É nas partilhas, nos divórcios e nas custódias dos filhos, que o lado mau e negro das pessoas se revela.
Quanto às partilhas, a minha patrona tem a teoria de que o melhor é gozar os bens todos em vida e não deixar nada para os herdeiros reclamarem. Discussões de faca e alguidar entre irmãos e primos que brincavam aos cowboys e foram padrinhos de casamento uns dos outros e que agora se odeiam por causa de meia dúzia de talhares do serviço que o avô comprou na China em 1934.
Quanto aos divórcios e aos filhos o ideal é ser civil e cordial. Mas quando uma relação acaba a mágoa que fica para trás muitas vezes impede essa comunicação. Então se calhar é melhor não falar mesmo de todo. Doi imenso, consegue ser insuportável porque nos consome por dentro e no silêncio, mas é preferível que ouvir e dizer que o outro não presta ou é um estupor e um estafermo.
O meu dia hoje acaba da maneira mais depressiva e revoltada de sempre. Quem disse que os advogados gostam destes dramas porque enchem o bandulho com honorários, devia vir experimentar a dor de alma, o choque que é assistir, ler e ouvir os monstros em que as pessoas se transformam nestas situações.
As pessoas continuam a surpreender-me. E raios parta, é sempre pela negativa.
3 comentários:
Continua a partilhar, eu gosto.
Não queria definitivamente estar no teu lugar, aliás até acho que não é qualquer pessoa que tem estofo para essa profissão...mas deve ser uma questão de tempo até passar ao lado de tantos casos que te vão passar pelass mãos...
Continuação de bom trabalho e post's*
Como eu compreendo o que escreveste neste post..
Um bjo
Enviar um comentário