Ser feliz

O ano de 2008 para mim acabou negro.

O de 2009 negro começou.

Algures no decorrer destes meses, o meu amigo Bruno, no meio das nossas mil conversas sobre tudo e nada, achou que eu precisava de ânimo e mostrou-me isto que partilho agora.

É provavelmente das coisas mais belas que vi e ouvi e faz todo o sentido. Toca no fundo, abre-nos o peito e deixa-nos respirar.

Ontem mostrei o video à Mesquita a propósito de já não sei o quê. E enviei-o por mail ao Carlos que fazia anos. Porque a melhor prenda que acho que poderia dar a alguém que sente, como eu, que a vida neste momento, se está a abrir para um universo desconhecido, é uma mensagem de esperança e de optimismo.

"Porque é que nunca postaste isto no blog?" perguntou-me a Mesquita.

Não sei. De facto, partilho tantas coisas sobre a minha vida...

Mas desde o dia em que o Bruno me mostrou isto, guardei a música no telemóvel, para me refugiar nela, naquelas alturas em que sozinha, o mundo me parece mais pesado, mais louco, mais perdido, mais triste que o normal.

Hoje partilho com quem me lê e dedico-o especialmente à Rita, que anda mais cinzenta que o habitual. As nuvens e as sombras fazem parte de nós, já percebemos isso. Mas o que verdadeiramente interessa, é conseguir retirar calor dos pequenos raios de sol que volta e meia cruzam o céu. Porque esses momentos existem, estão nas pequenas coisas, nos pequenos gestos, nas pequenas palavras. Ando a aprender a levar a vida devagar. Não tenho pressa de chegar. Sei que eventualmente um dia será inevitável. Até lá só quero ter a certeza de que aproveitei bem o caminho. Sê feliz.

Sei que a Filipa também vai gostar.
Obrigada Bruno.