Com o final das minhas (benditas) férias de Carnaval que a minha gloriosa faculdade me proporcionou durante uma semaninha, não posso deixar de reflectir se o nosso sistema de ensino, falo somente do universitário, funciona da melhor maneira.
Na FDL, temos aulas práticas e teóricas.
As teoricas são iguais a tantas outras, são dadas por um Professor Doutor, normalmente o regente da cadeira, vai quem quer, quem não quer, ou não se rala ou pede os apontamentos. Não há faltas, opta-se pela responsabilidade dos alunos poderem escolher o que é mais proveitoso para o seu percurso escolar.
Nas aulas práticas o sistema é diferente.
Existe avaliação continua, são dadas por um assistente (licenciado ou mestre) que se torna nosso professor tal como se estivessemos no secundário. Há faltas, há chamada, sabem o nosso nome, há interacção na aprendizagem, há testes e no final do ano (leia-se Maio) há a nota final. E depois há o exame em Junho, a oral para quem não tenha tido 12 de média, a isto se chama método A, e é a modalidade de avaliação mais comum.
Mas eu, sinceramente vejo muitos inconvenientes neste método.
Constato em conversas que várias faculdades frequentadas por amigos meus não têm avaliação continua, nem sequer testes e ninguém se queixa. Será o nosso sistema uma vantagem ou pelo contrário, um inconveniente?
Se alguém algum dia me perguntar como é que eu acharia que deveria ser leccionado o curso de Direito, e tomando principalmente em consideração a quantidade de livros e matéria que temos de assimilar, eu diria que ir às aulas é um desperdicio de tempo, no verdadeiro sentido das palavras.
O tempo gasto a estar dentro de uma sala de aula todos os dias, seria muito melhor aproveitado a ler e a pesquisar. Obviamente não descuro a importância da discussão e do esclarecimento de dúvidas com um professor, por isso defendo que deveria haver um dia por semana (ou dois) em que se marcaria uma aula de duas ou três horas, onde se discutiria matéria previamente abordada pelos professores na semana anterior.
As vantagens são inúmeras!
Quem é que tem dúvidas todos os dias, ou melhor quem é que está constantemente a par da matéria todos os dias (estamos a falar de todas as cadeiras), de todas as visões doutrinárias, de todas as especificidades, para poder discutir sobre elas todos os dias? E caros assistentes e professores, não seria essa a aula prática ideal?
Isto resolveria esse problema.
Num dia, o professor daria uma primeira abordagem a uma determinada matéria, mencionava a bibliografia, focava os aspectos importantes, as partes a ter atenção.
Os alunos iriam para casa, e o seu sucesso escolar ficaria à sua responsabilidade.
Os gabinetes dos professores estariam obviamente abertos para dúvidas, as bibliotecas disponiveis para a requisição de livros e a aula estaria marcada para a próxima semana.
Imaginem, uma semana inteira para ler, para pensar, para procurar, para entender, para fazer tudo aquilo que nós fazemos à velocidade relâmpago quando chega a altura dos testes.
E a maior vantagem, seria o facto de haver sempre tempo para fazer tudo o resto.
Era assim que deveria ser o ensino superior, porque se somos todos maiores, e já estamos fora da escolaridade obrigatória, deveriamos poder ser totalmente responsáveis pela forma como decidimos adquirir o nosso conhecimento, em vez de sermos obrigados a estar dentro de uma sala todos os dias a ouvir que assim não vamos lá e a rezar pelo fim de semana para descansar e para, se der, estudar "aquilo-que-o-homem-teve-a-dizer-na-aula-passada-que-eu-não-percebi-nada.
Na FDL, temos aulas práticas e teóricas.
As teoricas são iguais a tantas outras, são dadas por um Professor Doutor, normalmente o regente da cadeira, vai quem quer, quem não quer, ou não se rala ou pede os apontamentos. Não há faltas, opta-se pela responsabilidade dos alunos poderem escolher o que é mais proveitoso para o seu percurso escolar.
Nas aulas práticas o sistema é diferente.
Existe avaliação continua, são dadas por um assistente (licenciado ou mestre) que se torna nosso professor tal como se estivessemos no secundário. Há faltas, há chamada, sabem o nosso nome, há interacção na aprendizagem, há testes e no final do ano (leia-se Maio) há a nota final. E depois há o exame em Junho, a oral para quem não tenha tido 12 de média, a isto se chama método A, e é a modalidade de avaliação mais comum.
Mas eu, sinceramente vejo muitos inconvenientes neste método.
Constato em conversas que várias faculdades frequentadas por amigos meus não têm avaliação continua, nem sequer testes e ninguém se queixa. Será o nosso sistema uma vantagem ou pelo contrário, um inconveniente?
Se alguém algum dia me perguntar como é que eu acharia que deveria ser leccionado o curso de Direito, e tomando principalmente em consideração a quantidade de livros e matéria que temos de assimilar, eu diria que ir às aulas é um desperdicio de tempo, no verdadeiro sentido das palavras.
O tempo gasto a estar dentro de uma sala de aula todos os dias, seria muito melhor aproveitado a ler e a pesquisar. Obviamente não descuro a importância da discussão e do esclarecimento de dúvidas com um professor, por isso defendo que deveria haver um dia por semana (ou dois) em que se marcaria uma aula de duas ou três horas, onde se discutiria matéria previamente abordada pelos professores na semana anterior.
As vantagens são inúmeras!
Quem é que tem dúvidas todos os dias, ou melhor quem é que está constantemente a par da matéria todos os dias (estamos a falar de todas as cadeiras), de todas as visões doutrinárias, de todas as especificidades, para poder discutir sobre elas todos os dias? E caros assistentes e professores, não seria essa a aula prática ideal?
Isto resolveria esse problema.
Num dia, o professor daria uma primeira abordagem a uma determinada matéria, mencionava a bibliografia, focava os aspectos importantes, as partes a ter atenção.
Os alunos iriam para casa, e o seu sucesso escolar ficaria à sua responsabilidade.
Os gabinetes dos professores estariam obviamente abertos para dúvidas, as bibliotecas disponiveis para a requisição de livros e a aula estaria marcada para a próxima semana.
Imaginem, uma semana inteira para ler, para pensar, para procurar, para entender, para fazer tudo aquilo que nós fazemos à velocidade relâmpago quando chega a altura dos testes.
E a maior vantagem, seria o facto de haver sempre tempo para fazer tudo o resto.
Era assim que deveria ser o ensino superior, porque se somos todos maiores, e já estamos fora da escolaridade obrigatória, deveriamos poder ser totalmente responsáveis pela forma como decidimos adquirir o nosso conhecimento, em vez de sermos obrigados a estar dentro de uma sala todos os dias a ouvir que assim não vamos lá e a rezar pelo fim de semana para descansar e para, se der, estudar "aquilo-que-o-homem-teve-a-dizer-na-aula-passada-que-eu-não-percebi-nada.
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