Quando há momentos em que apetece desistir.
Quando tudo o que já conseguimos parece pequeno. Insignificante.
Quando a nossa cabeça parece dizer STOP, já chega, não te canses mais. A sensação de fracasso, de nos sentirmos estúpidos. De desperdício de tantos anos com um sonho em mente. Quando concluímos que não passa de isso mesmo. Um sonho que, como todos os outros, ficam nesse mundo distante e inacessível, e nunca há-de passar para o papel. Para o real.
Quando as coisas correm pior, e os nossos mecanismos de defesa entram em acção. Quando as lágrimas se formam, e sentimos aquele aperto no peito, e todo o nosso ser parece suplicar por algo, que muitas vezes não sabemos bem o que é. O fim daquilo que dói. Quando queremos sentir de novo que mandamos em nós e não a mágoa, pedimos controlo... na maior parte das vezes apenas aparente, mas que nos parece ser a nossa maior arma.
Quando temos a sorte de não estar sozinhos, quando estes momentos atacam. Quando podermos sentir o apoio, o ombro e a confiança que não temos, à distância de um telefonema ou de um computador, um ombro virtual ou meramente sonoro mas que vale por tudo o que fisicamente existe. Quando nos pedem para não desistir, porque melhores dias virão, melhores resultados virão, e aí as lágrimas partilhadas em confidência serão apenas de alegria e não de derrota.
Quando queremos agradecer, escrevemos algo assim. Agradecer a quem nos deixa chorar. A quem, por meio de bonequinhos com festinhas na cabeça e miminhos, nos faz sorrir quando pela nossa cara corre o Nilo e o Amazonas.
E agradecer a ti meu amor, que me deixas sempre chorar, por mais insignificante que seja a razão, naquele teu abraço, encostada à tua segurança, à tua confiança, à tua experiência que é maior que eu, até que a minha alma esteja em paz de novo. Obrigada, a vocês.
"Quando já nada é intacto
Quando tudo na vida vem em pedaços
E por dentro, me rebenta um mar (...)
Quando de repente num segundo
Qualquer coisa me vira do avesso
E desfaz cada certeza do meu mundo
Quando o sopro de uma jura faz balançar os dias
Quando os sonhos contaminam os medos e os cansaços
Quando ainda me desarma a tua companhia e tudo o que a vida faz
Em mim..." Mafalda Veiga "Quando"
Quando tudo o que já conseguimos parece pequeno. Insignificante.
Quando a nossa cabeça parece dizer STOP, já chega, não te canses mais. A sensação de fracasso, de nos sentirmos estúpidos. De desperdício de tantos anos com um sonho em mente. Quando concluímos que não passa de isso mesmo. Um sonho que, como todos os outros, ficam nesse mundo distante e inacessível, e nunca há-de passar para o papel. Para o real.
Quando as coisas correm pior, e os nossos mecanismos de defesa entram em acção. Quando as lágrimas se formam, e sentimos aquele aperto no peito, e todo o nosso ser parece suplicar por algo, que muitas vezes não sabemos bem o que é. O fim daquilo que dói. Quando queremos sentir de novo que mandamos em nós e não a mágoa, pedimos controlo... na maior parte das vezes apenas aparente, mas que nos parece ser a nossa maior arma.
Quando temos a sorte de não estar sozinhos, quando estes momentos atacam. Quando podermos sentir o apoio, o ombro e a confiança que não temos, à distância de um telefonema ou de um computador, um ombro virtual ou meramente sonoro mas que vale por tudo o que fisicamente existe. Quando nos pedem para não desistir, porque melhores dias virão, melhores resultados virão, e aí as lágrimas partilhadas em confidência serão apenas de alegria e não de derrota.
Quando queremos agradecer, escrevemos algo assim. Agradecer a quem nos deixa chorar. A quem, por meio de bonequinhos com festinhas na cabeça e miminhos, nos faz sorrir quando pela nossa cara corre o Nilo e o Amazonas.
E agradecer a ti meu amor, que me deixas sempre chorar, por mais insignificante que seja a razão, naquele teu abraço, encostada à tua segurança, à tua confiança, à tua experiência que é maior que eu, até que a minha alma esteja em paz de novo. Obrigada, a vocês.
"Quando já nada é intacto
Quando tudo na vida vem em pedaços
E por dentro, me rebenta um mar (...)
Quando de repente num segundo
Qualquer coisa me vira do avesso
E desfaz cada certeza do meu mundo
Quando o sopro de uma jura faz balançar os dias
Quando os sonhos contaminam os medos e os cansaços
Quando ainda me desarma a tua companhia e tudo o que a vida faz
Em mim..." Mafalda Veiga "Quando"
5 comentários:
tao linda que ela é :)
nem mais... tinha escrito isto hoje, acho apropriado, eu próprio removo se achares q não...
"Eu sei, já disse,
que me parece triste e inútil,
a existência que entristeço.
Prosa gasta pelo tempo,
menos do que pensava,
termina cada dia,
perdido em cada espera.
Eu sei, talvez estupidamente...
que me apodrece o sonho,
por entre os golpes da espada.
Não te reconheço,
nem a mim amanhã,
de que vale o que sou
se só sou ânsia de ser?
Não sei... sabia que descobrirías...
que tudo o que sou é vazio,
e tudo o que vês é nada."
abraço,
André.
Fantásico... como sempre, meu amigo. Um beijinho
obrigado Isabel.
o teu texto tb é mto fantásico ;)
abraço,
André.
estão bonitos os escritos do Code (andré), que respeitam os tempos de tristeza, luto, impotência... momentos estes que só te devem por a pensar que qt maior o desafio.. melhor é o fruto!o ganho!o gosto! Por isso é que pessoas que não têm garantias, rotinas, facilidades são mais humildes e felizes que as outras. As pessoas pobres são felizes com o pouco que têm e os ricos não sabem medir o que conseguem. Os mais modestos felizes porque sabem as capacidades que têm.
Tu terás que fazer muito para chegares onde queres...Tal como eu ainda hoje faço para chegar onde pretendo...para te surpreender.. para te fazer feliz...para te ter por muito tempo...eu vou estar aqui para te levantar qd for necessário..e para te beijar e abraçar assim q conseguires o que quer que seja! Mas vai-te dar um gozo enorme qd conseguires tudo isso!
Tudo é pequeno e insignificante em relação ao que tens de conseguir para seres feliz!Para seres Plena!
Devem existir momentos de fraqueza..para reforçar os tempos seguintes...q são de conquistas e realização dos teus sonhos!
Do sonho para a realidade existe um passo muito ténue...empenho e paixão!
Beijinhos*Amo.te
"Eles não sabem que o sonho
é uma constante da vida
tão concreta e definida
como outra coisa qualquer,
como esta pedra cinzenta
em que me sento e descanso,
como este ribeiro manso
em serenos sobressaltos,
como estes pinheiros altos
que em verde e oiro se agitam,
como estas aves que gritam
em bebedeiras de azul.
Eles não sabem que o sonho
é vinho, é espuma, é fermento,
bichinho álacre e sedento,
de focinho pontiagudo,
que fossa através de tudo
num perpétuo movimento.
Eles não sabem que o sonho
é tela, é cor, é pincel,
base, fuste, capitel,
arco em ogiva, vitral,
pináculo de catedral,
contraponto, sinfonia,
máscara grega, magia,
que é retorta de alquimista,
mapa do mundo distante,
rosa-dos-ventos, Infante,
caravela quinhentista,
que é Cabo da Boa Esperança,
ouro, canela, marfim,
florete de espadachim,
bastidor, passo de dança,
Colombina e Arlequim,
passarola voadora,
pára-raios, locomotiva,
barco de proa festiva,
alto-forno, geradora,
cisão do átomo, radar,
ultra-som, televisão,
desembarque em foguetão
na superfície lunar.
Eles não sabem, nem sonham,
que o sonho comanda a vida.
Que sempre que um homem sonha
o mundo pula e avança
como bola colorida
entre as mãos de uma criança."
Pedra Filosofal, António Gedeão
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