Olá Tomás, disse eu quando a avó me abriu a porta. Trazia-te ao colo.
Disse-me um passarinho que já tens mais 6 centímetros e que estás gorducho.
Decidi ir bater à porta para ver se era verdade. Que grande estás.
Mas sempre a dormir, não fosses tu filho de quem és.
Combinei com a mamã e com os tios ir dar uma voltinha hoje e aproveitei para te ver.
A tia anda em exames e o tempo não é muito. Já não te via há mais de um mês e já tinha saudades.
Mal entrei a avó aproveitou para te deixar comigo e ir tratar das coisas de casa. Andas a dar trabalho à família, pois claro, todos de roda de ti.
Claro que não me fiz de rogada e tiveste mais de uma hora nos meus braços, porque as dores de barriga não te fazem querer estar na caminha.
Volta e meia choramingavas mas mais umas voltinhas e uns embalanços e sossegavas. Quando a tia era da tua idade, assim pequenina como tu, o meu pai também andava comigo ao colo a trautear uma lenga lenga que parecia resultar. Era a história do Zé Puinha. Zé Puinha tinha um carro, uma casa, uma data de coisas. Quando lhe faltava a imaginação, dizia somente que tinha. Zé Puinha tinha tinha. E a tia (e a irmã da tia) adormeciam.
Hoje fiz o mesmo contigo, mas não te convenceste. Claramente és mais esperto que a tia.
Passei uma tarde sublime com a mamã e com os tios ao sol e à conversa.
Mas o ponto alto do meu dia foi sentir a tua mãozinha no meu peito e a tua cabeça no meu ombro. E consegui que o tio Dani me tirasse umas fotografias contigo ao colo, para as quais fizeste o favor de abrir os olhos. És a estrela dos tios, nunca se viu tanta animação por dois pares de olhos ensonados.
Sexta vou tentar passar lá em casa de novo. Até lá querido sobrinho.
1 comentário:
Quero ver quando forem os teus sobrinhos mesmo...
Calculo que, quando for mesmo da familia, ou os meus sobrinhos ou os teus, vai resultar que nem ginjas... Somos umas fáceis...
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