Todos nós temos fases más na vida.
Faz parte. É um processo de aprendizagem pelo qual temos obrigatoriamente que passar. Todos nós sentimos o mesmo. A sensação de que o mundo, como o conhecemos, ou como o queríamos conceber daqui para a frente já não existe, não faz sentido. Que o despertar é mais triste do que era no dia anterior. Porque passou mais um dia.
Todos temos pessoas que saem da nossa vida sem nós querermos. Umas por vontade própria, outras por consequências da vida. E dói sempre, muito. Especialmente quando ocupam aquele lugarzinho no peito. Eu entendo, e simpatizo. E sei que ninguém pode sentir esse aperto, essa saudade, a não ser o próprio. E esse, levanta-se todos os dias da cama com aquela sensação amarga de vazio, de que lhe falta qualquer coisa, de que mais vale continuar a dormir, pois no mundo dos sonhos mandamos nós, e tudo corre ao compasso do nosso querer.
No entanto, é nossa obrigação, de nós para connosco (e até para com quem partiu), levar a vida (que nos resta) com o máximo de proveito. Encarar que as coisas são como são. Porque não interessa viver de outra maneira. Não estamos a ser honestos, nem connosco, nem com ninguém. Por muito que não faça sentido.
Mesmo quando parte de nós foi para longe, temos que saber aceitar a distância, a possibilidade de ser demasiado longa para ser superada, e acreditar que vale a pena estar aberto ao mundo à nossa volta, concentrarmo-nos noutro objectivo, seja pessoal ou académico. Porque a mente tem muitas manhas, e consegue por vezes distrair o coração da dor que sente quando aplica muita energia noutra coisa. A dor torna-se apenas sensação, memória aceite e integrada, e os dias tornam-se mais suportáveis.
Não vale a pena a compaixão, os abraços idiotas, a tanga do "Vais ver que vai correr tudo bem". Não vale a pena o post estúpido e desnecessário num blog com nome doce. É um processo interno, um analgésico auto-admnistrado, tirado de um qualquer canto do nosso ser, que no momento certo há-de ser usado. Quando acharmos que estamos prontos para. Até lá, deixai-nos estar sossegados.
Mas fica, mesmo que desnecessariamente, o post. Porque temos que acreditar que atrás desse nevoeiro que se prevê sem fim, existe um sol fantástico, com tudo aquilo a que temos direito. O que quer que isso seja. Palavra de chocolate.
segunda-feira, 29 de outubro de 2007
Para quem precisar de ler...
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4 comentários:
Problemas do passado mal resolvidos… e eu arriscaria dizer que são de ordem amorosa! Já ultrapassavas isso! =) Bjx
anónimo:
Por acaso não estou a falar de mim... mas de alguém que me é muito querido, que está numa situação chata... são apenas uns mimos escritos, para ele se sentir melhor.
Tens razão, mas custa....
Tudo pasa. Bonito da tua parte escreveres um texto com o objectivo de ajudar alguém. Logo um texto bonito =]
(Biscoito?)
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