Da ira (parte primeira)
"Oh João, o João é inteligente. Teve aqui algumas respostas intuitivas. Vá lá, criativas! Agora, estudar, João? Estudar é que não é consigo!"
Na minha faculdade há coisas muita giras. De entre as coisas muita giras que há na minha faculdade, há uma coisa mesmo muita gira, talvez a coisa mais gira de todas as coisas muita giras que há na minha faculdade. Essa coisa mesmo muita gira que há na minha faculdade é um professor, muita giro, giro que se farta, giro como o raio, de intocável melena negra de surfista e imaculado nó de gravata assim em jeito de pendant com dois cintilantes olhos verdes. Este professor não é só estupidamente giro como conseguiu desenvolver ao longo dos anos um charme bestial e um jeito peculiar de ter piada, mesmo quando não tem piada nenhuma. O homem faz rir e suspirar a menos azeiteira das raparigas; obriga uma lésbica a repensar seriamente a sua sexualidade.
Mas chega de bajular, não era disto que eu vinha aqui falar. Estamos no início de um novo ano lectivo: época de moderação, época de estudo, época de pudor por tradição - não fosse a vibrante e escandalosa explosão de cores nos cartazes e panfletos das festas de recepção aos caloiros(as), dos super-arraiais da reentrée académica, das mega-festarolas da cerveja (e da laranjada) e das ultra-party-people-in-the-house-celebrate-everybody-tonight. É que, por causa do giríssimo professor David Festas (nome fictício), o mais próximo que aqui o yours trully estará de uma imperial será ao sorver o leite achocolatado quentinho, olhando para fotografias noctívagas e desfocadas, adivinhando consigo mesmo o giro que teria sido lá ter estado. Percebem a ironia? Perder as festas - por causa do Festas?!
Enfim, não garanto que haja uma relação directa entre a humilhação que alegremente sofri na oral daquele dia (cfr. supra) e o episódio em que "não, senhor professor", não sabia a resposta àquela pergunta e estava apenas "a coçar o nariz, senhor professor", mas sempre desconfiei de quem insistia em chamar-me João Bechau porque os meus érres pareciam cês e os meus énes pareciam ús.
Mas agora é que não, senhor professor, estudar não vai ser comigo! Privilegiarei a minha criatividade acima de tudo e pintarei um Guernica jurídico na gravata do senhor professor com os pincéis que tenho cá dentro! Serei intuitivo como o caraças, serei mesmo muita intuitivo, intuitivo como uma mulher em TPM! Mas uma coisa lhe garanto, senhor professor... Estudar não vai ser comigo.
Professor David Festas, este rapaz vai para as festas! JB
In http://pontosnegros.blogspot.com 9Outubro2006
Saudades tuas e do outro menino. Voltem depressa.
Na minha faculdade há coisas muita giras. De entre as coisas muita giras que há na minha faculdade, há uma coisa mesmo muita gira, talvez a coisa mais gira de todas as coisas muita giras que há na minha faculdade. Essa coisa mesmo muita gira que há na minha faculdade é um professor, muita giro, giro que se farta, giro como o raio, de intocável melena negra de surfista e imaculado nó de gravata assim em jeito de pendant com dois cintilantes olhos verdes. Este professor não é só estupidamente giro como conseguiu desenvolver ao longo dos anos um charme bestial e um jeito peculiar de ter piada, mesmo quando não tem piada nenhuma. O homem faz rir e suspirar a menos azeiteira das raparigas; obriga uma lésbica a repensar seriamente a sua sexualidade.
Mas chega de bajular, não era disto que eu vinha aqui falar. Estamos no início de um novo ano lectivo: época de moderação, época de estudo, época de pudor por tradição - não fosse a vibrante e escandalosa explosão de cores nos cartazes e panfletos das festas de recepção aos caloiros(as), dos super-arraiais da reentrée académica, das mega-festarolas da cerveja (e da laranjada) e das ultra-party-people-in-the-house-celebrate-everybody-tonight. É que, por causa do giríssimo professor David Festas (nome fictício), o mais próximo que aqui o yours trully estará de uma imperial será ao sorver o leite achocolatado quentinho, olhando para fotografias noctívagas e desfocadas, adivinhando consigo mesmo o giro que teria sido lá ter estado. Percebem a ironia? Perder as festas - por causa do Festas?!
Enfim, não garanto que haja uma relação directa entre a humilhação que alegremente sofri na oral daquele dia (cfr. supra) e o episódio em que "não, senhor professor", não sabia a resposta àquela pergunta e estava apenas "a coçar o nariz, senhor professor", mas sempre desconfiei de quem insistia em chamar-me João Bechau porque os meus érres pareciam cês e os meus énes pareciam ús.
Mas agora é que não, senhor professor, estudar não vai ser comigo! Privilegiarei a minha criatividade acima de tudo e pintarei um Guernica jurídico na gravata do senhor professor com os pincéis que tenho cá dentro! Serei intuitivo como o caraças, serei mesmo muita intuitivo, intuitivo como uma mulher em TPM! Mas uma coisa lhe garanto, senhor professor... Estudar não vai ser comigo.
Professor David Festas, este rapaz vai para as festas! JB
In http://pontosnegros.blogspot.com 9Outubro2006
Saudades tuas e do outro menino. Voltem depressa.
2 comentários:
óóóóó fui eu q nostalgicamente re-partilhei este magnifico texto ctg =D
ps: pensa q tens o namorado-melhor-pessoa-do-Mundo-qual-DalaiLama-qual-quê, não se pode ter td paixão. Ele vem de África ainda melhor pessoa (se tal for possível) e tu vais certamente começar a praticar mais gestos de puro altruísmo, aka estacionar bem longe da porta do ist qd há montes de lugares a porta! baci
Óra aí está! Bem vistas as coisas, até sou altruista! LOL
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