes amigos e estou a adorar lá estar, visto totalmente a "camisola" e com certeza o senhor também, senão não ensinava lá, tinha mas é fugido a sete pés, mas lá fora como o próprio professor disse é assim que somos "pintados", como uma cambada de cromos.
O Arraial serve exactamente para dar uma outra prespectiva, a de que o espírito académico vive também no IST, que não somos só de estudar mas também nos sabemos divertir e mais!, atrai muitos jovens em idade de escolher a universidade e pode jogar muito a nosso favor, assim como uma "recruta de engenheiros", porque quer queiremos quer não, os jovens não gostam muito de estudar e preferem ir para um sitio onde sabem que há algo mais, animação, rambóia, copos, amigos, noitadas, festas, tunas, para aliviar a pressão que um curso superior exige. Definição de Espírito académico, ao fim ao cabo.
Quanto aos problemas de higiene e sonoridade, epá, acho que também não faz assim taaaaanto mal às pessoas terem um bocadinho de barulho a mais meia dúzia de dias por ano! Há quem more em Santos e no Bairro Alto e lá é todos os dias! E quando é a altura dos Santos Populares? Também há barulho até altas horas! E queixam-se? Não, adoram ver o bailarico da janela! Não temos culpa de que não gostem da música que tocamos no Arraial, e daí, quem sabe se até não gostam...
E acho que há outras alternativas à limpeza sem ser mudar o Arraial de sítio. Contratar equipas de limpeza da Câmara, por exemplo (o caché que a Associação de Estudantes tem não é pequeno, se têm dinheiro para pagar às bandas para lá irem actuar também têm para pagar a alguém que lhes garanta um recinto limpo!), fechar os pavilhões para impedir "certos fluídos" nos corredores de maneira a que as aulas nos dias seguintes decorram com normalidade, aumentar a segurança, impedir a venda de álcool a pessoas que já se encontrem "bem atestadas" (e não me venham dizer que não se pode fazer isso porque é expressamente proibido a venda de bebidas alcoólicas a quem já se encontre embriagado, basta ir a qualquer estabelecimento e lá está a bela da placa!), expulsar quem cause distúrbios, dar às equipas de limpeza umas mangueiras daquelas com jacto para de tempos em tempos darem uma limpeza aos sítios (e a algumas pessoas que talvez precisassem...), sei lá! O que é preciso é imaginação e atitude, é o que se espera de uma Associação de Estudantes! Agora mudar de sítio uma festa que é nossa por tradição... Não, não consigo concordar.
Gosto de estar numa faculdade de excelência a tirar o meu curso de Engenharia Biológica e sentir que também tenho momentos para me distrair e estar com os meus amigos, vivendo a tradição o melhor que posso e sei, quer na Tuna quer participando sempre e com gosto dos Arraiais; e sei que os meus colegas, engenheiros ou não, concordam comigo.
Porque o espírito académico deve ser vivido sempre, até ao fim, porque mais tarde é demasiado tarde para o viver.
Mesmo assim podem ver informações sobre o Arraial aqui