Há certas alturas na vida, em que o mundo nos atinge de forma mais brusca que o normal e em que nos sentimos mais vulneráveis. Não é preciso que algo de mau aconteça, basta que os nossos sonhos não sigam o rumo que traçamos. Uma oportunidade perdida, um exame cujo resultado não foi o desejado. Quando nos empenhamos a sério, e o esforço não é recompensado, a frustração toma conta da casa. E começamos a pensar. E é nessa altura que sentimos que precisamos mesmo de alguém. Com quem falar, com quem estar, para quem olhar e que olhe por nós. A presença é muito mais poderosa que as palavras, daí não ser necessário na maioria das vezes, ouvir nada, para nos sentirmos melhor. Basta a presença e o olhar. O problema surge quando não há presença, nem olhar. A angústia aumenta, a tristeza invade a mente e é difícil ser forte e concentrar naquilo que é suposto fazer. A armadura que construímos com o tempo, para lidar com as adversidades torna-se de plástico. E mais difícil é, quando os outros contam com aço. É difícil ser inabalável, quando nos sentimos indefesos. Mesmo quando tentamos reunir todos os esforços para assim o ser. Mesmo quando essa é a única forma de não magoar alguém. Mostrar que não se sofre, para outrem não sofrer. Ora aí está um exame difícil de passar. Se há dias em que nos safamos a andar na corda bamba, há outros em que é impossivel passar, é-se excluído com 8. Há dias em que preciso mesmo de ti e hoje foi um deles.
2 comentários:
como dizes e bem "A presença é muito mais poderosa que as palavras", por isso do pouco que as minhas possam valer aqui ficam: desejo-te força e digo-te que não és a única (tb reprovei com 8 este semestre a Métodos Numéricos ;)), ninguém tem de ser aço e espero que quem precisas te consiga por termo a essa tua angústia.
Força Sofia ;)
Abraço,
André.
Um beijinho grande para ti também André. Obrigada.
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