Acordar às 5.50h da manhã, apanhar boleia com um amigo e agora colega às 7.40h, chegar às 8h, morta de sono e morta por um café, receber os putos e respectivos paizinhos, excitados, felizes, pronto para fazerem disparates, às 8.30h.
Praia, piscina, museus, jogos, cantigas, gritos, brincadeira, risos, birras para não comer, arranhões nos joelhos...
Chegar às 17.30h, rouca, cansada, feliz, e ainda ter paciência para estudar para os exames e dar um saltinho ao Bairro Alto à 6ª feira à noite.
O segredo? Todos os monitores de qualquer colónia de férias o sabem. É muito café, muita paciência e uma dedicação e gosto enormes com o que se está a fazer.
Porque as nossas férias são passadas a trabalhar com os filhos dos outros, a brincar com eles, a dar-lhes de comer, a vê-los sorrir, a ralhar por vezes, a fazer com que eles façam amigos e se divirtam, se soltem, se envolvam, a promover o espirito de equipa, a formar um hábito de férias, um bom ambiente. São muitas horas de stresse, de berros, de música, de cantar o Hino da Colónia 30 vezes com o mesmo entusiasmo quando já não podes com a música paí desde a 4ª vez, de ter meninos ao colo a fazer-te cócegas e a dar beijinhos, de não conseguir comer nada quente porque passas meia hora a dar de comer a cada um dos pequeninos, que acham mais giro fazer bolas artisticas com almondegas do que com plasticina, de escaldões, de joelhos arranhados, de areia nos sapatos, de água fria na praia, de gritar Põe o chapéu na cabeça não te aviso mais vez nenhuma!, de voltar a ver os teus amigos de há tantos anos, antes utentes como tu e agora monitores a trabalhar ao teu lado; os teus antigos monitores, que te conhecem as manhas e as birras e te mandam para dentro de água vestida só porque sim, a confiança formada entre todos, as decisões e alterações transmitidas com meia dúzia de palavras e olhares, e saber que vai tudo correr bem, porque a equipa é coesa e se entende bem, e está toda lá com o mesmo propósito.
E no fim a recompensa de ter os meninos e meninas agarrados a nós a chorar baba e ranho, a dar-nos beijinhos, quando a quinzena acaba e não se querem ir embora, e os pais a estranhar "porque eles normalmente não são muito apegados às pessoas nem gostam muito de ir para as colónias, que estranho, que bom, podem voltar na próxima quinzena/próximo ano?"
E nós cheios de saudades desta rotina, desta alegria que nos entra nas veias e nos enche a alma de coisas boas, e nos faz voltar ano após ano.
Praia, piscina, museus, jogos, cantigas, gritos, brincadeira, risos, birras para não comer, arranhões nos joelhos...
Chegar às 17.30h, rouca, cansada, feliz, e ainda ter paciência para estudar para os exames e dar um saltinho ao Bairro Alto à 6ª feira à noite.
O segredo? Todos os monitores de qualquer colónia de férias o sabem. É muito café, muita paciência e uma dedicação e gosto enormes com o que se está a fazer.
Porque as nossas férias são passadas a trabalhar com os filhos dos outros, a brincar com eles, a dar-lhes de comer, a vê-los sorrir, a ralhar por vezes, a fazer com que eles façam amigos e se divirtam, se soltem, se envolvam, a promover o espirito de equipa, a formar um hábito de férias, um bom ambiente. São muitas horas de stresse, de berros, de música, de cantar o Hino da Colónia 30 vezes com o mesmo entusiasmo quando já não podes com a música paí desde a 4ª vez, de ter meninos ao colo a fazer-te cócegas e a dar beijinhos, de não conseguir comer nada quente porque passas meia hora a dar de comer a cada um dos pequeninos, que acham mais giro fazer bolas artisticas com almondegas do que com plasticina, de escaldões, de joelhos arranhados, de areia nos sapatos, de água fria na praia, de gritar Põe o chapéu na cabeça não te aviso mais vez nenhuma!, de voltar a ver os teus amigos de há tantos anos, antes utentes como tu e agora monitores a trabalhar ao teu lado; os teus antigos monitores, que te conhecem as manhas e as birras e te mandam para dentro de água vestida só porque sim, a confiança formada entre todos, as decisões e alterações transmitidas com meia dúzia de palavras e olhares, e saber que vai tudo correr bem, porque a equipa é coesa e se entende bem, e está toda lá com o mesmo propósito.
E no fim a recompensa de ter os meninos e meninas agarrados a nós a chorar baba e ranho, a dar-nos beijinhos, quando a quinzena acaba e não se querem ir embora, e os pais a estranhar "porque eles normalmente não são muito apegados às pessoas nem gostam muito de ir para as colónias, que estranho, que bom, podem voltar na próxima quinzena/próximo ano?"
E nós cheios de saudades desta rotina, desta alegria que nos entra nas veias e nos enche a alma de coisas boas, e nos faz voltar ano após ano.
6 comentários:
:)
Continua! ;)
Abração,
André.
"quando chegam as férias de Verão...
E nada temos para fazer,
existe uma colónia
que nos dá a mão..."
Que saudades... agora percebes o porquê de eu fazer turno após turno, e ano após ano. Essa é uma colónia fantástica, cheia de gente fantástica e , principalmente, muito animada e divertida.
Aproveita ao máximo enquanto podes.
Um beijo enorme da antiga monitora,
Sofia
Olhá minha monitora, que me obrigava a cantar o hino repetidamente ate ficar rouca e a comer a fruta e a sopa, que eu tanto odiava... e de pensar que eu agora faço a mesma coisa aos meus meninos, é giro =)
Saudades tuas Sofiaaaa =)
Que descrição tão simplória...sinto-me até ofendido por andar a fazer dessas coisas só há 9 anos...
Beijo e quando trabalhas com o padrinho?
Aparicio
Epah ó padrinho, não é simplória... cada um sente coisas diferentes, cada um exprime em palavras diferentes... dentro do inexplicável, do indefinivel, da confusão de sentimentos, entre cansaço e satisfação, este foi o melhor que consegui.
Quando é que trabalho contigo.. quando quiseres, venha de lá um convite =)
È de amirar e de louvar a tua actitude. Claro quando se gosta do que se faz tudo é mais facil e tudo se transforma numa alegria que nos enche por dentro.
Pedro Ferreira
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