Como todos sabem, ontem Portugal ganhou à Inglaterra, num jogo de nervos e muito choro.
Ora Português que é Tuga, pega nos filhos e na sogra e vai para a rua, despido e bêbado, fazer a festa para quem o quiser ouvir.
Muito bem, nada contra, eu própria gritei e apitei, com menos entusiasmo que este típico português acima citado no meu exemplo, mas mesmo assim com muita euforia.
Mas havia uma coisa que nos distinguia, eu do meu caro português-exemplo: Eu tinha um jantar às 20.30h nessa noite, ali para a zona do Chiado.
Pois bem, na minha sincera ingenuidade pensei "huumm, agora tá tudo louco na estrada, vamos esperar um bocadinho até que o pessoal se acalme, e depois sigo para Lisboa, deixo a minha irmã em casa do namorado, meto-me pla Praça de Espanha para ir buscar umas colegas, Marquês de Pombal, Rato, S.Bento.. Pronto, chego lá num instantinho!" Oh, o que uma mente pura pode por vezes conceber, a simplicidade do trajecto, o uso do "instantinho" para definir aquilo que se avizinhava um longo e difícil percurso... Mas vou contar do principio, senão perde toda a piada.
Saí de casa meia atrasadita, faltava menos de uma hora para o jantar, cheguei a Lisboa realmente num instantinho (vantagens de na A8 ao sábado haver pouco trânsito no sentido Leiria-Lisboa), deixei a mana, apanhei a Av.Lusíada, cheguei à Praça de Espanha (so far, so good...), avistei o El Corte Inglés, começei a descer a António Augusto Aguiar quando.. TRÂNSITO CORTADO! E montes, repito, mooontes de gente, aos molhos, montanhas, cataclismos de pessoas nos carros, nos passeios, apitos, buzinas, carros com os 4 piscas ligados, sinais de luzes, berros, choros, enfim, o fim do mundo tal qual como o imaginamos.
Lá vai a Isabel fazer uma ou outra contra-ordenação para se escapar aos magotes de pessoas e carros, tenta seguir pelas ruas paralelas até conseguir chegar ao Marquês/Av. Da Liberdade/Rato/qualquer-sítio-menos-ali!
Como nasci com o "rabiosque virado pá lua", como diz a minha mãe, lá consegui arranjar maneira de estar (cerca de três quartos de hora depois..) na lateral da Avenida da Liberdade, prontinha para a atravessar, em direcção à Alexandre Herculano/Rato. Mas o melhor estava para vir... Ali à minha frente, no meio das faixas de rodagem, o que é que apareçe, um fantástico espécimen dos Tugas, de tronco nú, bandeira à cintura, bêbado que nem um cacho (devia pensar que era um carro, estava no meio da faixa de rodagem...), a abanar o seu rabiosque (não virado para a lua mas literalmente virado para nós..) ao som da música da Shakira que passava no rádio de um carro ali parado (mais uma vez noto que isto tudo, o espécimen, o carro, o rabiosque, tudo estava no meio da faixa de rodagem...), com 4 piscas ligados, aos berros a cantar o tão típico e original "Portugal Olé Olé".
Posso dizer que presenciei isto tudo na fila da frente (o meu carro era o primeiro da fila), e quando avançámos pareciamos estar todos naquele programa do Bruno Nogueira, sobre os piores condutores, sabem, aqueles onde as pessoas vão conduzir e têm que desviar de variadíssimas coisas no caminho, tipo pneus e cenas assim. Pois bem, os condutores (eu e as pobres almas que estavam na estrada aquela hora) tivemos que CONTORNAR este belo espécimen e a sua dança, não assistindo com muita pena minha ao resto de tão maravilhoso espectáculo de entretenimento, assim como todos os outros milhares de entusiastas da selecção, que concretizavam a fantasia/sonho/loucura de andarem na rua pelo meio dos carros em movimento numa das mais complicadas avenidas de Lisboa.
Boa, rapazes!
E depois deste episódio, ficamos por aqui perguntam vocês? Não! Pois Lisboa inteira estava louca, bêbada, excitada, em todos os pontos desta cidade havia cenas destas, e eu tive o previlégio de assistir a verdadeiros espectáculos de variedades... Como um rapaz que estava de boxers no Largo Camões, com uma bandeira numa mão e uma cerveja na outra, a cantar o "Só Eu Sei Porque Não Fico Em Casa" (e eu a pensar porque é que não fiquei, efectivamente, em casa...).
Não me vou alargar mais em descrições, acho que todos já perceberam a ideia do caos que Lisboa viveu ontem.
Bem vistas as coisas, não é muito diferente ao caos existente quando Portugal ganhou à Holanda, ou quando ganha a outro país qualquer, ou por exemplo quando o Benfica ganha o campeonato ("no dia seguinte é feriado nacional, ninguém trabalha", como dizia o meu professor de Biologia do 12º ano).
E eu normalmente nem me manifesto sobre este assunto, deixai-os festejar à vontade, sejam felizes! Só que desta vez, EU TINHA UM JANTAR E HORAS MARCADAS, o que me fez ver as coisas de uma maneira totalmente nova. Mas, se não os podes vencer junta-te a eles, acho que em vez de esperar que o Tuga mude e vá festejar para outro sítio qualquer sem ser as mais importantes artérias lisboetas (um caro colega bloguista disse, por exemplo, para o Saldanha, o que também me deixa pouco de pé atrás, significa que não posso ir ao Técnico nestes dias, mas pegando no que eles disse, meus amigos Tugas aficcionados da bola, Lisboa é enorme, escolham outro sítio que este já é cliché!) vou passar a recusar jantares em dia de jogo.. Just in case!
Nota: Cheguei ao restaurante já passava das 22.30h, o jantar já tinha mais que acabado, muito por culpa da minha busca por parques de estacionamento que ainda não estivssem lotados (sábado, dia de jogo, no Bairro Alto, lugar nos parques? Yeah, right!), do trânsito e das ruas cortadas pela polícia que nestas alturas cumpre mesmo o ditado e junta-se aos Tugas, mais vale prevenir acidentes que os remediar mais tarde....
Portanto, o futebol é mesmo o desporto rei.... da palhaçada!
Ora Português que é Tuga, pega nos filhos e na sogra e vai para a rua, despido e bêbado, fazer a festa para quem o quiser ouvir.
Muito bem, nada contra, eu própria gritei e apitei, com menos entusiasmo que este típico português acima citado no meu exemplo, mas mesmo assim com muita euforia.
Mas havia uma coisa que nos distinguia, eu do meu caro português-exemplo: Eu tinha um jantar às 20.30h nessa noite, ali para a zona do Chiado.
Pois bem, na minha sincera ingenuidade pensei "huumm, agora tá tudo louco na estrada, vamos esperar um bocadinho até que o pessoal se acalme, e depois sigo para Lisboa, deixo a minha irmã em casa do namorado, meto-me pla Praça de Espanha para ir buscar umas colegas, Marquês de Pombal, Rato, S.Bento.. Pronto, chego lá num instantinho!" Oh, o que uma mente pura pode por vezes conceber, a simplicidade do trajecto, o uso do "instantinho" para definir aquilo que se avizinhava um longo e difícil percurso... Mas vou contar do principio, senão perde toda a piada.
Saí de casa meia atrasadita, faltava menos de uma hora para o jantar, cheguei a Lisboa realmente num instantinho (vantagens de na A8 ao sábado haver pouco trânsito no sentido Leiria-Lisboa), deixei a mana, apanhei a Av.Lusíada, cheguei à Praça de Espanha (so far, so good...), avistei o El Corte Inglés, começei a descer a António Augusto Aguiar quando.. TRÂNSITO CORTADO! E montes, repito, mooontes de gente, aos molhos, montanhas, cataclismos de pessoas nos carros, nos passeios, apitos, buzinas, carros com os 4 piscas ligados, sinais de luzes, berros, choros, enfim, o fim do mundo tal qual como o imaginamos.
Lá vai a Isabel fazer uma ou outra contra-ordenação para se escapar aos magotes de pessoas e carros, tenta seguir pelas ruas paralelas até conseguir chegar ao Marquês/Av. Da Liberdade/Rato/qualquer-sítio-menos-ali!
Como nasci com o "rabiosque virado pá lua", como diz a minha mãe, lá consegui arranjar maneira de estar (cerca de três quartos de hora depois..) na lateral da Avenida da Liberdade, prontinha para a atravessar, em direcção à Alexandre Herculano/Rato. Mas o melhor estava para vir... Ali à minha frente, no meio das faixas de rodagem, o que é que apareçe, um fantástico espécimen dos Tugas, de tronco nú, bandeira à cintura, bêbado que nem um cacho (devia pensar que era um carro, estava no meio da faixa de rodagem...), a abanar o seu rabiosque (não virado para a lua mas literalmente virado para nós..) ao som da música da Shakira que passava no rádio de um carro ali parado (mais uma vez noto que isto tudo, o espécimen, o carro, o rabiosque, tudo estava no meio da faixa de rodagem...), com 4 piscas ligados, aos berros a cantar o tão típico e original "Portugal Olé Olé".
Posso dizer que presenciei isto tudo na fila da frente (o meu carro era o primeiro da fila), e quando avançámos pareciamos estar todos naquele programa do Bruno Nogueira, sobre os piores condutores, sabem, aqueles onde as pessoas vão conduzir e têm que desviar de variadíssimas coisas no caminho, tipo pneus e cenas assim. Pois bem, os condutores (eu e as pobres almas que estavam na estrada aquela hora) tivemos que CONTORNAR este belo espécimen e a sua dança, não assistindo com muita pena minha ao resto de tão maravilhoso espectáculo de entretenimento, assim como todos os outros milhares de entusiastas da selecção, que concretizavam a fantasia/sonho/loucura de andarem na rua pelo meio dos carros em movimento numa das mais complicadas avenidas de Lisboa.
Boa, rapazes!
E depois deste episódio, ficamos por aqui perguntam vocês? Não! Pois Lisboa inteira estava louca, bêbada, excitada, em todos os pontos desta cidade havia cenas destas, e eu tive o previlégio de assistir a verdadeiros espectáculos de variedades... Como um rapaz que estava de boxers no Largo Camões, com uma bandeira numa mão e uma cerveja na outra, a cantar o "Só Eu Sei Porque Não Fico Em Casa" (e eu a pensar porque é que não fiquei, efectivamente, em casa...).
Não me vou alargar mais em descrições, acho que todos já perceberam a ideia do caos que Lisboa viveu ontem.
Bem vistas as coisas, não é muito diferente ao caos existente quando Portugal ganhou à Holanda, ou quando ganha a outro país qualquer, ou por exemplo quando o Benfica ganha o campeonato ("no dia seguinte é feriado nacional, ninguém trabalha", como dizia o meu professor de Biologia do 12º ano).
E eu normalmente nem me manifesto sobre este assunto, deixai-os festejar à vontade, sejam felizes! Só que desta vez, EU TINHA UM JANTAR E HORAS MARCADAS, o que me fez ver as coisas de uma maneira totalmente nova. Mas, se não os podes vencer junta-te a eles, acho que em vez de esperar que o Tuga mude e vá festejar para outro sítio qualquer sem ser as mais importantes artérias lisboetas (um caro colega bloguista disse, por exemplo, para o Saldanha, o que também me deixa pouco de pé atrás, significa que não posso ir ao Técnico nestes dias, mas pegando no que eles disse, meus amigos Tugas aficcionados da bola, Lisboa é enorme, escolham outro sítio que este já é cliché!) vou passar a recusar jantares em dia de jogo.. Just in case!
Nota: Cheguei ao restaurante já passava das 22.30h, o jantar já tinha mais que acabado, muito por culpa da minha busca por parques de estacionamento que ainda não estivssem lotados (sábado, dia de jogo, no Bairro Alto, lugar nos parques? Yeah, right!), do trânsito e das ruas cortadas pela polícia que nestas alturas cumpre mesmo o ditado e junta-se aos Tugas, mais vale prevenir acidentes que os remediar mais tarde....
Portanto, o futebol é mesmo o desporto rei.... da palhaçada!
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Ta bem
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