O texto que se segue é da minha autoria e descreve com todo o pormenor, a viagem que fiz com a Filipa à Ovibeja em 2007, que ficou para a nossa história, que é aquela que realmente importa. Ainda hoje, dos melhores textos que escrevi, em lágrimas de tanto rir e das melhores viagens que fiz (e só durou um dia!)
Prometo voltar contigo à Ovibeja. É que prometo mesmo meu amor de Beja.
Está quase a fazer dois anos.
*
5 de Maio de 2007 (se bem que a viagem foi dia 1)
Pipoca e Fifi em Beja - The true story
Era urgente e imperativo contar ao mundo (que é como quem diz, às 5 pessoas que visitam fielmente este blog para além da minha Mãe) a loucura do mês de Maio, vivida por mim e pela minha companheira (e que companheira) Pipoca: uma noite na Ovibeja.
Mas o que raio é que fomos fazer à feira agrícola de Beja, perguntam os caros leitores (à excepção da minha Mãe, obviamente). Muito simples. Fomos ver a feira, dançar até cair, apanhar uma grande molha e ver a nossa querida Tuna Universitária de Beja a actuar.
Maio para nós começou com uma partida de Lisboa com duas horas de atraso em relação ao previsto. A sra Pipoca andou "bailando su cuerpo" toda la noche, logo eram quatro da tarde quando nos metemos a caminho. Tivesse ela ficado a explicar ao senhor policia da esquadra do Colombo o que significa dar toques pelo telemóvel e tínhamos demorado mais três horas e meia (não se brinca com os agentes da autoridade).
Café na segunda circular, ainda não tínhamos entrado na ponte já se ouviam temas de alta qualidade musical. Bom, bom bom bom bom, bom bom bom bom.
Entre muita conversa lá conseguimos ultrapassar a Estrada Interminável e chegar a Beja.
O tempo não ameaçava nada de bom e como gostamos de seguir os conselhos dos pais decidimos procurar a pousada da juventude para ponderar uma possível pernoita (o nosso agradecimento ao senhor transeunte alentejano que nos disse que a mesma ficava atrás do Hotel França. Para quê dizer Francis quando França é muito mais simples!)
Contudo a perspectiva de 9euros com a desconhecida foi decisiva para nos aventurarmos na maravilha que é o campismo.
Chegadas ao parque, deparámo-nos com a inigualável hospitalidade alentejana: a recepção fechava às 20h, eram 19.30h e já não dava para pagar porque aquilo é coisa para levar muito tempo e o senhor estava desejoso de fechar a loja. Ainda por cima metia cartão jovem, ui é mais meia hora (como efectivamente foi no dia seguinte).
Very tipical devem achar os turistas. Foi o que nós pensámos.
Mas a maior aventura ainda estava para vir: montar a tenda.Como rapariga moderna que é, a Pipoca (que até alternativas para escolha de roupa e base leva para a Ovibeja, qual Lux qual quê!) tratou logo de levar para a nossa viagem uma tenda daquelas que se abrem mal se atiram para o ar. Esqueceu-se foi (tadinha, ninguém é perfeito) de se afastar o mínimo para não ser agredida pelo "monstro da tenda". Distância de segurança aplicada ao campismo não fazia parte do pacote das aulas de condução, compreenda-se.
De referir ainda a preciosa ajuda de um Elvis que por lá apareceu e nos ajudou a fixar a tenda ao chão (e a entortar as estacas) e dos 15m passados à procura de uma senhora e um senhor campistas muito simpáticos que nos emprestaram martelos e que desapareceram misteriosamente.
À entrada da Ovibeja, quando procurávamos dois desconhecidos para conseguir entrar com bilhete familiar (4 pessoas) encontrámos duas meninas muito espertas que tiveram a mesma ideia que nós. Great minds think alike. Entrámos as quatro. Foi mel.
E o que é que a Ovibeja tinha de especial?
Colares e pulseiras e mais duas centenas de bujigangas para a Pipoca se distrair, queijinho com ar suspeito que o estômago da Pipoca aguentou, presunto muito bom (o meu estômago também teve direito), cerveja self-service para as Tunas (rica TUB!) e muita simpatia por parte dos nossos amigos alentejanos que ainda se lembravam de nós do Estudantino à uns meses atrás.
Ainda vimos algumas tunas que importa informar: uma solista fantástica da Tuna de Enfermagem de Beja, a carência de instrumentos da Motrituna mas completamente compensada pelo número de vozes (afinal é esse o segredo...) e uns pandeiretas mistos da Semper Tesus (a igualdade ali a resultar muito bem).
E a nossa Tub...
Apesar de termos umas histéricas ao nosso lado a abafar a nossa voz, cantamos e gritamos (Satriani, Satriani!!). O ponto baixo da noite foi o Satriani não ter cantado a serenata... o hei-de ir, hei-de ir ocupou-lhe o lugar (ele que vá, ele que vá!!). Perdeu-se muito. A desilusão lá foi compensada por não sei quantas horas de conversa (shotgun winner: Fifi! hehehehe pipoca ficou a chuchar no dedo =P) e o grande bombanço até os policias nos irem expulsar do recinto de capacete e bastão. E nós que pensavámos que no Alentejo era tudo devagarinho... Claro que a Pipoca não notou grande diferença já que tem passado a vida nas discotecas até às 7 da manhã... bailando su cuerpo...
A palavra de ordem da noite ficou a ser: RAMPA depois de já estarmos as duas assim meio com os copos, a pipoca ter avistado a dita rampa que dava para o palco e ter tido a ideia do século. Que seria giro começarmos a subir por ali acima. Como sou muito bem mandada lá fui atrás dela toda entusiasmada (caramba, que ideia genial) para segundos depois sermos paradas violentamente (leia-se literalmente arrastadas quase pelo ar) por um senhor (ai desculpe senhor, desculpe senhor!) com um ar muito chateado.
Resumindo e concluindo, voltamos para o parque de campismo debaixo da maior chuva torrencial de que há memória, com receio de encontrar as nossas coisas totalmente ensopadas (o que não aconteceu, a nossa tenda além de moderna era impermeável) e passámos tanto frio que nos vimos forçadas (cof cof cof) a dormir juntinhas à procura de calor humano. Mais um bocadinho e a minha capa levava um nó! Foi tão bom não foi amor?
De manhã, com poucas horas de sono e com a ressaca a pesar na cabeça e no corpo (foi uma noite muito intensa), a pipoca decidiu levar uma nova moda para Lisboa: calças de fato de treino e botas de salto alto. Tivemos até banda sonora a condizer. Go Go Go Go GO Charlie, it's your birthday...
E lá se passou o feriado e voltaram as aulas. Mas o desafio ficou no ar: Amor vamos para Beja outra vez?
O nosso agradecimento a toda a Tuna Universitária de Beja pela boa onda, especialmente ao Respeito e ao Satriani por nos terem aturado tantas horas sempre bem dispostos e ainda à Rita que tão prontamente ofereceu a sua casa para nos abrigar da chuva, que acabámos por rejeitar porque somos loucas, mas que aceitaremos prontamente numa próxima visita.
Era urgente e imperativo contar ao mundo (que é como quem diz, às 5 pessoas que visitam fielmente este blog para além da minha Mãe) a loucura do mês de Maio, vivida por mim e pela minha companheira (e que companheira) Pipoca: uma noite na Ovibeja.
Mas o que raio é que fomos fazer à feira agrícola de Beja, perguntam os caros leitores (à excepção da minha Mãe, obviamente). Muito simples. Fomos ver a feira, dançar até cair, apanhar uma grande molha e ver a nossa querida Tuna Universitária de Beja a actuar.
Maio para nós começou com uma partida de Lisboa com duas horas de atraso em relação ao previsto. A sra Pipoca andou "bailando su cuerpo" toda la noche, logo eram quatro da tarde quando nos metemos a caminho. Tivesse ela ficado a explicar ao senhor policia da esquadra do Colombo o que significa dar toques pelo telemóvel e tínhamos demorado mais três horas e meia (não se brinca com os agentes da autoridade).
Café na segunda circular, ainda não tínhamos entrado na ponte já se ouviam temas de alta qualidade musical. Bom, bom bom bom bom, bom bom bom bom.
Entre muita conversa lá conseguimos ultrapassar a Estrada Interminável e chegar a Beja.
O tempo não ameaçava nada de bom e como gostamos de seguir os conselhos dos pais decidimos procurar a pousada da juventude para ponderar uma possível pernoita (o nosso agradecimento ao senhor transeunte alentejano que nos disse que a mesma ficava atrás do Hotel França. Para quê dizer Francis quando França é muito mais simples!)
Contudo a perspectiva de 9euros com a desconhecida foi decisiva para nos aventurarmos na maravilha que é o campismo.
Chegadas ao parque, deparámo-nos com a inigualável hospitalidade alentejana: a recepção fechava às 20h, eram 19.30h e já não dava para pagar porque aquilo é coisa para levar muito tempo e o senhor estava desejoso de fechar a loja. Ainda por cima metia cartão jovem, ui é mais meia hora (como efectivamente foi no dia seguinte).
Very tipical devem achar os turistas. Foi o que nós pensámos.
Mas a maior aventura ainda estava para vir: montar a tenda.Como rapariga moderna que é, a Pipoca (que até alternativas para escolha de roupa e base leva para a Ovibeja, qual Lux qual quê!) tratou logo de levar para a nossa viagem uma tenda daquelas que se abrem mal se atiram para o ar. Esqueceu-se foi (tadinha, ninguém é perfeito) de se afastar o mínimo para não ser agredida pelo "monstro da tenda". Distância de segurança aplicada ao campismo não fazia parte do pacote das aulas de condução, compreenda-se.
De referir ainda a preciosa ajuda de um Elvis que por lá apareceu e nos ajudou a fixar a tenda ao chão (e a entortar as estacas) e dos 15m passados à procura de uma senhora e um senhor campistas muito simpáticos que nos emprestaram martelos e que desapareceram misteriosamente.
À entrada da Ovibeja, quando procurávamos dois desconhecidos para conseguir entrar com bilhete familiar (4 pessoas) encontrámos duas meninas muito espertas que tiveram a mesma ideia que nós. Great minds think alike. Entrámos as quatro. Foi mel.
E o que é que a Ovibeja tinha de especial?
Colares e pulseiras e mais duas centenas de bujigangas para a Pipoca se distrair, queijinho com ar suspeito que o estômago da Pipoca aguentou, presunto muito bom (o meu estômago também teve direito), cerveja self-service para as Tunas (rica TUB!) e muita simpatia por parte dos nossos amigos alentejanos que ainda se lembravam de nós do Estudantino à uns meses atrás.
Ainda vimos algumas tunas que importa informar: uma solista fantástica da Tuna de Enfermagem de Beja, a carência de instrumentos da Motrituna mas completamente compensada pelo número de vozes (afinal é esse o segredo...) e uns pandeiretas mistos da Semper Tesus (a igualdade ali a resultar muito bem).
E a nossa Tub...
Apesar de termos umas histéricas ao nosso lado a abafar a nossa voz, cantamos e gritamos (Satriani, Satriani!!). O ponto baixo da noite foi o Satriani não ter cantado a serenata... o hei-de ir, hei-de ir ocupou-lhe o lugar (ele que vá, ele que vá!!). Perdeu-se muito. A desilusão lá foi compensada por não sei quantas horas de conversa (shotgun winner: Fifi! hehehehe pipoca ficou a chuchar no dedo =P) e o grande bombanço até os policias nos irem expulsar do recinto de capacete e bastão. E nós que pensavámos que no Alentejo era tudo devagarinho... Claro que a Pipoca não notou grande diferença já que tem passado a vida nas discotecas até às 7 da manhã... bailando su cuerpo...
A palavra de ordem da noite ficou a ser: RAMPA depois de já estarmos as duas assim meio com os copos, a pipoca ter avistado a dita rampa que dava para o palco e ter tido a ideia do século. Que seria giro começarmos a subir por ali acima. Como sou muito bem mandada lá fui atrás dela toda entusiasmada (caramba, que ideia genial) para segundos depois sermos paradas violentamente (leia-se literalmente arrastadas quase pelo ar) por um senhor (ai desculpe senhor, desculpe senhor!) com um ar muito chateado.
Resumindo e concluindo, voltamos para o parque de campismo debaixo da maior chuva torrencial de que há memória, com receio de encontrar as nossas coisas totalmente ensopadas (o que não aconteceu, a nossa tenda além de moderna era impermeável) e passámos tanto frio que nos vimos forçadas (cof cof cof) a dormir juntinhas à procura de calor humano. Mais um bocadinho e a minha capa levava um nó! Foi tão bom não foi amor?
De manhã, com poucas horas de sono e com a ressaca a pesar na cabeça e no corpo (foi uma noite muito intensa), a pipoca decidiu levar uma nova moda para Lisboa: calças de fato de treino e botas de salto alto. Tivemos até banda sonora a condizer. Go Go Go Go GO Charlie, it's your birthday...
E lá se passou o feriado e voltaram as aulas. Mas o desafio ficou no ar: Amor vamos para Beja outra vez?
O nosso agradecimento a toda a Tuna Universitária de Beja pela boa onda, especialmente ao Respeito e ao Satriani por nos terem aturado tantas horas sempre bem dispostos e ainda à Rita que tão prontamente ofereceu a sua casa para nos abrigar da chuva, que acabámos por rejeitar porque somos loucas, mas que aceitaremos prontamente numa próxima visita.
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Era madrugada de dia 5 quando escrevi o post.
Mal sabia eu que esse dia ia mudar a minha vida.
3 comentários:
:) :) :)
Oh que querida!!!! Esse dia de facto mudou a NOSSA vida. E que bem dizes, das melhores viagens, e só durou um dia! E nem uma foto há!
Adoro reler este texto :)
Reitero: adoro! (se bem que 50% é a gozar comigo própria ahaha)
Lembrei-me que afinal HA 1 FOTO!
Com a tenda! Toca a posta-la!
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